MEDITAÇÃO

Ao encontro do bem-estar

Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio, e eis que a verdade se me revela. – Albert Einstein

No geral das pessoas, reduzimos nossa existência numa cultura eminentemente utilitarista e imediatista. E o tempo-sem-tempo que toma conta, favorece a fuga da autoconsciência do indivíduo para o consumismo tão arbitrário quão perverso.

O belo, ou aquilo que se convencionou denominar como beleza, é um dos novos deuses do atual Olimpo, ao lado das arbitrariedades morais e emocionais em decantado culto à liberdade, cada vez mais libertina.

O cárcere do relógio, impedindo que se vivencie cada experiência em sua plenitude e totalidade, sem saltar-se de uma para outra apressadamente, torna os seus prisioneiros cada vez mais ávidos de novidades, por se lhes apresentar o mundo assinalado pela sua fugacidade.

Os smartphones e tecnologia correspondente, ao invés de “conectar” mantém-nos “desconectados” uns dos outros. Já não nos falamos mais ao vivo e a cores, nos utilizamos do Messenger, dos emojis e dos emoticons, escrevendo como alucinados, andando pelas ruas, nos ônibus… e até dirigindo o carro!!

A vida moderna, rica de divertimentos e distrações e pobre de espiritualidade, de valores reais e duradouros, arrasta o homem para o exterior, para os jogos dos sentidos, em detrimento da harmonia que lhe deve constituir a base para quaisquer outras realizações, sem a qual ruem todas as suas construções, sempre efêmeras na sua realidade aparente.

Se bem pensado, são dias de utopia, nos quais se vale pelo que se apresenta e não pelo que se é.  Os ideais que dignificam e trabalham as forças normais cedem lugar aos prazeres ligeiros e frustrantes que logo abrem espaço a novas mentirosas necessidades, como a de exigir-se que todos se encontrem em intérmino banquete de alegrias, fingindo conforto e bem-estar nas coisas e situações a que se entregam, distantes embora da realidade e dos significados existenciais.

O que a realidade desvela é que se vive um dominador vazio interior, uma tresloucada fuga de nós mesmos, onde predomina o medo de olharmo-nos no espelho d’alma e nos vermos autoquestionados: o que você tem feito da sua vida e em nome do que ou de quem está se permitindo isso?

Já não há outra alternativa: a paz ou o desespero!

Reflexiona, pois, na correria louca para lugar nenhum e considera a vida, a oportunidade de sorrir e produzir, descobrindo-se útil a si mesmo e à comunidade.

Faz-se urgente uma viagem ao interior de nós mesmos, visitando os mais escondidos cantos da mente e do coração. Interiorizarmo-nos. E a meditação ativa e a reflexão amadurecida são excelentes “veículos” para essa viagem. Não os únicos, mas altamente positivos, e só dependem de nossa disposição.

Meditar é uma necessidade imperiosa que se impõe àquele que sente aflito e cansado emocionalmente. Exausto de correr atrás de não sabe o que, sem ter tempo de valorizar e curtir o que já tem.

A meditação é praticada desde os mais remotos tempos, no seio dos mais variados povos.

Hoje ela vem sendo decantada em prosa e verso e sendo reapresentada pelos mais variados e pomposos títulos, adotada em escolas, clínicas e empresas.

Isso é muito bom.

E quando nós vamos adotar sua prática sistemática em busca de nosso bem-estar?

A tradução literal de meditação, na língua chinesa, é “sentar-se na quietude” o “sentar no silêncio”.

O efeito imediato de uma sessão de meditação bem feita é alcançar a tranquilidade interior. “Sentar no silêncio” é como levar o corpo e a mente a experimentarem um profundo e reconfortante descanso.

A meditação promove a recuperação física, energética e mental, livra do cansaço crônico e da ansiedade, dentre outros benefícios.

Quem medita com regularidade encontra silêncio interior, não sem o disciplinamento paulatino para se distanciar dos ruídos externos, dos ruídos do corpo, dos diálogos interiores, do que passou e do que o espera para logo mais, até, de certo modo, esquecer do local em que se encontra, dos fatos que aconteceram durante o dia, dos projetos com os quais está comprometido, ou seja, de sua identidade predominante, aquela que está vindo do mundo comum e em desalinho e quer invadir o desconhecido e silencioso país da sua mente, para redescobrir sua verdadeira e harmônica identidade. É o curioso, porém factível, caminho que se trilha, onde se vai deixando para trás uma personalidade com a qual queremos nos desidentificar, a fim de assumirmos quem realmente somos, melhores identificados com a vida e com o seu verdadeiro sentido existencial.

Com a meditação, fazemos periódicas viagens para o nosso interior, a fim de, renovados, nos reapresentarmos ao mundo exterior, com novo ânimo, nova disposição, dando-lhe um novo colorido e conduzindo-o para novos rumos, em cuja jornada realizada com nossos melhores esforços e conduta condizente, encontraremos estalagens onde residem a alegria pura, o conhecimento superior, a verdade que liberta, a vida abundante de satisfações que plenificam, o amor, a paz que não nos abandonará mais. Ou, se preferirem, em outra linguagem, encontraremos a iluminação, ou a autoiluminação, que é a nossa realização pessoal, o nosso autoencontro com o desejado vir-à-ser próprio, que somente o autoconhecimento nos faculta enxergar, alcançar e reconhecer.

Assim fazendo, teremos estímulos determinantes para viver ou para laborar em favor do bem-estar pessoal, abrindo-nos à uma nova vida, deixando-nos conduzir por desconhecidas emoções que nos plenificarão com legítimas aspirações, oferecendo-nos um alto significado psicológico e humano.

Sob um certo aspecto, é um retorno à saudável natureza humana. Um reencontro com o todo, uma integração com o sempre permanente.

Vem sem demora. Nós do PROJETO INOVE esperamos por você.

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