A flor desabrocha, floresce e, pelo simples fato de existir, espalha seu perfume à volta, enche os arredores com sua vibração de cores e alegria.
Isso simplesmente acontece.
Não se faz com um propósito ou intencionalmente.
A flor está sendo apenas flor.
Autêntica e simples.
Intensa e plena.
Presente e devotada em ser ela mesma.
Enquanto ela é, manifesta tudo o que é.
À meia-noite ou ao meio-dia, ela permanece inteiramente flor.
Age sem agir.
Se mostra e dá de si o que tem de melhor.
Ela rescende e anuncia aos quatro ventos o que é.
Ao longe de onde está, se sabe da sua existência pela exuberância do que externa, e, por isso, deixa antever sua beleza íntima.
Ela é uma flor.
Não importa o nome que lhe deem. Isso não muda o que é e o que exala com o seu simples viver.
Singular, mas inconfundível.
Simples, mas inimitável.
Sempre vista, sem se expor.
Permanente em seu lugar, participa ativamente do seu entorno.
Colhida, deixa a esperança de novo porvir em suas raízes.
Pisoteada, responde com seu perfume.
Arrancada da fonte de sua vida, cede a alegria de suas cores, o encanto de seu aroma e ornamenta os ambientes com a exposição máxima de todas as suas pétalas, até o momento final.
Mesmo se colhida ainda em botão, se esforça para florir e encantar.
Presa no torrão natal ou num vaso como enfeite, vive seu brilho peculiar e, chegada a hora da ida, emurchece suavemente, e se despede sem pressa a repetir em sussurro:
– “Não lastime o meu destino.
“Servi ao mundo em nome da beleza e representei a doçura do amor de quem me presenteou a você.
“Eu me vou, mas permaneço na semente.
“Cuidem do porvir.
“Eu prometo retornar.
“Sou símbolo imorredouro da vida, de como esta deve ser”.
A nossa vida deve ser como o desabrochar de uma flor que floresce pela própria alegria da autorrealização.
Alma que se aperfeiçoa é vitória que ela ganha para si, e é contagiosa e se espalha automaticamente.
Por que se prender emocionalmente na noite escura de erros da alma, se após a meia-noite tem início o alvorecer que anuncia a renovação do dia, e todos os dias têm seu meio-dia?
Um erro reconhecido e arrependido, é uma porta por onde a verdade entra.
Não negligencie ser quem você é de verdade, por acreditar na falsa imagem de quem você pensa ser, ou, ainda, de quem os outros desejam que você seja.
Nossa existência é algo bem maior que este ser que nós mesmos supomos ser e que deixamos transparecer ao mundo em volta de nós.
Dê o melhor de você em se conhecer melhor. Isso lhe trará a aceitação de você mesmo e da vida.
Com o autoconhecimento e autoaceitação, lhe virá a força e o roteiro para a autossuperação.
Para a construção da vida nova, considere o passado apenas como a sua necessária fundação; o presente como detentor de todo o material a ser empregado nessa feliz obra.
O futuro?
O futuro é o projeto, o objetivo.
Ele não chegará até você… Espera por você… Está dentro de você.
Não se demore. Não titubeie.
Desistir, jamais!
A semente não hesitou em morrer para dar vida a futura flor.
A germinação não teve pressa e passou largo tempo na umidade, sob pressão e retida na escuridão dentro do solo.
Sob o impulso de ser flor, a planta seguiu o fluxo natural da vida, e se desenvolveu rumo a luz.
O botão surgiu e se fez o estúdio do Sublime Jardineiro para que ele tivesse tempo de concluir, no seu interior, sua obra de encanto, beleza e perfume.
Eis a dádiva da flor!
Agora, enquanto se balança ao sabor dos ventos, por mais marcantes que sejam as variações do clima, a flor não deixa de ser flor, sempre flor.
Não receie em seguir o fluxo da sua existência.
“A impossibilidade é apenas a soma de possíveis não realizados”, sublinhou Sri Aurobindo (1872/1950), filósofo e poeta nacionalista indiano.
Foi ele quem também anotou para orientar os buscadores do bem, do bom, do belo, do nobre, do eterno:
“As Verdades Supremas não são nem as conclusões rígidas do raciocínio lógico, nem as afirmações declaradas em um credo, mas, frutos da experiência interior da alma”.
“O Ser – desde-sempre autoexistente – é a única Realidade Suprema. Todas as outras coisas são apenas aparências ou verdades relativas derivadas desta Realidade Suprema e dela dependentes. Toda vida e todo pensamento são, no final, um meio de progresso em direção à autorrealização-compreensão desta Realidade Suprema”.
Você é isso!
A porta da Realidade Superior – permanente dentro do impermanente – está aberta: entre!
Estar consciente da vida e estar presente em seu viver, não é um estado de ser que está lá, distante, e que um dia se alcança.
É o fundamento existencial de onde todas as coisas se erguem, com significado e valor, e se manifestam a partir de você, conforme seja o significado e valor que você atribua.
Busque por isso e você encontrará aquilo que nunca perdeu: sua essência. Está aí, na distância que o separa do seu coração.
A aventura em busca da felicidade não é uma jornada rumo ao infinito.
É um retorno em direção a você mesmo, onde já reside o infinito, hoje constrangido pelo finito de um dia a dia, sem o sol da lucidez da consciência desperta, capaz de esmaecer a névoa da ilusão que encobre a vida verdadeira, e não lhe deixa ver seu real sentido e legítimo propósito.
Se abra para a Vida!
Desperte para a felicidade!
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