Entre a pergunta e a resposta, o estímulo e a reação, a dúvida e o esclarecimento, o problema e a solução, o obstáculo e a transposição, a provocação e a atitude, há um intervalo mental, onde está a liberdade de escolher.
É nesse intervalo, onde não há tempo nem espaço, que você é em sua verdadeira grandeza.
Esse intervalo é a morada da consciência, o ponto de encontro com o discernimento.
É nesse intervalo que as ideais são formatadas, os pensamentos são escolhidos, as palavras são selecionadas.
Exatamente aí você tece seu destino.
Ali reside o sim e o não e somente ali você pode optar livremente.
Porém, permitir-se ou não, intencionalmente, recorrer à fonte onde tudo é e tudo está – o intervalo onde você, em essência, é – também faz parte do seu dom natural de poder escolher.
Ao escolher consultar sempre esse campo reflexivo antes de suas respostas à vida, você se reserva o direito sagrado de se nutrir do seu senso crítico, da sua opinião própria, das suas crenças, de seus valores, de seus critérios existenciais.
Você assume ser quem é!
Escolhe ser o que deseja ser!
Flexibilidade, resiliência, empatia contribuem com a confiança que você tem em si mesmo.
Sabe que equilíbrio é o caminho que leva ao progresso.
Não se isola do mundo. Interage ancorado no seu caráter.
Busca a verdade que liberta.
Tais valores e virtudes também residem no sagrado intervalo das escolhas.
Com livre pensar, se abre para sentimentos elevados, renova seu estado de ser e de agir.
Reconhece que reformar não é inovar. Que a renovação requer terreno limpo para germinar, como uma boa semente precisa.
Assim, o velho personagem existencial deve ser desidentificado para que o novo possa ser erguido.
Não é suprimir, é remover.
A supressão, por um certo sentido, é uma falta de aceitação, uma tentativa de anular o que é natural.
O suprimido pode voltar a qualquer momento.
O tratamento dos sintomas não cura a doença. Os efeitos desaparecem quando as causas são removidas, não quando são suprimidas.
Se a raiz permanece, tudo permanece.
O passarinho para se libertar, quebra a casca do ovo.
Assim, para se libertar o que está dentro, deve se quebrar o que está fora.
O novo está no intervalo da escolha, pronto para suceder o velho.
O velho “eu” deve sair do caminho, para o “eu” renovado se apresentar e seguir adiante.
O ser real deve prevalecer sobre o ser ilusório.
O interesse no dom natural de escolher, atrai a atenção em si mesmo.
Atenção em si mesmo quer dizer estar presente no viver e nas infinitas possibilidades que a Vida tem.
Estar presente é reconhecer o que está aqui, exatamente agora. É direcionar a atenção para este mesmo instante.
Desse modo, cada momento é um novo frescor. É original. Pronto para novas construções.
Não basta experimentar.
Toda experiência é como um eco, que ocorre após o evento. Ela é efeito.
O seu significado nasce na qualidade do envolvimento daquele que a experimenta.
Selecione experiências! Assim você será a causa.
Não se pode evitar certas ocorrências circunstanciais na vida. No entanto, se pode escolher como enfrentá-las, como tratá-las, como aproveitá-las.
As crenças pessoais são o alimento da experiência e a experiência, por sua vez, é o alimento das crenças.
Revisar crenças, valores e critérios é arrumar o armário de suprimentos vivenciais necessários para sustentação de caminhada diária.
Os reformadores – de grandes e pequenas reformas éticas, morais, pessoais sociais, científicas etc. – simplesmente manifestaram no seu entorno o que já havia acontecido no seu íntimo.
Do intervalo das escolhas, escolheram a mudança para melhor.
Fizeram-se a mudança!
Deixaram que o mundo ao derredor os visse como resultado.
Apresentaram-se e convidaram, pelas suas atitudes, a que outros fizessem o mesmo.
Exigiram, quando era o caso, que se deixasse a mudança acontecer.
Evocaram e estimularam o dom de escolher em todos.
A forma como agora experimentamos o mundo é devida a esses que questionaram o estado vigente das coisas em cada época, se autoquestionaram, e não tiveram medo de abraçar a vida com uma mente aberta, em busca de uma vida renovada.
É devida aos curiosos, ousados, os que tiveram coragem de se levantar e falar suas verdades, adotar as sabedorias que não têm idade e estão presentes tanto no oriente como no ocidente, de apresentar alternativas modificativas diante das suas insatisfações e da necessidade de melhorias para todos.
Aos buscadores da renovação, o devido reconhecimento e a justa celebração, como forma de incentivo a que sempre olhem além das respostas fáceis e nunca parem de procurar a Verdade, porque são os pensadores livres, questionadores das coisas como são, que querem novas repostas para velhas perguntas, que reformulam o viver e revelam o bem viver.
Desde sempre, não só desejam um novo mundo. Mudam e trabalham pelas mudanças sem medir esforços e sacrifícios, alguns ao preço da própria vida.
Em comum em todos eles: saber o que querem e por que querem, determinação, continuidade persistente e coragem.
O que ainda impede as suas mudanças felicitadoras que você há muito deseja em sua vida?
O tesouro que você busca, na verdade, está contido em sua própria natureza.
O fato de se ser incapaz de ver a fragrância de uma flor não nega a existência dela.
Grande parte da riqueza da vida reside no invisível.
Tudo o que existe é consciência.
Consciência é tudo o que existe.
Consciência não está aqui nem ali.
Você é consciência!
Do mesmo modo que a laranjeira para ser laranjeira nada precisa fazer além de ser; que o céu para ser azul apenas é; você nada tem que fazer para ser o que já é.
Apenas seja… e faça por vir a ser, o que você deseja ser!
Escolha o que você quer. Decida-se pelo que você quer. Faça o que você quer de melhor para si mesmo!
Seja curioso! Seja buscador da Verdade! Descubra-se! Conheça-se!
Não pare. Vá adiante!
A maior riqueza é o contentamento.
A maior felicidade é a liberdade das opiniões e saber que está em você poder escolher.
A maior paz é saber quem você é, poder viver como você é, e vir a ser o que deseja ser!
Querer, poder fazer e fazer, só depende de você!
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Projeto INOVE – a vida sob novo prisma
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