VIVA ESSA VENTURA!

Certa vez dois monges viajavam juntos por uma estrada lamacenta.

Uma pesada chuva caía, e dificultava a caminhada.

Ao chegarem a uma curva, eles encontraram uma bela garota, com dificuldade para cruzar pequeno riacho lamacento.

“Venha, menina,” disse um deles de imediato. Tomou-a em seus braços, a carregou, e atravessou com ela o pequeno riacho.

O outro monge não falou nada até aquela noite, quando eles estavam no alojamento do Templo.

Então ele disse, quando estavam a sós: – “Aprendemos que nós, como monges, não devemos nos aproximar de mulheres, mais ainda se jovens e belas. Por que você fez aquilo?”

O outro respondeu: – “Meu amigo, eu sei que deixei a garota lá, na outra margem do lodaçal. Por que você ainda a está carregando?”

Assim somos nós e os pensamentos.

Um pensamento pode vir e passar, ou o alimentamos e o mantemos por tempo indeterminado.

Pensamentos e emoções, sentimentos e comportamentos, são manifestações naturais de todos nós, como ser humano que somos.

O que seja vitalizado pelo pensamento, mexe com o sentimento e se expressa no comportamento, e converte-se em realidade no nosso cotidiano.

Os nossos planos de ação se iniciam na mente!

A repetição dos atos gera hábitos, que se tornam memórias, que passam a funcionar automaticamente em nossos comportamentos.

Isso é de nossa natureza.

Rotina, hábito, pelo automatismo que lhes caracteriza, não exige pensar, decidir, fazer ou não fazer.

Quando você vê, está feito.

Resta, porém, examinar se tais hábitos mentais, relacionais, comportamentais, são saudáveis ou não.

Somos livres para preferir ser saudáveis ou enfermos.

Portanto, cabe à nossa consciência a opção de ser feliz.

Diante de um hábito prejudicial, vicioso, quebrar esse hábito começa por reconhecer que é um mal hábito.

Enquanto isso não se der, não se dará mudança efetiva.

Um efeito desaparece quando a causa é removida, não quando é apenas suprimida.

Quebrar hábitos e padrões comportamentais é adotar novos paradigmas, novas referências, novos critérios e renovadas ações.

É mudar de estilo de vida!

A renovação requer que as velhas, obsoletas e comprometidas construções, sejam destruídas antes que o novo possa ser erguido.

Com a determinação pela mudança, comece por se desfazer dos padrões mentais antigos, negativos, que o condicionaram à aceitação dos comportamentos agora reconhecidos como doentios.

Não se trata do cessar desses pensamentos antigos, mas o cessar da sua identificação com esses pensamentos.

Observe que a água da chuva corre pelos velhos caminhos no solo.

Não confundir essa mudança com um rearranjo de pensamentos antigos. Isso seria o mesmo que o redistribuir na sala os mesmos móveis que ali já estavam.

Como ensina o Koan que abriu este artigo, deixe os pensamentos antigos para trás, na “outra margem”, e siga em frente, com novos padrões qualitativos.

Grave, leitor amigo, a afirmativa: O novo não é fruto de reforma, mas de inovação!

Treine novas maneiras de pensar, baseadas na ordem, no bem geral, na superação dos limites e das próprias possibilidades, e supere-se sempre.

Isso criará automatismos e reflexos que, agora sim, trabalharão pela tua harmonia e saúde.

Quando você elege hábitos mentais de discernimento e escolhe o correto, o saudável, o bem-estar, sente emoções e sentimentos equilibrados, age com segurança, e essas memórias funcionarão automaticamente (hábitos saudáveis), o que lhe permitirá amadurecimento intelectual, relacional e afetivo, quanto mais se identifique e crie estado de harmonia com esse posicionamento renovador e evolucionário.

A cada momento, experiências de autossuperação que se consolidam na formação de um novo ser, trazem para você novos atributos em benefício da consciência de você mesmo.

Muita atenção com resistências interpostas pela estrutura psicológica de cada um (consciente ou inconscientemente), que formam como uma parede de pedras para impedir avanços e melhorias, que se encontram para além da zona de conforto.

Que suas decisões se deem com consciência, mente desperta!

Use a razão que lhe proporciona o discernimento, e faculta, livre que você é, a eleição dos hábitos saudáveis favoráveis à felicidade.

A função da mente é pensar.

Notar os pensamentos, não é o mesmo que atender cada um deles.

Domínio sobre o pensamento não é eliminar o pensamento, mas remover todo o seu poder hipnótico.

Com a mente assim arejada, cada momento é um novo frescor.

Pensar seletivamente, é opção.

Em sua casa mental, separe com clareza quem é o convidado e quem é o anfitrião. Isso lhe permite a distinção e escolha daquilo que vem e vai e daquilo que é permanente.

O hábito de bem pensar amplia as possibilidades de discernir.

Ideias errôneas obscurecem o que se é!

Uma mente enriquecida de valores legítimos, pela simples razão, é capaz de reconhecer as falsas crenças, os desvalores existenciais, os erros pessoais nos quais se apoia, e corrigi-los.

Eleger o tipo de pensamento a ser cultivado, é passo da mais alta importância para que o discernimento manifeste com fidelidade a consciência, e eleja os superiores códigos de comportamento que se incorporarão à sua existência.

Leitor amigo, é necessário assumir o controle de você mesmo, o que equivale dizer, pensar, sentir e agir consciente e insistentemente, sob a luz de novos padrões, com regulares revisões dos hábitos, das crenças e dos valores existenciais até então eleitos por você.

Não é fácil sair de uma situação agora indesejada para uma outra agradável.

É preciso desaprender para aprender.

Porém, todo aprendizado exige a repetição da experiência até a sua fixação em definitivo.

O mesmo quanto a aquisição de valores e padrões de felicidade, que vai além do simples querer, é preciso esforço e empenho para conseguir.

O nível individual de consciência de cada um de nós, modela nossos comportamentos.

Ao se alcançar essa consciência da necessidade da renovação ética, moral, emocional, comportamental, se perceberá que o que se deixa de fazer é mais importante do que o que se está fazendo. Ou seja, o que deve ser perdido tem mais peso na economia moral do ser, do que o que é obtido.

Saber que não é o que se faz que importa, mas o que se para de fazer é que importa, é nutrir o florescimento de percepção que permite ver a vida sob novo e venturoso prisma.

Viva essa ventura!

O pássaro será pássaro livre quando, ao encontrar a porta da gaiola aberta, sair e alçar novos voos.

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Projeto INOVE – a vida sob novo prisma

O novo não é fruto de reforma, mas de inovação

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