RETIRE O VÉU DAS ILUSÕES

Você olha somente um recanto de uma grande paisagem.

Esse recanto, visto separadamente, é, naquele momento, toda a paisagem vista.

Essa totalidade relativa é toda a ideia de paisagem. É a tese, o todo sabido na proposição do pensador Hegel, em seu estudo sobre a dialética.

Ao se alargar a visão e se acrescentar detalhes novos à imagem inicial, se percebe diferenças que modificam a paisagem inicial. Os detalhes a mais, é a antítese, um pensamento diferente quanto a imagem anterior (a tese) que veio modificá-la.

Assim, detalhes a mais (antítese) em uma paisagem inicial (tese, pensamento inicial), criam uma paisagem ampliada, uma nova paisagem, que passa a ser um novo resultado – a síntese.

Enquanto permanecer estática a visão nesse novo e ampliado quadro da paisagem, a síntese passa a ser tida como nova tese.

Em resumo, diante de uma tese, o que venha a alterar seus fundamentos ou consequências, é a antítese, cujo novo resultado então modificado é uma nova síntese, que passa a ser tese dali em diante. E assim, sucessivamente.

Hoje você vive naturalmente seu estilo de vida, formado por seus valores e crenças existenciais.

A crença estabelece a realidade. O que você acredita é o que é real para você.

Por analogia, podemos dizer que esse seu viver é a tese de seu viver.

Digamos que você vivencie uma nova experiência, forte emocionalmente, que leve você a mudar conceitos.

Essa nova experiência é a antítese existencial, e o seu novo conceito vivencial é a síntese decorrente.

Analogia simples para falar de mudanças comportamentais.

Uma outra abordagem, para raciocínio.

A vida é um continuado de experiências físicas, comportamentais, mentais, psicológicas, emocionais.

Hipoteticamente, amanhecemos com opinião formada sobre determinado ponto.

No entanto, circunstâncias variadas no decorrer desse dia, nos levam a mudar de ponto de vista, e desfaz parte ou toda a nossa opinião anterior a respeito disso ou daquilo.

Já aconteceu isso com você, certamente. Acontece muito com todos nós.

Mudar é tão próprio da Natureza, da qual fazemos parte, que a mudança é a constante da equação evolutiva.

Sob a ótica da mudança continuada, posicionamentos vivenciais, importantes e necessários, diante de uma análise mais profunda, são apenas pontos de vista que, apesar de sempre respeitáveis, não deixam de ser meros pontos de vista, pois tudo passa.

Galileu Galilei demonstrou o verdadeiro movimento da Terra em torno do Sol, desfazendo a enquadratura de uma falsa lei da ciência, que se manteve como absoluta por séculos no relativo conhecimento humano.

No geral, a realidade de cada um é determinada pelo contexto e não pelo conteúdo.

Há fatores que surgem na vida que levam a mudanças tão profundas, que acabam por revelar realidade bem distinta daquela em que se vivia, a ponto de se afirmar se ter vivido uma ilusão até então.

Há aquela ilusão fruto de fantasias, devaneios, ficções.

Também as decorrentes de erro de percepção ou de entendimento; engano dos sentidos ou da mente; interpretação errônea.

E há aquela ilusão que parece real, pois decorrente de uma experiência real, embora não de uma verdade fundamental. Essa ilusão passa a ser entendida como tal somente com o despertar de uma realidade maior.

Os que não veem claramente acreditam que o sol apaga as estrelas.

Percepção apurada permite ver realidade ampliada.

Com percepção simultânea – realidade e ilusão – temos a oportunidade de mudar sonhos, rever caminhos, ressignificar valores existenciais, e alcançar a realidade permanente. Podemos distinguir entre o que é e o que parece ser.

Com isso, os passos se dão com maior segurança e assertividade.

Essa é uma percepção:

– suficientemente sensível para ver por além do véu das coisas, e não se deter no mundo das sensações, e poder conhecer o mundo das emoções nobres;

– moldada por resiliência que capacita compreender que a vida é uma sucessão de momentos, em que estamos sujeitos a revisão de paradigmas e mudança de pontos de vista;

– que encontra material de apoio no discernimento para bem viver no mundo, sem ser escravizado pelo mundo, já que este tem a importância de acordo com a interpretação e significado que lhe for dado. O mundo é importante. A vida é mais.

O discernimento neutraliza a ilusão.

Ao se questionar cada suposição e cada pressuposto, o falso é descartado e a realidade daquilo que é, brilha.

O mundo é passagem, não o destino da jornada evolucionária.

Você tem a glória da livre escolha para criar seu mundo, livre de ilusões.

A liberdade se manifesta conforme a verdade que se alcança.

Mude, para não ser mudado!

Retire o véu das ilusões!

O reconhecimento da ilusão como ilusão não acaba com a ilusão, necessariamente. No entanto, finda o envolvimento com a ilusão. Isso é um bom começo.

A realidade é sempre agora.

Com o que você se identifique, você se torna.

O mundo interno cria o mundo externo.

Pela lei de semeadura que rege a vida, que estabelece que a semeadura é livre, mas a colheita obrigatória, hoje você colhe a semeadura de ontem.

Se você quer viver dias melhores, ou seja, uma nova síntese existencial, você precisa olhar para dentro de si mesmo e ver o seu agora – que é a tese atual –, e antever o que quer se tornar e, para tanto, agir sem medo, e praticar as antíteses devidas.

Desaprender para aprender!

Aprender para ser!

Como dizia Rumi, poeta persa do Séc. XIII: Por que você permanece na prisão quando a porta está completamente aberta?

Imaginar é criar!

Criar é manifestar o que é.

Ser o que é, estrutura o vir a ser.

Vá para outro nível elevado de consciência.

Exercite sua sensibilidade e se volte para outros interesses.

Aceite por companhia o bom, o bem, o belo, o nobre, o imortal.

Revele compaixão. Pratique gratidão.

Manifeste empatia. Desperte sinergia.

Treine uma nova percepção, em que o sutil se faça sensível e se manifeste no seu agir.

Desafie e investigue sua realidade imortal.

Uma vida que é vista com clareza é uma vida sem conflito.

Você terá uma nova visão da vida, com novas interpretações e novas identificações.

Você não será um outro ser. Renovado, será uma nova síntese do mesmo ser.

Uma coisa é se identificar como uma pessoa do mundo. Outra, é saber que se está no mundo, mas não se é do mundo, e que não é o mundo que faz você.

Você é que faz o seu mundo!

Questione e não mais aceite as falsas crenças, as opiniões infundadas, as superstições e os medos espalhados pelo mundo.

Segundo for sua crença, assim será você.

O que você imagina, sente e alimenta pela permanência e insistência mental, será aceito pelo subconsciente, que o transformará em realidade, mais dia, menos dia.

Deixe de viver o mundo dos outros.

Cada pessoa é uma consciência em frequente mudança para melhor.

O mundo não muda. Você muda!

Frente a frente com a realidade maior, saiba que, assumir ou não a realidade, depende somente de você.

Compreende que o bem viver se dá nesse estado real de ser?

Então seja!

Mude já para melhor!

Agora é o seu momento.

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