RENASÇA DE VOCÊ MESMO

Olhamos uma semente e nem sempre consideramos no que ela irá se transformar e o que irá produzir.

Nos deparamos com uma pequena fonte de água, não antevendo que ela é “mãe” de um grande e caudaloso rio, mais abaixo.

Retiramos uma pedra de carvão mineral do chão, sem imaginar que ela poderia vir a ser, na sucessão dos tempos, um pequeno diamante.

Coletamos uma ostra no oceano, sem cogitar que ela poderia, logo mais, estar conduzindo uma preciosa pérola em seu interior.

Potencialidades latentes que, sob a injunção harmônica das forças da natureza, se apresentarão, dentro de um certo tempo, em verdadeira grandeza e utilidade.

No ser humano, constatamos profunda semelhança com os elementos da natureza.

Nos encantamos com uma criança, sem considerar que aquele que estamos mimando num dado momento, logo mais será um grande cientista, ajudando a Humanidade.

No entanto, nele, ser humano, a natureza atua, mas conta, em seu favor ou não, com o livre-arbítrio, faculdade própria da razão.

Pensar, decidir, falar, ver, ouvir, caminhar, sentir, amar, ser saudável, e outras, são potencialidades latentes em todos nós. Mas somente isso não faz de todos nós habilidosos cirurgiões ou musicistas virtuosos.

O êxito de qualquer empreendimento, depende do seu realizador.

Querer fortemente, poder fazer e realizar efetivamente, são variáveis de uma equação existencial, cujo resultado – vitória – sempre dependerá dos expoentes: perseverança, tempo, trabalho e esforço de cada um.

*

Não precisa maior atenção para se ver que o contexto social, familiar e pessoal, em geral, conduz fortes doses de desarmonia e empenho de muitos para que caminhe para pior.

No campo social, há um quadro bem conturbado. Guerras, terrorismo, crises econômicas, crises morais.

A família, salvo exceções, diante das exigências de um modelo consumista-imediatista adotado como sendo padrão de comportamento, preponderando aí a doutrina da posse e do ter as coisas como diretriz existencial, vai se desestruturando, e os laços de afeto e solidariedade vão se afrouxando, fazendo com que várias pessoas morem juntas, mas não convivam, e nem se amem, por exemplo.

As pessoas, por serem os agentes estruturais das famílias e, por conseguinte, da sociedade, são, na verdade, os portadores desse modelo vivencial que ora vemos refletido nas desarmonias que já conseguimos identificar.

Há como que uma tendência generalizada a relativizar ao máximo os relacionamentos humanos, evitando-se proximidades afetivas, os despertar de amizades. Por óbvio, a consequência imediata desse egocentrismo, é o esvair da solidariedade, da fraternidade, da tolerância. Não há dois que habitem tais mundos íntimos. Somente tem lugar para um.

Acrescente-se nisso tudo a insistência de uma propaganda já não mais subliminar, voltada para contestar tudo aquilo que é tido com bem moral de raiz: família, cultura edificante, respeito, liberdade com responsabilidade, religião, recato, ética, estrutura social baseada nos deveres e direitos, a arte como expressão do belo, e outros tantos valores da civilização, com conquistas alcançadas em duro e secular empenho.

Como se dá essa contestação? Banalizando silenciosamente tais valores. Veja-se o que contém a comunicação de massa: telenovelas, filmes, músicas, jornais e revistas de grande circulação. Isso forma opinião e dita comportamentos.

Se aprofundarmos a visão, veremos comprometimentos de currículos escolares, professores cujas ideologias não contemplam a educação como missão, pais ausentes também do compromisso da paternidade legítima. Isso forma caráter.

Há muitos governos voltados para tudo, menos para os interesses e necessidades da população. Isso causa indignação.

Essas e outras ferramentas, que deveriam dar boa formação ao homem e ao cidadão, uma vez se fazendo arma destrutiva de valores, se voltam, por deliberação de alguns e aceitação de muitos, contra o próprio homem, logo mais no futuro, que já chegou para muitos.

Sabemos o que significa: evitar assumir necessários compromissos graves, vazio existencial, rotina, despreocupada e monótona, tédio, medo, solidão, fugas psicológicas, neuroses, ansiedade desmesurada, conflitos íntimos, melancolia, depressão.

Se me vejo adepto do “mundo moderno” e de seus valores, no entanto, também me vejo imerso em um ou mais dos problemas citados no parágrafo anterior, os quais se escondem como hospedeiros na minha intimidade, não perceptíveis aos olhos comuns, mas suficientemente evidente em minha insatisfação costumeira no dia a dia, na noite a noite, então me permito dizer para mim mesmo, e já não era sem tempo:

– Eia. Basta! Algo ou alguma coisa não caminha bem. Por mais que eu disfarce com as aparências de uma casa bem decorada, de roupa bem cortada, de cabelos bem cuidados, de um ensaiado sorriso no rosto, de uma palidez facial disfarçada por banho de sol, do bom veículo particular que utilizo, da fala mansa e gestos bem pensados, das companhias bonitas e frequência em lugares seletos, bons diplomas e conta bancária equilibrada, quando me olho no espelho e me encorajo em ver para além dos olhos, para dentro de mim mesmo, o que vejo à luz realidade nova é insatisfação, emoções combalidas, desinteresses, exaustão mental.

Sim, há várias atitudes que, com a aparência de liberdade e conquista, acabam, mais dia, menos dia, descobertas como cruéis algemas que aprisionam as criaturas num temporário momento mental e emocional, não permitindo que se veja para além do umbigo, nem que se reconheça vivendo ilusão. Fica então estacionado numa vida repleta de compromissos e quefazeres, de distrações e curtições, mas impedindo o encontro da completude, em um estado emocional rico de paz.

*

Desnude-se interiormente. Hora de se encarar com quem você é de fato. Jogue fora essa roupagem mental, psicológica, que você vestiu para aparentar quem os outros gostariam que você fosse.

Sem medo.

Medo é fator dissolvente da individualidade humana, responsável por graves desastres que bem poderiam ser evitados. O medo não entendido e trabalhado, mata as realizações dignificantes.

Use de severidade nesse exame de consciência. Toma o seu lugar com você mesmo, assumindo quem você é, comandando seus pensamentos e emoções.

Responda para você mesmo, com transparência: o que você possui de real que a morte não lhe arrebataria, e o que seguiria com você para além dela?

Imortalidade? Mas é algo que nem cogito, você pode pensar neste momento.

Pois bem, mesmo insistindo que deveria melhor meditar sobre esse aspecto essencial do ser, não pense por agora em termos de imortalidade, mas, com a mesma pergunta, pense em termos de futuro. E nesse futuro veja-se, numa primeira hipótese, saudável, exitoso, e em outra hipótese, enfermo, com limites pessoais e corporais diversos.

Agora responda à pergunta.

Sim, concordo com você. O melhor é se decidir pelo melhor e duradouro, não só pelo melhor.

Concordo também que o momento é este.

Penso como você: é urgente.

*

A sabedoria nos ensina que somos herdeiros de nós mesmos. Seremos amanhã, ou noutro dia futuro, o que estabelecermos hoje. Somos hoje o que estabelecemos ontem ou noutro dia anterior.

O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente, preconiza Mahatma Gandhi.

A sabedoria milenar de Confúcio ensina: Se queres conhecer o passado, examina o presente que é o resultado; se queres conhecer o futuro, examina o presente que é a causa.

Por dedução, o bom-senso pontualiza em nossa inteligência que não podemos aguardar que os tempos se modifiquem e nós nos modifiquemos junto, por uma revolução que chegue e nos leve em sua marcha. Nós mesmos somos o futuro. Nós somos a revolução.

Hoje é o dia. Agora é o momento.

Trabalhemos com afinco a revisão de nossa escala de valores, que ditam nosso comportamento, ocupam nossa existência.

Renovemos regras de bem proceder, despertemos nossos sentidos e agucemos nossas percepções para identificar o bem que comporá nosso melhor, e o mal que nos afastará de nós mesmos, do próximo e dos reais valores da vida, do verdadeiro sentido existencial.

Reformulemos conceitos de vida sobre solidariedade, sobre fraternidade, sobre amizade.

Diante de nossos conflitos emocionais, com assertividade, deixemos de nos debater na superfície dos sentimentos pessimistas e dos conflitos pessoais, e remontemos às causas do que nos aflige.

Busquemos informações e conhecimentos que nos enriqueçam a mente e nos dê segurança e tranquilidade para bem reconhecermos, ou redescobrirmos, nossas potencialidades latentes, abandonadas.

Somos quais a semente, a fonte de água, a pedra de carvão mineral, a ostra no oceano. Porém, temos a razão e o livre-arbítrio, com capacidade de reconhecer necessidades e com liberdade de pensar, decidir e fazer.

O sério exame de consciência que aqui o convidamos a fazer, lhe trará segurança, amparo intelecto-moral, amadurecimento consciencial, firmeza comportamental não só para deixar de fazer o que entenda devido, mas para lhe dar forças a fim de que prossiga conforme seja o seu desejo, rumo ao que você definiu como o melhor para hoje, amanhã e sempre.

Essa luta é de dentro para fora.

Fortaleça-se, enriquecendo sua mente com conhecimentos construtivos e abrangentes sobre a vida e viver, despertando para uma nova visão da existência, inovando conceitos, reavaliando crenças, restabelecendo valores vivenciais.

Autodescobrimento é a palavra do seu momento. Encontre e libere as suas melhores potencialidades.

Com o Projeto INOVE, nossos escritos objetivam contribuir com o primeiro passo que você deve dar em benefício de seu êxito, reconhecendo que os próximos passos pertencem a você, a fim de que siga em direção ao seu triunfo, que somente assim poderá ser legitimamente considerado, se vier repleto de paz e saúde espiritual, dando-lhe sensação de plenitude e de pertencimento ao Todo Cósmico.

O Mestre Maior leciona que somente quem perseverar até o fim, será digno de contar com o bom resultado acalentado.

Nós somos a revolução.

Faça a sua grande revolução, rompendo com o comodismo, a autoflagelação, a autopiedade, o nadismo e a mesmice.

Todos nascemos para o triunfo pessoal, especialmente sobre nós mesmos, sobre um passado rico de coisas-nenhuma, onde não faltou o ter, porém sem tempo e espaço para ser... ser pai, ser mãe, ser irmão, ser amigo, ser presença, ser diferença, ser humano com humanidade, ser vivo com vida saudável, ser mais “nós” e menos “eu”.

Inove. Renasça de dentro de você mesmo.

Abra os olhos do coração e verá a vida sob um novo prisma.

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Projeto INOVE – produzindo conhecimentos para uma vida saudável

www. projeto-inove.com.br

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