Uma fotografia de uma cadeia de montanhas, onde o foco da câmera foi regulado para destacar as primeiras montanhas, automaticamente faz com que as outras apareçam desfocadas.
Em outra fotografia, ao se inverter o foco para as últimas montanhas ao fundo, estas é que se destacarão.
Porém, todas as montanhas estão ali naturalmente com a mesma nitidez.
O foco ou não nessa ou naquela montanha, foi escolha.
Ao se olhar um buraco no chão e dirigir luz para o seu fundo, faz do fundo o primeiro plano da visão e se pode vê-lo em detalhes.
Desde a superfície e tudo o que há no seu entorno, até o fundo do buraco, nada foi alterado. Apenas o foco construiu primeiro plano com nitidez e outros planos desfocados.
Uma sala de teatro, com todas as luzes apagadas, apenas luzes acesas dirigidas para os atores e o cenário, faz parecer que o que se ilumina é tudo o que existe.
No entanto, ao se acender todas as luzes, cada assistente presente surge, apesar de estarem ali o tempo todo.
Suponha que você adormeceu. Você não sabe que existe, que o mundo existe, simplesmente porque você está um tanto inconsciente. Completamente? Não. Você está consciente enquanto está dormindo, mas não consciente o suficiente para notar a presença de muitas coisas.
Onde estiver o seu interesse, estará sua atenção, seu estado de mente alerta.
Consciência não é só estado de alerta mental.
O alerta mental ajuda na sobrevivência.
Consciência direciona o viver.
Pense em você. Perceba onde está, como está. Você reconhece que existe, porque você se observou com intenção consciente.
Ora, a consciência não vai e vem, está presente ou ausente. Ela sempre está.
A questão é de intensidade do quão consciente você se põe sobre isso ou aquilo.
Isso demonstra que você é a consciência e que todos nós ainda necessitamos da dualidade com que a vida se nos apresenta: alto e baixo, claro e escuro, bom e mau.
Somente o desenvolvimento consciencial nos dará a visão da unicidade
Na prática, ao se prestar muita atenção ao que está “lá fora”, pouco se observará o que se passa “aqui dentro”, e vice-versa.
Alcançar o equilíbrio deve ser a meta pessoal.
Vamos pensar sobre uma vida agradável, prazerosa.
Se seu corpo se torna agradável, você chama isso de saúde.
Se for muito agradável, isso é prazer.
Se sua mente se torna agradável, você chama isso de paz.
Se for muito agradável, chama de alegria.
Se suas emoções se tornam agradáveis, chama isso de amor.
Se for muito agradável, chama de compaixão.
Se suas energias de vida se tornam agradáveis, você chama isso de bem-aventurança.
Se se torna muito agradável, chama de êxtase.
Se o ambiente em seu entorno se torna agradável, você chama isso de satisfação.
Se for muito agradável, chama isso de sucesso.
Para exercitar a percepção, pensemos.
Para o ambiente se tornar agradável, necessitamos da cooperação de muitas forças ao nosso redor. Muitas coisas têm que se encaixar no lugar e no tempo, para que aconteça.
Para manter seu corpo agradável, mente agradável, emoção agradável, sua energia vital agradável, cabe só a você criar e manter esse estado.
O que acontece ao seu lado, nunca poderá ser totalmente determinado por você. Você pode até influenciar, mas não controlar.
Mas controlar o que fazer com o que acontece com você, você pode.
Seu corpo, sua mente, suas emoções e suas energias, devem receber instruções de você, pois dependem somente de você.
Se algo o machucar, ou você se aceita e se assume machucado, e sofre, ou faz disso uma lição de vida, e se torna mais sábio.
Nem sempre o sucesso alcançado “lá fora” é o mesmo “aqui dentro”.
O que se passa dentro de você deve ser determinado por você.
Com equilíbrio interior, sua ação exterior refletirá esse equilíbrio.
O valor de sua vida agradável não deve ser medido pela roupa que você veste, pela marca do carro que você deixou estacionado, pelo endereço que você mora.
O valor real do bem viver está no íntimo daquele a quem não importa se tem muito ou pouco de coisas. Ele sabe quem é, vive o que é, e não se descuida de vir a ser o que lhe dê uma vida mais agradável.
Ter, o necessário.
Ser, cada vez mais…
Sua vida é a expressão de seu viver, de seu estado íntimo!
Saúde, prazer, paz, alegria, amor, compaixão, bem-aventurança, êxtase, não estão “lá fora” a espera de serem recolhidos. Estão na consciência, prontos para serem despertos.
Nada disso depende de circunstâncias. Depende somente de sua opção.
Sua inteligência – você, portanto – é que define o primeiro plano para seu viver, o foco de sua vida.
A consciência – você, portanto – não perde de vista o plano de fundo.
A preocupação com o primeiro plano – o foco, a visão, as percepções, as sensações –, tira a atenção do plano de fundo.
No entanto, é nesse plano de fundo existencial que o mistério reside.
O barco é o primeiro plano, mas a água que o sustenta, é o plano de fundo.
O céu é o plano de fundo das nuvens. O cosmo, das estrelas.
O plano de fundo do viver, é a Vida.
Da Vida, o Todo.
O bem viver é sua completude.
O Todo é seu pertencimento.
Abrir-se para a verdadeira inteireza, a plenitude da vida, é medida de urgência.
Ignorar o essencial da vida, é como desconhecer a água para matar a sede.
Conhecer o céu, a terra e todas as coisas, mas desconhecer a si mesmo, é manter-se na mais alta ignorância.
O adiamento dessa providência, é como quem fecha uma porta. Elimina a luz do sol, mas não elimina a necessidade do sol.
_____________
Projeto INOVE – a vida sob novo prisma
www.projeto-inove.com.br
contato@projeto-inove.com.br
Facebook: @PROJETOINOVI
Linkedin: linkedin.com/company/projeto-inove
Instagram: #projetoinovi