Você já parou para refletir sobre a relação entre a fonte, a base, as impressões e os significados de suas experiências vivenciais?
Muitas vezes, atribuímos nossas alegrias e dores a fatores externos, mas essa realidade está direta e profundamente enraizada dentro de nós mesmos.
É inegável que situações externas podem agir como estímulos ou catalisadores para nossa experiência humana.
A luz do sol acariciando nossa pele, a dor de uma perda significativa, a alegria de uma conquista pessoal – todas essas experiências são desencadeadas por eventos ou circunstâncias que ocorrem “fora” de nós.
No entanto, é vital compreender que tudo o que vivemos, íntima ou externamente, cada emoção que experimentamos, acontece intrinsecamente “dentro” de nós.
Ao saborear uma refeição deliciosa, o paladar é ativado pela interação dos ingredientes e seus receptores gustativos. Contudo, a experiência prazerosa do sabor não está na comida em si, mas na sua memória, cujos registros permitem identificar os sabores e os associa a sentimentos e circunstâncias passadas. A fonte da experiência gustativa é interna.
Ao contemplar uma obra de arte, a apreciação estética não está na pintura ou na escultura, mas na maneira como sua mente decifre as formas, cores e expressões. A beleza é uma construção interna, e a fonte da experiência artística está na singularidade da sua percepção.
Quando alguém lhe dá um abraço caloroso, a sensação de calor e afeto que você experimenta não reside nos braços da outra pessoa, mas na maneira como seu corpo e mente respondem a esse gesto. As emoções de segurança e carinho são geradas internamente, destacando como a fonte da experiência emocional está profundamente enraizada em você.
Imagine que alguém toque suavemente a palma da sua mão.
A princípio, você pode pensar que está experienciando o toque da outra pessoa, mas, na verdade, o que ocorre é uma complexa interação entre seu corpo e seu sistema nervoso.
Vamos aprofundar a compreensão do exemplo do toque para ilustrar ainda mais como interpretamos as sensações de maneira única e internamente.
Quando a outra pessoa toca sua mão, os receptores sensoriais na pele enviam sinais elétricos ao longo dos nervos até o cérebro. Esses sinais são como mensagens codificadas que seu cérebro interpreta.
Seu cérebro processa esses sinais, traduzindo-os em sensações específicas. O calor, a pressão e a textura são percebidas internamente, em seu próprio sistema neural. Portanto, a sensação de toque não ocorre na mão da outra pessoa, mas na sua própria mente.
Se você já teve a experiência de alguém tocando sua mão, pode lembrar que a mesma sensação pode evocar diferentes emoções ou memórias em momentos distintos. Isso destaca como a interpretação pessoal desempenha um papel fundamental na experiência do toque.
A realidade sensorial não está na mão da outra pessoa, mas na maneira como seu sistema nervoso interpreta e processa os estímulos.
A partir dessas interpretações internas, sua mente constrói a experiência completa do toque.
Ao compreender esse processo, percebemos que a experiência do toque é, de fato, uma criação interna.
Este exemplo destaca vividamente como a fonte da experiência humana está intrinsecamente conectada a nós mesmos, não ao mundo externo. Assim, independentemente do estímulo externo, a verdadeira fonte da experiência humana é interna.
Cada momento, seja visual, tátil, gustativo ou emocional, é moldado pela interpretação única que ocorre dentro de nós mesmos.
Portanto, “dentro” de nós é que: interpretamos, definimos, decodificamos, classificamos, qualificamos, aceitamos, damos significado, importância e valor, sentimos, pensamos, nos emocionamos.
Afirmar que toda experiência humana é integralmente autogerada é reconhecer o poder que reside em nosso interior.
Luz e escuridão, dor e prazer, agonia e êxtase – todos esses extremos são meros reflexos do que se passa dentro de nossa própria consciência, fruto de nossa interpretação e do significado que lhes atribuímos.
A compreensão fundamental que precisamos alcançar é que tanto nossos pensamentos, sentimentos, quanto nossas emoções, são criações nossas.
Somos os artífices da nossa própria realidade mental e emocional. Por conseguinte, de nossa realidade física-orgânica.
Mente-corpo formam uma unidade existencial.
No entanto, você não é mente-corpo, é quem domina (ou deveria dominar) essa unidade.
Você é a consciência que percebe, não o objeto percebido.
Você sente, mas não é o sentimento.
Você pensa, mas não é o pensamento.
O essencial a conhecer não são os pensamentos da mente, mas sim a fonte através da qual a mente pensa.
Há quem se confunda com seus problemas.
Transformar-se naquilo em que se acredita, tornar-se o que se sente, é a aceitação de um sofrimento que não precisava sofrer.
Quando a mente está repleta de crenças falsas, não há espaço para a verdade se estabelecer.
O que você abandona para que se dê a sua integração com você mesmo, não importa; o que realmente conta é aquilo que você escolhe manter firme.
Você não precisa esperar para ser quem já é.
Se compreendermos e aceitarmos essa verdade, podemos começar a moldar conscientemente nossos pensamentos e emoções de maneira positiva e construtiva.
A mudança de perspectiva que propomos aqui não é retórica filosófica; é uma chave existencial prática que pode transformar sua vida.
Ao invés de buscar constantemente explicações e soluções externas para, por exemplo, um sofrimento qualquer, somos desafiados a olhar para dentro de nós mesmos.
O único caminho verdadeiro para a transformação reside no interior.
Ou seja, a saída está “dentro”!
Não estamos sugerindo que ignoremos os desafios externos que a vida nos apresenta, mas sim que reconheçamos a nossa capacidade de responder a esses desafios de maneira consciente e construtiva, intencional e assertiva.
Ao invés de procurar fugas, olhemos para dentro de nós em busca de força, resiliência e soluções, para o devido enfrentamento.
É hora de abraçar o poder que reside em cada um de nós.
Se nossos pensamentos e emoções são de nossa própria criação, então temos o poder de moldar nossa realidade interna e externa de maneira significativa.
Não subestime a magnitude dessa mudança de paradigma.
Ela não apenas altera a maneira como vivemos, mas também redefine a forma como enfrentamos os altos e baixos da existência humana.
Descubra a fonte inesgotável dentro de você.
Assuma o controle de sua experiência, moldando conscientemente a tapeçaria da sua vida interior.
Não corra atrás de experiências passageiras, que vêm e vão como sombras na parede. Em vez disso, busque compreender quem as vivencia. Encontrar isso é retornar ao lar que nunca foi abandonado.
O caminho de volta é a saída!
Ao fazer isso, você não apenas se torna seu próprio mestre, mas também descobre o rumo para a verdadeira realização e felicidade desde agora.
A jornada da transformação reside em seu interior; ouse explorar e desvendar esse poder à espera de ser descoberto.
O propósito final de todos nós não é o fim da grandeza de valores verdadeiros e ideais enobrecedores, mas o fim da limitação, da pequenez e da insignificância vivencial.
Isso é o que é chamado de a grande transformação.
Lembre-se: alegria ou tristeza, satisfação ou insatisfação, prazer ou dor: tudo acontece dentro de você… no âmbito de seus domínios.
Assuma o controle!
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