Aquilo que você observa, não é você.
Você é o observador.
Ao se aguçar a lente da percepção sensitiva (não-sensorial), se identificará, quanto a si mesmo, o observador e o observado, como um só.
Isso se dá em dimensões mais profundas da mente.
Quem quer recolher pérolas preciosas precisa mergulhar nas profundezas do oceano.
Vamos falar um pouco sobre isso.
Uma palavra contém tudo, mas não diz tudo.
Ela se faz entendida dentro de limites do que o pensador, o buscador da verdade, já sabe a seu respeito ou é capaz de assimilar.
É o caso das palavras mente e pensamento.
Usualmente, se utiliza uma e outra como sinônimos. Tem sua validade no dia a dia comum da vida relacional.
Porém, não são sinônimos.
O pensamento é o emergir, é a manifestação do anseio da consciência pura, do ser espiritual, como você queira, não uma elaboração cerebral do corpo.
O cérebro físico é qual um decodificador do pensamento.
A mente, por sua vez, é como uma oficina de pensamentos que processa a intenção da inteligência interior, a consciência.
A função da mente: pensamento.
Sem pensamento, mente em repouso, coração na quietude da harmonia, consciência em paz.
Desde já, podemos concluir que silêncio, quietude ou vazio mental, não é um estado para se temer, mas um santuário a ser encontrado.
Sossegue o pensar, acalme sua mente, e você trará o céu à terra.
Há mente silenciosa e barulhenta.
O ponto a ser focado é o que há por trás da mente?
Mente agitada ou calma são condições.
O incondicionado, o observador-observado, é a busca.
O pensamento é força, energia que se transforma em ação, que obedece a direção, a intensidade e o significado que lhe tenha sido impresso pelo ser pensante, o Eu superior.
O significado é emanação da aspiração íntima, expectativa firme que indica direcionamento, motiva sua duração e estabelece sua constância e permanência.
Onde estiver nosso interesse, ali estará nossa atenção e presença ativa.
O campo mental tem diversas dimensões que interagem entre si.
A mais evidente é o intelecto.
O intelecto é como um portal da inteligência que se abre para o mundo, através do qual registramos o mundo, aprendemos o mundo e a viver no mundo, e acabamos por desejar não ser escravo do mundo.
O intelecto nos relaciona com o entorno e facilita nossa sobrevivência e o conforto ao organizar o mundo.
Os cinco órgãos dos sentidos nos dão todos os dados que já reunimos, que repousam em tantos aspectos dentro de nós, que são o alimento para o intelecto.
O nosso aprendizado se dá por comparação.
O intelecto é dual.
Se você olhar um dos lados da sua mão, não pode ver o outro lado.
Essa é a natureza da percepção sensorial.
Os órgãos dos sentidos só podem perceber por comparação, uma parte de cada vez. Uma parte conhecida, permite conhecer a outra parte.
Se não houver comparação, os sentidos são inúteis.
Porque há o escuro, você sabe o que é luz.
Porque há o silêncio, você sabe o que é o som.
Porque há calor, você sabe o que é o frio.
Um exemplo: você tem 1,80m de altura. Numa sociedade com pessoas menores que você, você anda como um homem alto, se vê como um almo alto, e se sente como um homem alto, você é alto.
Numa sociedade com pessoas com 2,30m de altura (apenas hipótese) você se veria e se sentiria baixinho.
No mundo atual, ainda há predominância da visão só de um lado das coisas; egoisticamente, a que mais interesse a cada um.
O que percebemos em comparação é útil para nosso processo de sobrevivência, mas se quisermos conhecer a natureza dessa existência, os órgãos dos sentidos não são instrumentos suficientes.
Vamos, então, para outra dimensão do campo da mente, a que se distancia das sensações que os cinco sentidos nos passam.
Outra dimensão é a identidade.
No momento em que você se identifica com algo, crença, valor, conceito, nação que você pertence, raça, cultura, gênero, religião etc., qualifica você, e seu intelecto passa a agir para proteger e defender essa identidade.
O intelecto precisa da identidade, e forte. Sem ela, não há referência.
Por conseguinte, o intelecto não pode funcionar sem um banco de memória.
Outra dimensão é o depósito das memórias.
Memória genética, intelectual, corporal, evolutiva, gustativa, olfativa, consciente, subconsciente, inconsciente etc.
Os registros integrais das experiências em cada momento-vida permanecem impressos em nosso âmago, e estão à disposição da mente, das identidades e do intelecto.
Nosso pensar, sentir e agir se abastecem nesse celeiro.
É princípio existencial: o homem se torna aquilo que cultiva na mente.
A mente reflete o Eu Superior, e dá guarida e movimento construtivo do ideal, da forma e da vida.
A partir do sentimento em profundidade das experiências, você pode conhecer os mecanismos da vida existencial.
Por isso, o caminho prossegue, se estende e vai adiante…!
O buscador da verdade, aquele que quer ser senhor de si mesmo, aquele que busca a sabedoria transcendente, tem de estar predisposto a embarcar em uma jornada na qual a mente não pode ir.
Tirando todas as pressuposições que nos envolvem, somente na ausência delas e que a realidade nos é revelada de modo claro e constante.
Os objetos são percebidos através dos sentidos; por sua vez, os sentidos são percebidos através da mente; enquanto a mente só é percebida por si mesmo.
Esse “si mesmo” é que deve ser buscado, pois é a inteligência interior.
A seiva se transforma em planta.
Um pouco de ração se transforma em um animal.
O ar que se respira, o alimento que se ingere, se transformam em um ser humano.
A inteligência transformadora estará na substância ou na essência reguladora?
O intelecto não é capaz de transformar pão em homem.
Isso só se dá na dimensão de uma inteligência, que está além da sua espécie, da sua forma, do seu gênero, da sua cultura.
Do mesmo modo que ao se perceber o corpo, se conclui que não se é o corpo; ao se reconhecer a mente, aparta-se da mente.
Aquele que observa a própria mente está além da própria mente.
O observador é quem observa.
Isso que se aparta, permanece!
O princípio é anterior ao surgimento de qualquer coisa.
Na singularidade do princípio, o equilíbrio o sustenta.
O ser humano é um universo miniaturizado.
A inteligência primordial que nos dá o Cosmo, vige também em nós.
O caminho do meio encerra a disputa entre o certo e errado, bom e ruim, passado e futuro, tristeza e alegria, alto e baixo, pois tira a atenção exclusiva da mente e do intelecto, e segue em direção à paz, pois a inteligência essencial é paz.
Mesmo sob momentânea exaustão de forças mentais e emocionais, renove-se com o hálito da esperança.
Desistir, jamais!
As energias do campo mental são o potencial de força que estrutura a vida.
Na faixa vibratória na qual localize a sua mente, daí haurirá a correspondente energia.
Portanto, não se descuide do que pensa, do a que aspira, do que fala e de como age.
Aprenda a comandar a mente, e o ritmo de sua existência se alterará em profundidade.
Cuide de suas forças mentais.
Amplie suas forças mentais.
Exercite sua mente, imprima ideais otimistas, prepare o campo para o nascimento da saúde, habilite-se para o trabalho construtivo.
Defina-se pela ascensão moral e ética e pense nesse crescimento com a força da mente renovada e, conscientemente, elimine perda de tempo com as ilusões e futilidades.
Simplifique sua vida, suas expectativas.
Esvazie seus anseios exagerados e o que esteja em desconformidade com sua nova visão da vida.
Viva a vida pelo que ela é, em realidade espiritual.
Eleja o triunfo de uma vida plena, e persiga esse objetivo com devoção.
Aplique esses novos valores na elaboração de nova conduta saudável para você, sob a inspiração do Bem.
Sob a regência da lei do campo mental, êxito ou fracasso dependem de persistência ou da fé com que nos consagramos mentalmente aos objetivos que nos propomos alcançar.
Alcance a si mesmo, integre-se a si mesmo, cuide de si mesmo, seja você.
Com isso, sinta a profundidade, a extensão e a leveza do Eu Sou.
Afirme para você, com convicção: Eu Sou!
E preserve a mente em harmonia com o Cosmo.
Essa é a meta que deve ser conquistada.
Caminhe com crescimento pessoal, emocional, espiritual, possível.
Cabe a cada um de nós descobrir na Terra a razão fundamental da própria existência, estabelecer as bases da nossa felicidade, desenvolver capacidade e trabalhar o crescimento interior, razão essencial da nossa autorrealização.
A alegria de bem viver deve ser uma norma de conduta natural em nosso dia a dia.
Sigamos pelo caminho do equilíbrio, em frente e para o alto, em constante caminhada ascensional.
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