Há homens de sabedoria e homens de conhecimento.
Uns, os primeiros, vivem tranquilamente, aproveitando o que de melhor a vida lhes dá, sempre solícitos em compreender as necessidades de conhecimento dos demais. Aproveitam o que dominam, e colocam imediatamente em prática sua percepção em auxiliar na compreensão geral.
Enquanto os outros, bastante tumultuados, vivem a correr em busca incessante de mais conhecimento. Esquecem a situação em que estão inseridos, familiar, social ou financeira, e passam a viver exclusivamente focados na busca de novidades de aprendizado.
Suas vidas ficam aturdidas, e, quando menos esperam, já passou o tempo das melhores oportunidades de viver com qualidade e ter chance de dividir o conhecimento adquirido com os demais.
Dentro do que compõe a sabedoria e o conhecimento, nessas duas forças que, se buscadas, conseguiremos acesso a elas, pode-se destacar certas características que levam o homem a agir a plena força e formar uma nova oportunidade de desenvolvimento para a sociedade.
A criatividade sugere novas propostas e as direciona para aplicar o que se traz no íntimo, com originalidade.
Essa sequência de ações torna real para o mundo a abstração do criativo.
Passo seguinte é o de adaptar essa criação original para que ela se torne útil e possa ser vivida, usada, pelos componentes da sociedade como um todo.
Sempre quando vêm à luz novos conceitos, eles chegam às mentes criativas com a ingenuidade necessária, para que não haja o envaidecimento de quem cria a inovação e a distribui como novidade.
A curiosidade faz com que se entregue sistematicamente à busca da sabedoria e do conhecimento. É a segunda componente dessa força interna. Ela desperta o interesse da busca pelo novo e permite a exploração do que já é conhecido, até que se perceba ter criado algo diferente, que é posteriormente aberto como conceito oportuno à sociedade.
Mas tudo isso precisa passar pelo crivo de outro importante elemento de força interna, que é o julgamento.
Expor a novidade ao pensamento crítico, que auxilia a ver e a sentir se o que está em análise é pertinente ou não à necessidade da maioria.
A mente pode ser identificada como uma mente aberta, quando permite comparações entre a sugestão nova e o conceito já conhecido, e forma valores flexíveis.
Quando se é interessado em buscar conhecimento que induz à sabedoria, é necessário estar envolvido e amar o que se aprende. Doar de si mesmo para fixar o que deseja saber. Abrir mão de seu próprio tempo e realmente se inteirar do ensinamento. Estar de corpo e alma no aprendizado.
Toda iniciativa de organizar exemplos, para melhor explicação e entendimento, dividindo em tópicos facilitadores, faz com que o gerenciamento produza uma somatória sistemática de conhecimentos, que facilitam a aplicação do item em questão, ou seja, da nova proposta.
E como o ser humano sempre vive em busca de novas perspectivas, que o permita crescer, nada melhor do que poder sentir presente a força interna chamada liberdade.
Ela é que cria condições para que ele, em plena prospecção da sabedoria, passe a perceber o todo à sua volta, de forma mais detalhada, rica, mais integrada, tanto à natureza quanto a ele mesmo.
Ele desvenda com determinação a próxima ferramenta que o liberta de grandes desaires, desgostos, sofrimentos, que é sua coragem.
Ela lhe mostra e permite o contato com a bravura, quando lhe impõe valores e possibilita que ele analise sem medo a situação limitadora em que possa estar estacionado, tanto intelectual como moralmente. Auxilia na libertação do desconhecimento e lhe proporciona condição de compreender qual a posição perfeita a ser tomada.
E o homem, a passos largos, se dirige aos demais, expondo o que pensa ser certo. E carregado de uma assertividade na fala, acaba sendo muito convincente, já que a busca feita traz o rótulo da sua perseverança.
Atitude que tomou em transformar sua criação, seja ela mental ou material, em novo conceito, perseverando, leva o que começou no campo mental a se tornar uma nova ideia.
Em todos os tempos, a força interior chamada honestidade, impressiona a sociedade por ser íntegra e autêntica. O ser que a tem como valor, é diferenciado. Aparenta ser marcado com uma outra característica ainda mais notável, que é o entusiasmo pelo viver.
A sua, é uma vitalidade diferente, que traz para fora uma energia de animação e vigor, que a todos impressiona, e mostra o quanto se sente vivo, por se permitir estar em conformidade com aquilo que pensa. A isso chamamos autenticidade.
E derivado dessa postura que muitos admiram, está a atitude decorrente de mais uma força interna que ele também apresenta: seu humanitarismo. Age pelo amor, pois sabe amar e ser amado.
Jamais desvaloriza as relações com os demais, por não ser só um homem que tem conhecimento, mas sim um que convive com a sabedoria.
Externa bondade porque, ao agir, demonstra generosidade. Escolhe as amizades e as nutre de forma sistemática, porque compreende a necessidade apresentada de ter cuidado com os outros e, em casos mais extremos, também se mostra possuidor de compaixão, que o faz atuar com um altruísmo que constrói laços impossíveis de serem desfeitos.
Faz parte da composição de seu caráter, estar sempre agindo com inteligência social, sendo astuto e se mantendo esperto em relação às suas escolhas, pois domina suas sensações e analisa as dos demais com conhecimento das causas que possam fazer lesões emocionais irreversíveis, o que afirma não permitir acontecer em seu mundo de relações.
O ser que age assim alcança a compreensão de que a justiça não é somente um conjunto de normas feitas por uma sociedade qualquer, mais sim um código de ética, onde quem dirige é o conceito de responsabilidade social, advindo do entendimento amplo do amor, que permite a todos sua cidadania, seu pertencimento aos diversos grupos de origem, sem dissensões ou imposições de mal-estares destrutivos.
Há lealdade em reconhecer no próximo seu irmão mais próximo, independente de interesses mesquinhos, sejam eles quais forem. Essa uma outra característica do homem de sabedoria, que já trabalhou a força interna conhecida como a imparcialidade.
Ele já não toma decisões baseadas tão somente em conceitos frívolos. Sua análise é profunda e justa, trazendo sempre um conceito de harmonização geral.
Obviamente que se torna uma liderança admirada, senão amada!
Organizador nato de atividades que tragam bem-estar para o grupo maior é capacitado em sugerir a finalização dos projetos criativos concebidos pelos demais, melhorando e fortalecendo o poder de decisão geral.
Em suas atitudes, o que se mostra notável é a temperança de seus sentimentos, outra das maiores exteriorizações da força interna que possui!
Sempre disposto a permitir que haja uma segunda chance de tentativas de superação dos defeitos alheios, é de coração aberto que age com misericórdia. Muitas vezes dá permissão de perdão a um irmão que se mostre realmente interessado em crescer, quando o erro se faz visível.
Com humildade à flor da pele, age com modéstia e prudência, e deixa que as realizações alheias falem por si mesmas, incluindo o cuidado como conceito crucial, que evita que riscos excessivos sejam corridos para que se alcance o crescimento desejado.
Essa demonstração de extremo autocontrole, convence os demais da disciplina que o sábio aplica a si mesmo por entender que impulsos e emoções soltas impedem a transcendência que ele tanto buscou.
E ao apreciar, reverente e admirado, a beleza do que já consegue perceber à sua volta, olha para o passado com satisfação, porque entende que a reverência com que construiu sua dignidade, valeu a pena.
Reverência e gratidão se tornam inseparáveis. Então se apropria da gratidão. Essa imensa força interna, ele sabe bem expressá-la, sentindo-se abençoado, fato ao qual expressa extremo agradecimento, porque já faz dele um ser que no coração habita a esperança.
Esperança, amiga insubstituível, o liga ao otimismo, orientando-lhe os passos em direção ao futuro, que se mostra sempre equilibrado.
Assim, despreocupadamente, ele, o sábio, brinca sorridente com a vida, e a usufrui em um estado de espírito pleno.
Seu Espírito é carregado de bons propósitos, que são os conceitos de sua intenção, sempre ligada ao bem-estar geral.
Enquanto o homem de conhecimento traz consigo toda a instrução a qual teve acesso, que buscou com satisfação, que empregou o que foi assimilado intelectualmente como postulados a serem estudados pelos demais, que deu sua colaboração extremamente positiva ao desenvolvimento da sociedade, mas que se manteve apartado da generalização do que aprendeu, guardou consigo os segredos que abririam as portas do desconhecido e levariam à compreensão ilimitada os demais. Limitou-se, sem entender que se divide para somar!
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