SUPERANDO O ESTRESSE

 

O estresse não é o mal do século. O mal do século é não saber administrá-lo. – Leila Navarro

O estresse, cuja palavra traz no bojo do seu significado a figura emblemática de um mal que aflige boa parte da humanidade, fruto dos tempos modernos, do qual não temos escapatória.

Ele é um mal presente dentre nós, sim. Mas podemos superá-lo, com certeza.

Há fatores geradores do estresse, bem identificados por nós. Por exemplo: as grandes cidades e o trânsito caótico; a carestia financeira; o desemprego; a luta por melhoria salarial; os conflitos familiares; a insegurança urbana; o esforço pela formação escolar; o sonho de empreendimento próprio e outros mais.

No entanto, há outros fatores que se escondem na nossa intimidade, alguns tão bem escondidos, que nem nos damos conta deles. É o caso de mágoas e de ressentimentos, por exemplo.

Sem dúvida há ressentimentos guardados no coração que regularmente nos lembramos dos motivos e dos personagens, e até por isso eles não nos dão trégua, pois recebem permanente alimento da lembrança e das emoções sofridas, levando-nos a um sofrimento constante.

E há ressentimentos amargados que o nosso dia a dia, nossos compromissos, nosso pensar e agir perante a vida, provoca como que um abafamento, um superficial esquecimento deles.

Esses casos são os mais complexos motivos do estresse, pois nem sempre são levados em conta em nossas reflexões sobre os fatores que estejam nos mantendo num estado estressado e estressante. Supomos que eles não mais existam.

Porém, basta um pequeno indutor psicológico em nossas lembranças, um distanciado reencontro entre as pessoas envolvidas, uma música, uma frase, e eis que, qual vulcão adormecido, volta a erupção das lembranças que nos impõem reviver as emoções adoecidas e marcantes.

Tais ressentimentos estavam lá, no fundinho do coração. Não lembrados, mas latentes, em estado de hibernação.

Mesmo latentes, pela ação do inconsciente, se mantinham fazendo pressão – ainda com a metáfora do vulcão dormente -, expelindo fumaça ora em forma de irritação, ou de melancolia, ou de insatisfação, ou de mau-humor, ou de cansaço sem explicação, enfim, de estresse.

Razão pelo que é também necessário lançar mão do perdão, do autoperdão, para superarmos de vez as mágoas e os ressentimentos, exemplos de sentimentos destruidores que nos ocupamos por agora. Há outros. Mas esses bastam para demonstrar que temos fatores estressantes visíveis e invisíveis, atuais ou remotos, que agasalhamos em nosso ser.

O conhecimento de nós mesmos, com revisão de nossas crenças e valores; apurada reflexão, assumindo o controle da mente; a meditação profunda e regular, continuam sendo excelentes antídotos para o estresse, tanto para os fatores ditos visíveis quanto para os invisíveis.

As máscaras que vestimos, desidentificando-nos com nosso próprio Eu, é o que nos faz infeliz.

E sentimento de mágoa e de ressentimento nos desidentifica do nosso estado íntimo de harmonia, que sabemos possuir, para nos manter imantados, identificados, atados, as ocorrências infelizes de um momento passado.

Bem disse Martin Luther King: O perdão é um catalisador que cria a ambiência necessária para uma nova partida, para um reinício.

Por que continuar amarrado ao seu passado?

O passado já não é mais e o futuro não é ainda, conforme Santo Agostinho.

Hoje é o dia. Agora é o momento de trilharmos um novo caminho, em viagem pela estrada que nos leva para dentro de nosso ser, onde nos encontraremos conosco mesmo, retomando nossa identidade.

Perdoar é lembrar do fato sem se ferir e sem sofrer. Isso é cura. Por isso é uma decisão, não um sentimento.

Recordemos que o Mestre dos mestres era tão tranquilo que talvez tenha sido o único na história a ter coragem de convidar pessoas a beber da fonte de sua tranquilidade. São dele essas palavras: Venham a mim todos os que estão cansados sob o peso do seu fardo e eu lhes darei descanso.

Em certo diálogo com Pedro, este perguntou à Jesus quantas vezes deveria ele perdoar aquele que o magoasse, sete vezes? E o Psicoterapeuta Ideal respondeu-lhe: não digo à você até sete, mas até setenta vezes sete vezes.

 

 

 

 

 

A DOR É INEVITÁVEL. O SOFRIMENTO OPCIONAL

A Sequoia é um gigante da natureza. Essa árvore chega a mais de 90 metros de altura, aproximadamente o mesmo que um edifício de 30 andares. Os galhos mais baixos ficam a 45 metros de distância do chão e seu tronco pode chegar a medir mais de 3 metros de diâmetro.

Porém, ela nasce da pequena semente e seu ramo tenro, recém despontando na superfície do solo, enfrenta as mais variadas intempéries da natureza. Diante do vento forte ou da chuva intensa, verga de tal maneira, que parece que vai se romper e ser levado embora.

Mas não. Cessado o vento forte ou a chuva, lá está a ainda mirrada Sequoia firme e ereta, persistindo na vida e se formando para o futuro.

Esse exercício contínuo de flexibilidade, na medida que o tempo passa, fortalece o seu caule, dando-lhe maior sustentação. Jamais rigidez absoluta. Mesmo com dezenas de metros de altura e bons metros em seu diâmetro, quando vêm as forças da natureza, eis o gigante balançando pra cá e pra lá, cedendo temporariamente conforme as circunstâncias, para logo retomar sua altivez majestosa. Com o detalhe: superado o embate com o vento ou com a chuva ou com os dois, apresenta-se mais e mais robusta. Exemplo de superação. Firme na direção do Sol.

Isso é um exemplo figurado de resiliência.

Resiliência. O termo veio da física para designar a capacidade que alguns materiais têm de absorver impactos e retornar à forma original.

Quando se trata do comportamento humano, a palavra significa a habilidade de lidar e superar as adversidades, transformando experiências negativas em aprendizado e oportunidade de mudança. Ou seja, “dar a volta por cima”, superar e superar-se.

Claramente, o indivíduo resiliente não é aquele que evita stress de toda e qualquer forma, mas sim aquele que aprende como controlá-lo e transformá-lo em energia produtiva. A pessoa resiliente provavelmente entortará, mas não quebrará, quando confrontada com adversidades, traumas, tragédias e ameaças. Ela é, na maior parte do tempo, ativa e não passiva em relação ao o que acontece a seu redor e em sua vida, sempre acreditando ser autora do seu presente e futuro, e não uma vítima do seu passado.

Frente a uma situação difícil, o que você faz: chora, foge ou enfrenta? Pois é, há pessoas que além de ficarem e enfrentarem os problemas, ainda conseguem se beneficiar com eles, aprendendo e crescendo emocionalmente. Essas são as pessoas resilientes.

Lao-Tsé, em sua sabedoria, enunciou: O rio atinge seus objetivos porque aprendeu a contornar obstáculos.

O pesquisador que começou a utilizar o termo para estudar o comportamento humano é um exemplo de pessoa resiliente. O neurologista e psiquiatra austríaco Vitor Frankl, sobrevivente de Auschwitz, utilizou sua experiência como prisioneiro do mais famoso e cruel campo de concentração nazista como inspiração para seus estudos sobre a resiliência.

Em seu livro “Em busca de sentido” (editora Vozes), Frankl aponta que “mesmo nas situações mais absurdas, dolorosas e desumanas, a vida tem um significado em potencial e, portanto, até o sofrimento tem sentido”.

A dor é inevitável. O sofrimento opcional, escreveu Carlos Drummond de Andrade.

Você pode encontrar novo sentido de vida, diante dos reveses já enfrentados, ter razão de viver, colocar-se em segurança, ter fé na vida, avaliar riscos e ter significado e propósito para a vida.

Trabalhe sua resiliência, busque maneiras de lidar com situações difíceis, aprenda a superar seus erros e alcançará resultados que por vezes considerou impossível.

Nós do PROJETO INOVE temos firme convicção de que a resiliência é uma virtude que pode sim ser desenvolvida e aperfeiçoada a cada dia, afinal, repensando toda sua trajetória pessoal e profissional, você já não superou algo que a princípio acreditou que não conseguiria? Assim como uma flor que nasce nos lugares mais improváveis e agracia os olhos de quem vê, seja você assim, faça a diferença, e supere suas dificuldades e agracie-se com suas conquistas.

Nós nos tornamos aquilo que nós pensamos, bem leciona Earl Nightingale.

A mente plasma tudo. Bem conduzida, de maneira inteligente, alcança o triunfo.

Sabendo que a mente é um manancial vivo de energias criadoras; que o que vitalizamos pelo pensamento, converte-se em realidade no mundo das formas; que a vontade bem canalizada consegue realizações gigantescas; que mediante a utilização das energias psíquicas de forma correta, se altera o campo íntimo, infundindo-se coragem e vitalidade; que há leis que jazem desconhecidas e são responsáveis pelas ocorrências da vida e momentaneamente dormem no inconsciente humano, aguardando ativação; e reconhecendo que somos o que decidimos, possuímos o que desejamos, estamos onde preferimos e encontramos a vitória, a derrota ou a estagnação, conforme imaginamos, o PROJETO INOVE se propõe a trabalhar o conjunto das potências da mente humana, a fim de que saibamos utilizá-las com sabedoria, assumindo o controle de nossa mente, de nossas emoções, e de nossas ações.

Venha estar conosco a fim de treinar novas maneiras de pensar, baseadas na ordem, no bem geral, na superação das próprias possibilidades.

Projeto INOVE/ações em seu favor

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MEDITAÇÃO

Ao encontro do bem-estar

Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio, e eis que a verdade se me revela. – Albert Einstein

No geral das pessoas, reduzimos nossa existência numa cultura eminentemente utilitarista e imediatista. E o tempo-sem-tempo que toma conta, favorece a fuga da autoconsciência do indivíduo para o consumismo tão arbitrário quão perverso.

O belo, ou aquilo que se convencionou denominar como beleza, é um dos novos deuses do atual Olimpo, ao lado das arbitrariedades morais e emocionais em decantado culto à liberdade, cada vez mais libertina.

O cárcere do relógio, impedindo que se vivencie cada experiência em sua plenitude e totalidade, sem saltar-se de uma para outra apressadamente, torna os seus prisioneiros cada vez mais ávidos de novidades, por se lhes apresentar o mundo assinalado pela sua fugacidade.

Os smartphones e tecnologia correspondente, ao invés de “conectar” mantém-nos “desconectados” uns dos outros. Já não nos falamos mais ao vivo e a cores, nos utilizamos do Messenger, dos emojis e dos emoticons, escrevendo como alucinados, andando pelas ruas, nos ônibus… e até dirigindo o carro!!

A vida moderna, rica de divertimentos e distrações e pobre de espiritualidade, de valores reais e duradouros, arrasta o homem para o exterior, para os jogos dos sentidos, em detrimento da harmonia que lhe deve constituir a base para quaisquer outras realizações, sem a qual ruem todas as suas construções, sempre efêmeras na sua realidade aparente.

Se bem pensado, são dias de utopia, nos quais se vale pelo que se apresenta e não pelo que se é.  Os ideais que dignificam e trabalham as forças normais cedem lugar aos prazeres ligeiros e frustrantes que logo abrem espaço a novas mentirosas necessidades, como a de exigir-se que todos se encontrem em intérmino banquete de alegrias, fingindo conforto e bem-estar nas coisas e situações a que se entregam, distantes embora da realidade e dos significados existenciais.

O que a realidade desvela é que se vive um dominador vazio interior, uma tresloucada fuga de nós mesmos, onde predomina o medo de olharmo-nos no espelho d’alma e nos vermos autoquestionados: o que você tem feito da sua vida e em nome do que ou de quem está se permitindo isso?

Já não há outra alternativa: a paz ou o desespero!

Reflexiona, pois, na correria louca para lugar nenhum e considera a vida, a oportunidade de sorrir e produzir, descobrindo-se útil a si mesmo e à comunidade.

Faz-se urgente uma viagem ao interior de nós mesmos, visitando os mais escondidos cantos da mente e do coração. Interiorizarmo-nos. E a meditação ativa e a reflexão amadurecida são excelentes “veículos” para essa viagem. Não os únicos, mas altamente positivos, e só dependem de nossa disposição.

Meditar é uma necessidade imperiosa que se impõe àquele que sente aflito e cansado emocionalmente. Exausto de correr atrás de não sabe o que, sem ter tempo de valorizar e curtir o que já tem.

A meditação é praticada desde os mais remotos tempos, no seio dos mais variados povos.

Hoje ela vem sendo decantada em prosa e verso e sendo reapresentada pelos mais variados e pomposos títulos, adotada em escolas, clínicas e empresas.

Isso é muito bom.

E quando nós vamos adotar sua prática sistemática em busca de nosso bem-estar?

A tradução literal de meditação, na língua chinesa, é “sentar-se na quietude” o “sentar no silêncio”.

O efeito imediato de uma sessão de meditação bem feita é alcançar a tranquilidade interior. “Sentar no silêncio” é como levar o corpo e a mente a experimentarem um profundo e reconfortante descanso.

A meditação promove a recuperação física, energética e mental, livra do cansaço crônico e da ansiedade, dentre outros benefícios.

Quem medita com regularidade encontra silêncio interior, não sem o disciplinamento paulatino para se distanciar dos ruídos externos, dos ruídos do corpo, dos diálogos interiores, do que passou e do que o espera para logo mais, até, de certo modo, esquecer do local em que se encontra, dos fatos que aconteceram durante o dia, dos projetos com os quais está comprometido, ou seja, de sua identidade predominante, aquela que está vindo do mundo comum e em desalinho e quer invadir o desconhecido e silencioso país da sua mente, para redescobrir sua verdadeira e harmônica identidade. É o curioso, porém factível, caminho que se trilha, onde se vai deixando para trás uma personalidade com a qual queremos nos desidentificar, a fim de assumirmos quem realmente somos, melhores identificados com a vida e com o seu verdadeiro sentido existencial.

Com a meditação, fazemos periódicas viagens para o nosso interior, a fim de, renovados, nos reapresentarmos ao mundo exterior, com novo ânimo, nova disposição, dando-lhe um novo colorido e conduzindo-o para novos rumos, em cuja jornada realizada com nossos melhores esforços e conduta condizente, encontraremos estalagens onde residem a alegria pura, o conhecimento superior, a verdade que liberta, a vida abundante de satisfações que plenificam, o amor, a paz que não nos abandonará mais. Ou, se preferirem, em outra linguagem, encontraremos a iluminação, ou a autoiluminação, que é a nossa realização pessoal, o nosso autoencontro com o desejado vir-à-ser próprio, que somente o autoconhecimento nos faculta enxergar, alcançar e reconhecer.

Assim fazendo, teremos estímulos determinantes para viver ou para laborar em favor do bem-estar pessoal, abrindo-nos à uma nova vida, deixando-nos conduzir por desconhecidas emoções que nos plenificarão com legítimas aspirações, oferecendo-nos um alto significado psicológico e humano.

Sob um certo aspecto, é um retorno à saudável natureza humana. Um reencontro com o todo, uma integração com o sempre permanente.

Vem sem demora. Nós do PROJETO INOVE esperamos por você.

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SUPERANDO ESTADOS MENTAIS PERTURBADORES

Você é capaz de superar o pessimismo, a falta de autoestima, o medo, a depressão, a ansiedade e tudo o mais que lhe está mantendo num profundo estado de insatisfação.

Muda os seus pensamentos e raciocínios, direcionando-os para o êxito, no qual deve acreditar, e, empenhando-se, conseguirá.

A função da mente é pensar.

O hábito de pensar amplia as possibilidades de discernir.

A mente é capaz de reconhecer pela razão os próprios erros nos quais se apoia e corrigi-los.

A preguiça de pensar é a responsável pela limitação do discernimento, da razão.

O pensamento é força.

Por isso, atua de acordo com a direção, a intensidade e o significado próprios.

A duração dele decorre da motivação que o constitui, estabelecendo a constância, a permanência e o direcionamento do que possui como emanação da aspiração íntima.

A mente pode tornar-se o céu ou o inferno de cada criatura, conforme o direcionamento que dê ao seu pensamento.

Se pensa no medo, ele acaba por dominar você.

Se der atenção ao pessimismo, acabará se tornando incapaz de realizações ditosas.

Se se preocupar com o mal, permanecerá cercado de temores e problemas.

Se agasalhar as ideias enfermiças, acabará somatizando-as e perderá a dádiva da saúde.

Se pensa no amor, se sentirá afável.

Sustentando a ideia do bem, descobrirá o quanto é ditoso o fruto do pensamento vitalizado.

Comece o seu programa de mudanças para melhor, renovando as suas velhas crenças.

Velhos hábitos arraigados, pensamentos viciosos, vontade enfraquecida, atavismos perniciosos, ressentimentos conservados, conspirarão contra o seu programa de renovação.

Se você quer algo novo, você precisa parar de fazer algo velho, ensina-nos Peter Drucker, destaque mundial na área da Administração.

Não se deixe arrastar. Os velhos hábitos criam fortes resistências e lutarão contra as suas disposições de mudança.

Você pode superar o seu estado atual, de conflitos e inseguranças, de medos e recalques.

Há recursos orientativos, formativos, terapêuticos, que vão auxiliar você nessas conquistas de satisfações pessoais duradouras.

Você merece!

O que o PROJETO INOVE disponibiliza é um novo programa para uma vida renovada, que você o vivenciará passo a passo, firmando-se, a pouco e pouco, até o momento dos bons resultados.

Não desista de você mesmo, nunca. Proponha-se à renovação para melhor, porquanto a vida não retorna às mesmas condições, circunstâncias e tempo, embora nunca cesse de manifestar-se e oferecer oportunidades.

Cada novo dia é uma nova oportunidade.

Diz Santo Agostinho: O passado não é mais e o futuro não é ainda.

O que importa é o presente.

Hoje é o seu dia! Que ele seja totalmente novo.

Aja contra os grilhões que a rotina anestesiante lhe retém. Esse tipo de rotina que anula a imaginação, o pensamento criativo e a proatividade só aumenta o seu vazio existencial e engendra tristeza, monotonia, infelicidade. Essa rotina é sua inimiga. Livre-se dela.

Conheça mais sobre o PROJETO INOVE.

Nós existimos para enriquecer mentes, apresentando a vida sob um novo prisma.

Este é o seu momento, e não mais tarde, ou nunca mais.

Projeto INOVE – ações em seu favor/contato@projeto-inove.com.br

SEMPRE EM DIREÇÃO À PRÓXIMA ÁRVORE

SOBRE RESILIÊNCIA

Neste mundo, nada é mais maleável e frágil quanto a água. Contudo, ninguém, por mais poderoso que seja, resiste à sua ação (corrosão, desgaste, choque de ondas), ou pode viver sem ela. Não é bastante claro que a flexibilidade é mais eficaz que a rigidez? Poucos agem de acordo com essa convicção. – Lao-Tsé

 

Resiliência é um termo usado na linguagem acadêmica, que veio migrado da física.

Significa a resistência de uma substância a fortes pressões, temperaturas extremas e a quaisquer outros fatores externos, e que, ao final de tudo, o estado inicial voltará a prevalecer.

A água é um exemplo clássico de alta resiliência. Tomemos o seu exemplo para nossa melhor compreensão.

Esta substância é totalmente passiva quando as necessidades lhe pressionam a mudar de forma ou de estado. Com o calor torna-se vapor; com a ausência do mesmo se solidifica. Adapta-se ao meio. E basta novamente só um comando para voltar a ser o que era antes. Sem problema! Temos tido nós essa sabedoria, flexibilidade e renúncia?

A água também vai aonde deva ir. Viaja pelo mundo, sendo tomada por correntes a lugares às vezes paradisíacos, e outras tantas para os confins mais inóspitos da Terra. Mas se for necessário dar uma parada, pode ficar ali para sempre sem reclamar. De uma grande onda havaiana, belíssima e imponente, ou uma majestosa cachoeira, a um remoto e profundo iceberg.

Ela ainda também nos dá outro ensinamento: Se envolve com qualquer tipo de substância mais não perde sua essência. Com certos até convive de perto mais não se mistura. O óleo bem que tenta. Pela aparência pode até parecer que se perdeu, mais continua água. Juntos, mas não misturados.

Esta é a força de resistência que observamos neste composto maravilhoso. Mesmo com toda esta capacitação, ela não exige lugares de glória. Seja qual for o espaço que lhe estiver reservado, pequeno ou grande, estreito ou largo, de difícil ou fácil acesso, ela irá se acomodar com perfeição. Estará satisfeita, pois foi designada para isso mesmo.

Assim, pessoa resiliente é caracterizada por um conjunto de atitudes adotadas pelo ser humano para resistir aos embates da vida.

A análise dos comportamentos leva à ideia de que todo ser humano traz dentro de si essa capacidade inata.

Alguns a estimulam por si mesmos sobrepujando guerras, maus tratos, conflitos diversos. Outros precisam de ajuda externa, seja de comunidades religiosas ou não, da família ou de terapeutas para ajudá-los a criar os fatores de proteção que suavizam os fatores de risco. Ou seja, são as forças internas e externas que contribuem para minorar esses fatores de risco. E a essa força chama-se resiliência. Assim, diz-se que um indivíduo é resiliente quando consegue superar (e não necessariamente eliminar) as adversidades, encontrando forças para superar e aprender com elas.

A forma como lidamos com os agentes estressores é que determinaria o grau de resiliência alcançado. O ser resiliente não foge das opressões e consegue neutralizar seus efeitos sem que necessariamente as mesmas sejam afastadas ou diminuídas.

Dá a volta por cima e segue adiante.

Ser resiliente também implica em aceitar as coisas como são, se não puderem ser modificadas. A angústia leva algumas pessoas ao desespero enquanto outras procuram consolo e resposta para os acontecimentos.

Aprendemos com Lao-Tsé: O rio atinge seus objetivos porque aprendeu a contornar obstáculos.

Mediante a coragem de defrontar os sofrimentos e os reveses e trabalhá-los corajosamente com os instrumentos da realidade, podemos modificar o nosso estado íntimo de aceitação ou não das circunstâncias, ensejando-nos ressignificar as ocorrências e seus efeitos em nós, mudando nossa forma de pensar e de ser.

Quanto maior a lucidez da consciência, melhor equipado o indivíduo na superação da amargura, do desespero, da infelicidade.

Um exemplo caracteriza bem o tema.

Terry Fox foi um atleta canadense e, mais notavelmente, um ativista para o tratamento de câncer em seu país.

Depois de perder uma de suas pernas para um sarcoma, Terry Fox, decidiu cruzar o país de costa a costa, para arrecadar fundos para a pesquisa do tratamento do câncer, pretendendo um milhão de dólares canadianos. Ele começou sua jornada em São João da Terra Nova, em Terra Nova e Labrador, na costa atlântica, em 12 de abril de 1980, e pretendia ir até Vancouver, Colúmbia Britânica, na costa pacífica, numa jornada que acabou conhecida como Maratona da Esperança.

Terry Fox correu durante a Maratona da Esperança, em média, o equivalente a uma maratona – 42 quilômetros – por dia. Após 143 dias consecutivos, e de ter percorrido aproximadamente 5.300 quilômetros, Fox foi obrigado a parar sua jornada, quando soube que seu câncer havia se espalhado para seus pulmões. Fox acabou morrendo alguns meses depois, aos 22 anos de idade.

A Maratona da Esperança arrecadou um total de 360 milhões de dólares canadianos para pesquisa sobre o tratamento de câncer.

Ato de coragem próprio de quem tem objetivo de vida, propósito de viver, resiliência.

Certa feita, questionado por um repórter se a sua meta de cruzar a pé todo o seu país não era ousada demais em face de sua deficiência física, respondeu-lhe que em momento algum ele anunciara que tinha esse compromisso (cruzar todo o seu país caminhando uma maratona por dia).  Proponho-me sim, continuou ele com outras palavras, ao me levantar cada manhã, caminhar em direção a próxima árvore ou ao próximo poste, e assim sucessivamente, buscando vencer o caminho parte por parte, poste por poste, árvore por árvore. Se ao final de um dia caminhei 1, 30 ou 42 quilômetros, é consequência apenas, pois, na manhã seguinte guardarei o firme propósito de ir sempre em direção à próxima e seguinte árvore. Se caio, busco forças em Deus e me levanto, continuando a marcha. Os percalços, as dores, tolero-os e sigo em frente sem destemor. E concluiu dizendo: a vida para mim faz sentido, pois eu tenho um propósito de viver alcançável, já que o vejo sempre próximo, e, se não conseguir chegar ao grande final almejado, assim mesmo terei chegado ao meu ponto máximo, pois terei dedicado o meu máximo. A determinação é minha força motriz. Esforço e sofrimento que me custem, é o preço da passagem para a viagem que resolvi espontaneamente empreender.

A compreensão que o ser demonstra em torno dos objetivos de sua existência, facilita-lhe entender e aceitar o sofrimento e a necessidade de mais de empenhar em fortalecer suas resistências e melhor exercitar sua flexibilização sobre suas crenças, valores e critérios de vida. Reconhece que a única constante na vida é a mudança. E que seja para melhor, então.

Essa aceitação e superação dos desafios que a vida terrena nos oferece é que demonstram atitudes resilientes.

Bem observado, veremos que a resiliência pode nos levar a ser pessoas bem realizadas e resolvidas.

Em síntese, resiliência é:

  • Suportar com dignidade os acidentes da vida.
  • Enfrentar contrariedades e manter a integridade.
  • Ter plena consciência de que vida é complexa e, como tal, possui fatos imprevisíveis e inevitáveis.
  • Desenvolver flexibilidade diante das adversidades.
  • Não culpar os outros pelas derrotas, mas usá-las para expandir a maturidade pessoal.
  • Transformar o caos em oportunidade criativa e crescer diante da dor.
  • Traçar pontes entre os projetos de vida e a disciplina perseverante.
  • Dar utilidade à própria vida.
  • Simplificar o modo de viver.
  • Valorizar o próximo.
  • Redescobrir o valor do trabalho também como fator de equilíbrio emocional, da solidariedade como fonte de bem-estar e refazimentos das forças mantenedoras da vida, e da tolerância, como rede de amortecimento das atitudes insensatas ou desgostantes.

Por mais que os Céus demonstrem a formação de forte chuva, e os raios e trovões prenunciem momentos de apreensão e possíveis estragos, anteveja o após a tempestade, com atmosfera mais limpa, os campos, as árvores e as plantações, verdejantes e promissoras, como se agora sorrissem em resposta aos Céus, agradecendo.

Assim em nossos dias. Que a esperança ocupe o nosso tempo e autoconfiança preencha nossos sentimentos.

Deixemos nossas lembranças reverem o Grande Poeta de Deus, Trovador da Esperança, com sua ética que era uma poesia e exalava como perfume, com quem a natureza foi destaque com seus exemplos vivos, dando-nos elementos simples para compreensão do mais complexo, o que demarcou suas lições para ficarem entre nós para sempre.

Ele apontou os lírios no campo, falou de como eles crescem e não trabalham, nem fiam; no entanto, afirmou, que nem mesmo o Rei Salomão, em toda a sua glória, se vestiu em beleza e graça como um deles.

Apontou as aves do céu, lembrando-nos, os que vivemos ansiosos pelo dia de amanhã ou pelos prenúncios de problemas que talvez nem cheguem, que elas nem semeiam, nem colhem, nem ajuntam em celeiros; mas o Grande Zelador da Vida as alimenta. E, com suavidade de Mestre sábio, nos deixa a pergunta no ar: Você não tem muito mais valor do que elas?

Não estamos em desamparo perante o Grande Todo, o Rei de Jade do taoísmo.

Confiemos, prossigamos, realizemos.

E, por fim, fala-nos também ao coração, Lao-Tsé:

Seja humilde, e permanecerás íntegro.
Curva-te, e permanecerás ereto.
Esvazia-te, e permanecerás repleto.
Gasta-te, e permanecerás novo.

Equipe INOVE

O PROJETO INOVE

A mente plasma tudo. Bem conduzida, de maneira inteligente, alcança o triunfo.

O Projeto INOVE, sabendo que a mente é manancial vivo de energias criadoras; que o que vitalizamos pelo pensamento, converte-se em realidade no mundo das formas; que a vontade bem canalizada consegue realizações gigantescas; que mediante a utilização das energias psíquicas de forma correta, se altera o campo íntimo, infundindo-se coragem e vitalidade; que há leis que jazem desconhecidas e são responsáveis pelas ocorrências da vida, as quais dormem no inconsciente humano, aguardando ativação; e reconhecendo que somos o que decidimos, possuímos o que desejamos, estamos onde preferimos e encontramos a vitória, a derrota ou a estagnação, conforme imaginamos, se propõe a trabalhar em conjunto as potências da mente humana, a fim de que saibamos utilizá-las com sabedoria e tenhamos autocontrole sobre o nosso pensar, sobre nossas ações.

Para tanto, o Projeto INOVE objetiva, no geral:

  • Levar conhecimento às pessoas, os quais oportunizem uma melhor qualidade de vida pessoal, em família, em sociedade, no trabalho, descortinando novos horizontes e uma melhor maneira de pensar e agir.
  • Estimular renovação de valores comportamentais.
  • Instrumentalizar cada um para o desfazimento dos padrões mentais antigos, negativos, que condicionaram à aceitação dos comportamentos indesejados.
  • O treinamento de novas maneiras de pensar, baseadas na ordem, no bem geral, na superação das próprias possibilidades, criando automatismos e reflexos que trabalharão pela harmonia íntima e saúde de cada um, fatores elementares para dar suporte ao esforço em busca de estabilidade pessoal, familiar, profissional, financeira, fortes significados da autorrealização.
  • Contribuir decisivamente para o alcance do controle sobre si mesmo, o que equivale dizer, da autoconscientização, esse estágio superior almejado por todos nós.

Enfim, o Projeto INOVE está comprometido com a produção de conhecimentos que facultem a visão da vida sob um novo e venturoso prisma.