Desde os primórdios da arte de curar, a interação mente-corpo é considerada como essencial na busca e preservação da saúde.
Hipócrates, nascido em 460 a.C., uma das figuras mais importantes da história da Medicina, já afirmava: Tuas forças naturais, as que estão dentro de ti, serão as que curarão suas doenças.
A cada dia os cientistas da saúde constatam as evidências dessa realidade.
A constituição do ser humano é essencialmente psicofísica e os cinco sentidos naturais são quais portas, interfaces, para conhecer, sentir e interagir no mundo material.
O agente da vida inteligente e organizada na criatura transcende os cinco sentidos; deles faz uso, mas ele não é os cinco sentidos.
Somos um feixe de energia pensante.
Em síntese, a vida não é o corpo, da mesma forma que a água não é o copo que a contém.
Nós somos o que permanece, enquanto tudo passa e se modifica.
Se permita pensar sem julgamentos.
Quando em qualquer momento da sua pré-adolescência, ao você se olhar no espelho, o que então viu era a sua imagem correspondente.
Hoje, passadas algumas décadas, cada vez que você olha no espelho, vê a própria imagem refletida, diferente em alguns aspectos.
De modo muito simples e direto, se perguntado quem é que olhava e olha no espelho, a resposta é imediata: Eu!
E quem era e é visto? – Eu!
Não só na aparência, mas, literalmente, o corpo mudou.
Noventa por cento dos átomos de nosso corpo não estavam nele há três meses. De certa forma, a configuração das células ósseas permanece a mesma; no entanto, átomos de todos os tipos circulam e atravessam livremente as paredes celulares, o que significa que adquirimos um novo esqueleto a cada três meses.
A pele se renova a cada mês; adquirimos novo revestimento no estômago a cada quatro dias com a renovação constante da superfície que entra em contato com os alimentos a cada cinco minutos; as células do fígado se renovam de modo mais lento, e fabricam um fígado a cada seis semanas.
Figuradamente, é como num edifício cujos tijolos fossem sistematicamente trocados a cada ano, porém, sempre de acordo com a planta original. Continuará com a aparência do mesmo prédio, apesar de tantas mudanças.
Enfim, a cada sete anos, todo o corpo é renovado.
E eu, aquele que vê!?, há que se perguntar.
Resposta simples e conclusiva: – Prossegue como o observador, que é você, que faz uso do corpo, mas não é o corpo.
Você é aquele que vê em cada estágio da vida os diferentes pensamentos, emoções, objetos passarem à sua frente, mas você permanece sendo, como ser pensante que é.
Você é quem olhou e olha no espelho, e mantém-se sendo, apesar das mudanças do corpo.
Experimenta a vida e guarda consigo, como aprendizado, aquilo que você fez diante dos acontecimentos, sem valorizar o acontecido.
Pontuamos, para efeito de raciocínio, a mente e o corpo, como dois aspectos em separado, no entanto, mente-corpo, formam a unidade existencial e há uma continuidade da consciência do eu, que comanda a interação mente-corpo e vice-versa, com influência mútua.
Uma saudável disposição mental se reflete no conjunto físico em forma de bem-estar. O corpo em equilíbrio convida a mente à harmonia. O inverso é verdadeiro.
O que se cultiva no campo mental, termina por tornar-se realidade.
Somos o que pensamos!
Na balança da vida, caminhamos com dois pratos: bem-estar e mal-estar.
Se desejamos que penda em nosso favor o bem-estar (saúde), é preciso depositar nele sentimentos de esperança, de fé, de amor, de alegria, de fraternidade, de solidariedade, de paz e as ideias e atitudes sempre edificantes do belo, do nobre e útil.
Se a opção é pelo mal-estar (doenças), há que se colocar no respectivo prato: comportamentos estressantes, a manutenção de sentimentos agressivos, a conduta intimamente insatisfeita e rebelde e exteriormente dissimulada, ressentimentos, paixões perturbadoras, as ambições desmedidas, o desregramento sexual, a autocompaixão, o autodesamor, o desrespeito ao próximo e à família e outras ideias e ações desestruturantes.
As descargas mentais que geramos percorrem todas as células do nosso corpo. Qual seja a qualidade de onda de que são portadoras, moléculas e órgãos serão por elas atingidos, preservando-os, ou desarticulando os mecanismos de equilíbrio que respondem pela saúde.
Há uma grande diferença entre reforma e renovação.
O que se propõe, em nome do bem-estar, não é repetir a história, simplesmente vestir os personagens com figurino novo, mas fazer uma história nova devotada ao equilíbrio, raiz da saúde.
Produzir uma nova edição de si mesmo, revista, ampliada, inovada.
Para isso, mudar credos sobre a natureza, significado e propósito da vida, bem como sobre a realidade e a razão de viver.
Pensamentos renovados, os sentimentos serão outros e as atitudes ressignificadas, e se reescreverá espontaneamente nova escala de valores intelecto-morais, existenciais, diretrizes seguras a serviço da harmonia, alegria e entusiasmo.
Somos livres para alterarmos o nosso estilo de vida. E ao fazê-lo, usar a inteligência em nosso favor, o que nos permitirá tomarmos o controle e a gestão de nossa biologia.
O bem, o bom, o belo, o nobre – ingredientes do bem-estar duradouro -, são valores que dormem latentes em cada coração, sem exceção, e aguardam o momento de serem acordados e receberem permissão e estímulos para se desenvolverem e beneficiarem mente-corpo.
O clarão da mente lúcida é mantido com a compreensão de que somos ainda imperfeitos, mas com firme disposição de aprender, desaprender, reaprender e vivenciar as lições edificantes, até a plenitude.
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