Uma planta para crescer saudável, deve estar livre de ervas daninhas no mesmo terreno.
Um copo consegue conter água potável, se primeiramente esgotado de outros líquidos e limpo de impurezas.
Um disco de memória de um computador aceita, registra e armazena novo arquivo, desde que tenha espaço disponível suficiente.
A planta dará o fruto de acordo com sua semente.
Do copo se beberá o que ali tenha sido depositado.
O computador processará as informações segundo os programas nele instalados.
Assim é a mente humana, que no geral é superativa e indisciplinada.
Os tempos atuais são fruto da chamada “era da informação”, que oportuniza um turbilhão de informações diariamente, nem sempre úteis, menos ainda sábias.
Quantidade sem compromisso com a qualidade.
É muita “erva daninha” a impedir o germinar de novas e nutritivas “plantas”.
A inutilidade nem sempre é má em si mesma, a não ser pelo desvio e atrasos de objetivos que cause, ou por empanar a visão da vida e sua importância primeira.
Saturam o “copo mental” e não deixam “espaço” para água limpa de “novas ideias”.
Velhos programas, softwares sem atualização é como um mesmo pensar, sentir e agir de todos os dias, sem renovação de valor ético, de significado moral, de conteúdo e ampltude; sempre as mesmas interpretações, sem mudança de sentido.
Ocupam o espaço do “disco de memória” da mente humana, reprisam e processam somente o ontem como se fosse hoje, sem permitir que se alcance o agora, o presente, o dia para o qual se levantou, mas para o qual ainda não se acordou e nem dele tomou ciência.
A memória humana mantém o já conhecido, aceito, pensado, sentido e atuado, e armazena o que já existe.
A memória é o registro do passado. O que já aconteceu!
Para um evento novo, ao se aplicar uma ação baseada na memória, se pratica o sentimento e o comportamento já ensaiado, já experenciado.
Portanto, as reações serão sabidas e se repete o que já é.
É atribuída a Albert Einstein a citação: “Os problemas significativos com os quais nos deparamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento em que estávamos quando eles foram criados.”
Tudo o que você sente reflete quem você é.
Cada experiência, revestida da emoção correspondente ao significado e interpretação que lhe foi dada, é impressa em nossa memória e em nosso sistema nervoso, e alimenta nosso estado ativo e reativo.
Isso significa dizer que a maioria das nossas ações e reações são ecos do nosso passado.
Em outras palavras, não se está a viver no presente.
Basta consultar o seu campo mental pessoal a qualquer momento, e você constatará o predomínio de pensamentos relativos ao que já passou e ao que é esperado ou desejado para o futuro.
O momento presente, passa desapercebido!
No geral, o dia é vivido num automatismo fruto do ontem, sem percepção e sensações do agora.
Um exemplo prático do presente-ausente: ao caminhar na extensão de uma quadra na rua, não ficam registrados os diversos aromas que ali estejam, as pessoas que passam, as diferenças no material das calçadas, as cores e a diversidade dos muros e das casas; não se nota árvores, flores nem pássaros…
Passa pela rua, sem ter estado nela.
O dia chega e vai, e não se olhou para o céu…
A mente bloqueada pela saturação de inúmeras e desconexas informações; pelas impertinentes lembranças, nem sempre edificantes e alegres; perde referência até das sensações colhidas pela sua visão, audição, tato e contato, olfato e paladar.
Os sentidos naturais colhem tudo, sempre, mas geralmente tem por destino o inconsciente.
Os sentidos humanos são quais naturais janelas da alma que permitem a relação e o aprendizado do mundo.
Mas o aprendizado (que é experiência nova) quando recolhido e enclausurado em uma prisão emocional, asfixiado entre barras invisíveis forjadas na ilusão permanente do passado, não liberta o ser para que haja a manifestação dele mesmo e possa gritar: Eu sou!
Saber e não fazer, é não saber.
Onde e quando é respirado apenas o ontem, com suas experiências e reações anotadas e grifadas com o significado e as interpretações que lhes foram dadas, não há mudança.
Uma mudança para melhor é que pontua um avanço.
Uma mudança se dá num momento-presente e seu avanço é a chegada ao futuro.
O passado que aprisiona é qual um sonho-pesadelo – ou mesmo um sonho-encantamento – do qual não se consegue despertar.
Uma vivência que já morreu e não há sepultura!
Memória-cadáver insepulta a assombrar (ou iludir) a casa mental, que provoca medo ou inação, e impede que se abram os olhos e se veja a vida que pulsa e prossegue sob o sol e sobre a terra.
A tristeza passa, e a alegria também…
Platão assim anotou e entregou para a posteridade: “Às vezes na vida nós nos sentimos acorrentados, sem sequer sabermos que temos a chave.”
A chave é escolher. Você tem opções. Sempre há uma forma melhor de viver.
Eis a oportunidade, o impulso, a chave que o ajudará a tornar visível o seu vir a ser em triunfo sobre você mesmo.
Largue o passado, que já não é mais.
Retenha dele a lição de como não fazer, em caso de erros e fracassos, ou, como prosseguir a fazer e melhorar sempre, em face de acertos e conquistas nobres havidas.
Cada dia é anunciação de uma nova vida.
Uma oportunidade de renovação e inovação, de dar passos adiante e chegar no seu presente existencial, de fato, e enriquecê-lo de feitos que dão substância ao bem-estar.
É precisa acordar!
Olhe no espelho que reflete a vida em seu verdadeiro significado e ali veja você refletido, pertencente…
E comece a se integrar na vida plena.
A vontade é eficaz faxineira, que põe fora tudo o que é inútil no campo da consciência.
A vontade também é atento guardião que fica à porta do campo da consciência e impede a entrada de intrusos que possam perturbar e desequilibrar.
Com ação ativa e forte, consciente da vontade:
– Faça profunda limpeza da casa mental. Limpeza psicológica do campo da consciência.
– Refaça o estoque das emoções com novo pensar, sentir e agir.
– Reconsidere o amanhã até então sonhado, e dê-lhe hoje uma nova consistência, de acordo com seu potencial criativo e capacidade real de realização.
– Elimine os vários obstáculos que impedem a atividade renovadora e criativa.
Realidade verdadeira é sempre o aqui e agora. Sem demora, coloque a sua atenção e o seu interesse no dia de hoje.
Esteja presente física, psicológica, emocional e espiritualmente em cada ato da vida.
Viva consciente de que viver é mais do que estar vivo.
Uma sensação só é registrada no presente.
Aquiete a mente e sinta o seu momento-vida!
Inicialmente, sinta e viva a vida em plenitude, e seu bem viver e tudo o mais de bom será manifestado.
Relaxe as expectativas pelo amanhã, que ainda não é, faça no agora o seu melhor, e aguarde em tranquila espera o porvir.
Ao semear o seu melhor, a colheita lhe dará o melhor dos frutos.
Confie em você e tome posse de seus valores, e os aplique em favor de seu bem-estar corporal, mental e emocional.
Diante do que lhe foi dito, deixe sua imaginação visualizar o dia que lhe chega e não se vai; permanece… enquanto nele você deposite sua atenção.
Atenção é presença.
Presença sentida é vida fruída.
Vida fruída é momento aproveitado.
Momento aproveitado é aquele que traz equilíbrio espiritual.
Equilíbrio espiritual é fonte de paz.
Paz é a estrutura da saúde.
Saúde é a manifestação da unidade mente-corpo em harmonia.
Mente-corpo é a riqueza instrumental para nossa caminhada, com entusiasmo, determinação e persistência, que o Todo nos disponibiliza, a fim de nos reintegrarmos, enfim, ao Todo.
Onde há vontade, há caminho!
Tudo o que você sente reflete quem você é…
Faça com que sua vida faça todo o sentido para você e para todos.
Viva a Vida!
Sinta-a em profundidade e em toda a sua inteireza.
Deixe que a Vida lhe toque o coração e daí lhe nasçam as melhores e mais sábias escolhas…
Deixe seu coração lhe ditar quem você é!
Ame! Eis a essência primordial e o finalismo da Vida.
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