A sensações registradas pelo tato, olfato, visão, paladar e audição, nos mantém relacionados com o mundo prático, objetivo, quer aprendendo o que ele tem, quer interagindo com ele e com tudo.
No nível meramente psicológico e orgânico, o homem é uma experiência das sensações e das reações a elas.
A desatenção perceptiva pode induzir ao entendimento equivocado que só é sensação. Daí, satisfazer os sentidos é realizar, plenitude é gozar o mundo.
A dinâmica das mudanças que o mundo imprime, condiciona o ser a se manter na superfície, e entregar-se ao sabor dos ventos, como uma folha sobre a água de um lago.
Vem e vai, sem se deter em lugar nenhum.
Suas ações seguem esse padrão – fluidas, passageiras, desatentas…
Seus sentimentos ficam sem tempo de profundidade…
Seu pensar é fugidio, pois há muito mais o que fazer, sempre e sempre, pois pensar consome oportunidades…
Seus olhos não se demoram em lugar algum, em nenhuma pessoa. Vê muitas coisas. Não consegue enxergar nada…
Valores pessoais para quê? Os dos outros já chegam testados e prontos para consumo…
Por que examinar e selecionar critérios existenciais, se o foco está em somente aproveitar cada circunstância? A circunstância traz sua substância para ser fruída. Ou se usufrui ou se perde…
O outro, o próximo? Que outro e que próximo? A correria é tal que não há ninguém ao lado para ser notado…
A maioria dos homens não estão familiarizados com a sensação de ser, mas apenas com o conhecimento do próprio fazer, o aproveitamento do usufruir, a satisfação de ter seus cinco sentidos ocupados em absorver o mundo.
Quem não sabe o que é ser e só se interessa em obter, suas respostas serão sempre incompletas, egoístas.
Afeto? – Não. Tem que parar tudo para dedicar…
Compaixão? – Não. É sem sentido carregar alguém no colo por ter dó dele…
Amor? – Desde que pelas coisas…
Ternura? – Isso não muda o sabor que o mundo oferece…
Solidariedade? – Só se trouxer algum benefício pessoal…
Fraternidade? – Não. É um laço que retém…
Liberdade? – Desde que para fazer tudo o que se quer e quando se queira…
Isso retrata quem vive o mundo exterior como único fundamento existencial, sem cogitar do essencial.
Em essência, no entanto, o ser é o mundo dos pensamentos, dos sentimentos, das emoções, da criatividade, da imaginação, onde, inclusive, interpreta e dá significado ao que registra pelas sensações.
O mundo é expressão manifesta de si mesmo, que é quem interpreta e dá significado a tudo.
O corpo é o instrumento de percepção e ação.
O ser essencial é o conhecedor de cada sensação, sentimento e pensamento. É o autor de cada ação.
A causa básica de infelicidade é essa dualidade forçada, essa inexistente separação entre “o eu que pensa e sente”, e o “eu que age e se comporta”, como oponentes, quando, em verdade, são inseparáveis, formam uma unidade indissociável: o ser humano em si mesmo.
Nosso viver é feito de escolhas.
Quando não há conjugação e coerência entre o pensar e o sentir, o agir é circunstancial, aleatório.
Sem coerência do ser integral (corpo, mente, coração, espírito/consciência) consigo mesmo, se experencia a infelicitadora divisão entre um fragmento de ser (um “eu” parcial), um objeto (o mundo fora desse “eu”), e a realidade existencial maior: o “eu” que pensa, sente, age e se emociona, vive, convive, ama e é amado.
O retorno à integridade do ser nada mais é do que o fim dessa divisão.
Reconheça o ser pensante que é, não resista agir conforme sua consciência, harmonize quem você é com o comportamento cotidiano e corriqueiro, e você atingirá um estado de clareza existencial em que poderá escolher com lucidez cada pensamento, abrigar somente os sentimentos edificantes, adotar só comportamentos saudáveis, destinar suas emoções aos níveis superiores.
Essa visão clara permite perceber uma única unidade do ser, da mesma maneira que existe uma única unidade entre o sol e a luz do sol.
Ser o que se é sempre em harmonia com cada momento, permite realizar o que é devido para o bem-estar duradouro.
Nós podemos decidir, de forma consciente, abandonar uma vida de mediocridade e viver uma vida de grandeza.
Nós podemos escolher viver no mundo, sem ser escravo do mundo dos prazeres.
Entre uma pergunta, ou um estímulo, uma instigação qualquer, e a resposta, há um intervalo. Nesse intervalo é que reside a nossa liberdade e o poder de escolher as nossas respostas.
Nesse intervalo é que tudo está.
Nas escolhas estão nosso crescimento e nossa felicidade, ou não.
Somos livres para escolher nossas ações, nossas respostas, nossas reações, mas não somos livres para escolher as consequências dessas ações.
Se você puxa uma ponta da corda, você puxa a outra.
O que você semeia, você colhe.
Você é senhor da ação e escravo da reação.
É a grande liberdade humana: o poder de escolher, de responder, de mudar para melhor!
Exercite suas escolhas melhores durante todos os dias, no âmbito das dimensões da sua vida: você consigo mesmo, família, sociedade, trabalho.
Aumente o intervalo entre o que lhe acontece, “os estímulos”, e a sua resposta a isso, com amadurecidas reflexões.
Você verá que os seus pensamentos serão mais elevados. As suas interações com tudo e todos serão mais satisfatórias. Você terá uma perspectiva melhor para aproveitar cada experiência e estará mais conectado com o que realmente importa.
Suas ações serão mais assertivas.
Você se sentirá pertencente ao bem-viver.
E amará a vida e o viver.
Amar é um verbo. Verbo é ação.
Amor, por sua vez, é sentimento, que é um fruto do amar, o verbo.
Seja proativo. Seja o verbo amar na prática.
Sinta seus melhores sentimentos e ame a vida.
Reconheça o valor de existir e sirva a vida, amando-a.
Deseje uma vida melhor e sacrifique-se por isso, em nome do amor.
Você é um ser consciente, ouça seu coração e ame a si mesmo.
O mundo é plural, o bem-viver é singular, tenha empatia por tudo e todos e ame singularmente o plural.
A experiência tem o valor que lhe seja dado.
Escolha as melhores experiências, valorize-as, e ame os resultados felicitadores.
Onde estiver seu interesse, estará sua atenção.
Se interesse pelo próximo, o apoie em seus bons propósitos e ame-o como irmão de jornada evolucionária.
Você está disposto a fazer isso por você?
Existem determinados momentos cruciais em qualquer iniciativa humana que, se usados com inteligência e em seu favor, se tornam os momentos determinantes do futuro.
Esse é seu momento de decisão!
Sei, leitor amigo, que você é capaz de se apaixonar pelo bom, pelo bem, pelo nobre.
Apaixone-se!
Ame e viva!
Ao se tomar posse consciente desse poder de escolher suas respostas, você se torna capaz de deixar de ser egoísta, orgulhoso, mundano, miserável, e optar por ser nobre, justo, bom, generoso.
Essa posse é a posse da chave que o libertará da prisão emocional e do mundo ilusório e passageiro dos sentidos.
Abra os grilhões que o escravizam e o retêm na retaguarda, morada da infelicidade, e se abra para a vida em sua real grandeza e importância.
Grite para o mundo inteiro:
Estou livre!
Saí da prisão da ilusão!
Eu sou!
E basta!
_____________
Projeto INOVE – a vida sob novo prisma
O novo não é fruto de reforma, mas de inovação
www.projeto-inove.com.br
contato@projeto-inove.com.br
Facebook: @PROJETOINOVI
Linkedin: linkedin.com/company/projeto-inove
Instagram: #projetoinovi