RENOVAÇÃO FAMILIAR

Os alicerces de uma obra de edificação é que lhe dão o devido apoio e sustentação, juntamente com a estrutura que também complementa a sua contenção e equilíbrio.

Uma deficiência no alicerce e ou na estrutura, traz instabilidade à obra.

A sociedade é a obra, cuja base é a família.

A família, por sua vez, está alicerçada nos seus membros.

Ao se afirmar que a família é a célula da sociedade, afirma-se, também, que cada um dos familiares é o seu DNA (Ácido Desoxirribonucleico) – molécula presente no núcleo das células dos seres vivos que carrega toda a informação genética de um organismo, todas as características de um ser vivo, que são únicas em cada indivíduo. Figuradamente, “a coisa pensante”.

Nós somos os seres pensantes que imprimimos nossas características intelectuais, morais e emocionais no grupo familiar.

A soma dos caracteres predominantes de cada um dos membros, forma como um “ser coletivo”, que dá o perfil geral da família.

Com essa visão de participação interativa e influenciadora de um indivíduo no contexto social familiar e da comunidade em que vive, se conclui que a mudança que se deseje para a sociedade, para o mundo, deve se dar primeiramente em si mesmo.

Na mesma linha de raciocínio, as deficiências e instabilidades que se detectem no conjunto maior – sociedade, mundo –, de modo geral, estão presentes no conjunto menor – família – e, ainda, se não em todos, naqueles de seus membros que influem com mais predominância.

Logo, a reforma do mundo, da sociedade, passa pela reforma familiar e deve começar em cada um de nós.

Enquanto não formos a mudança que desejamos para os demais, nosso “discurso” será vazio, incoerente, pautado no “faça o que eu digo, mas não o que eu faço”.

Estar vivo é participar do movimento humano.

Cabe a nós nos libertarmos de crenças limitantes, incongruentes com a nova visão do compromisso e responsabilidade proativa que devemos à família e à sociedade, e iniciarmos a busca da grande reforma para melhor no lugar certo: dentro de nós.

Comecemos por olhar a família não como reunião de seres, resultado do acaso, mas como pessoas que estão juntas por justas e poderosas razões, maiores e superiores.

Pessoas que devem conviver como irmãos.

Pessoas que vivem e sentem, têm alegrias e tristezas, acertos e desacertos, qualidades e defeitos, aspirações e fracassos, exatamente como acontece conosco.

Pessoas que precisam de luz, não de juiz.

De mão amiga que apoie e levante, quando alguém caído.

De braços operantes que auxiliem na construção da paz.

De pés dispostos a caminhar junto, rumo ao bem-estar.

De voz que conclame a esperança e esparza o consolo.

De olhos que ajudem a ver caminhos que levam a concórdia.

De presença amiga, incondicional de todas as horas.

Solidariedade, fraternidade, compreensão, tolerância, respeito, afeto, carinho, amor, devem deixar os dicionários nas prateleiras e serem incorporadas em nossas ações práticas-vivenciais de todos os instantes.

Filho dedicado aos pais, envolto em piedade filial, que é das mais significativas manifestações de amor que cada um deve se impor, amplie a área dos sentimentos e acrescente, ainda, outros deveres, quais o de gratidão, respeito e ternura impostergáveis.

Filho que percebe a chegada da velhice para os seus pais, e sabem que junto com mais idade, advém o cansaço, a enfermidade e as necessidades diversas, que devem ser supridas mediante carinho e devotamento.

Filho que, diante da fragilidade da velhice de seus pais, reconhece ser esta, a fase mais significativa, para que os filhos demonstrem o seu reconhecimento e amor pelos pais.

Filho que acomoda seus pais no melhor lugar à mesa, cede-lhes o melhor cômodo da casa, acolhe-os em sua casa para que ali vivam e participem do melhor que possa lhes disponibilizar, e que se sintam parte daquele lar, que o é de todos, como deve ser.

Filho, em que a sua moradia se transforma em lar para os pais, não casa para idosos.

Pai e mãe que se aprimoram pela paciência, pela resignação, pelo silêncio e pela bondade, a fim de doarem-se aos seus filhos, e vitalizá-los com participação emocional equilibrada e enriquecê-los com os melhores ensinos sobre a vida e o viver, mas deixá-los caminhar com as próprias pernas.

Apresentam o mundo aos filhos, mas deixam que cada um realize suas conquistas.

Falam dos obstáculos, dão-lhes forças espirituais e físicas, mas sabem que cada um terá de se esforçar para os superar.

Se fazem presentes, caminham ao lado, servem de apoio, guardam o ombro amigo sempre disponível, mas os estimulam a prosseguirem rumo ao infinito das suas melhores realizações.

Pais amorosos, contribuem decisivamente para que os filhos aprendam olhar horizontes felicitadores, sem deixarem de olhar em verticalidade para o céu infinito, e sejam capazes de reconhecer que a vida é mais do que simplesmente estar vivo, e que, diante de um universo cósmico preciso como um relógio perfeito, reconheçam a existência de um Magno Relojoeiro que o tenha criado.

Como disse Jacques de Couscy: “Aquele coração que imprimir tal modelo existencial, a começar por sua família e alcançar seus ancestrais, pode estar certo de ser fonte geradora de célula altamente saudável, que transcenderá sua saúde ética, moral, espiritual, para o meio em que vive.”

Corações que vibrem no mesmo diapasão do altruísmo, da caridade, da solidariedade, da tolerância, da fraternidade, do amor, enfim, é que um dia porão fim aos chamados ‘lares para idosos’ e aos abrigos para crianças órfãs, num futuro não tão distante, mesmo que não tão próximo, cuja distância poderá ser drasticamente encurtada pelos corações de boa vontade.

Que ninguém esqueça que foram os nossos ancestrais que teceram os caminhos que hoje são nossa realidade.

Dediquemos gratidão aos nossos pais, avós e demais ancestrais.

Diante do Amor, a essência da Vida, ao invés de se perguntar ‘por quê’, assertivamente nos perguntemos: ‘por que não’?

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