Resultado é algo que se deseja, mas não virá ao nosso encontro, ele precisa ser alcançado mediante esforço continuado.
É um estado desejado, diferente do seu estado atual.
Ao determinarmos um resultado, demarcamos a diferença entre o que temos e o que desejamos.
Quanto mais clareza, quanto mais se pensar cuidadosamente a respeito do que é desejado, maior segurança no preparo, no planejamento da caminhada a ser empreendida.
Para se ir de onde estamos, mas preferimos não estar, para onde ainda não estamos, mas desejamos estar, há que se considerar o de que precisamos fazer e o que temos em mãos, como recursos pessoais, e o que porventura estaria nos faltando.
O que realmente queremos nos diz a direção e ser tomada, dando-nos direcionamento e propósito geral na vida. E o por que quero tanto, revela os valores que adotamos, pelos quais nos guiamos.
A partir de então, poderemos ter uma estratégia para a jornada, na qual examinaremos, diante do que quero e por que quero, o que preciso, quanto preciso, quando preciso, para que preciso, onde preciso.
Algo como: eu preciso, eu quero, eu posso, então vou fazer. Vou providenciar, vou trabalhar.
Para se chegar à um bom fim, é preciso um bom começo.
E o começo está em se idealizar um resultado alcançável.
Olhemos para nós mesmos, quanto a nossa saúde, ou falta dela.
Na hipótese de uma enfermidade de que nos vejamos acometidos: o estado atual, com seus sintomas, com seus mal-estares, com o desconforto, é evidentemente não desejado.
Queremos o estado de bem-estar.
Comecemos por definir para nós mesmos o que pretendemos por bem-estar.
Seria somente eliminar os sintomas desconfortáveis ou, mesmo sentindo-os ainda por um tempo, laborarmos pela supressão das causas da enfermidade? Não só, então, debelando-as, mas devolvendo-nos a nós mesmos um estado emocional equilibrado, o vigor corporal, a disposição para os compromissos diários, satisfação de estar vivo, forças física, emocional, psíquica, mental e espiritual?
O de que falamos como resultado, como estado desejado, é o que imaginamos sentir, o que queremos encontrar e fruir ao final da empreitada. No nosso exemplo: estado emocional equilibrado, o vigor corporal, a disposição para os dias, satisfação de estar vivo, forças física, emocional, psíquica, mental e espiritual.
Idealizar certo estado desejado, é vê-lo no campo mental, sentindo-o antecipadamente, com todas as nuances e detalhes, em profundidade, com nossos sentidos ativados: ver-se (isso mesmo), enxergar-se vivenciando o estado desejado com todos os sintomas agradáveis; ouvir-se da satisfação naquele momento-vida almejado; sentir-se efusivo, fervoroso, disposto, animado; curtir o paladar renovado e apurado, sem o amargor dos sintomas da nossa aqui imaginária enfermidade; e registrar não só o frescor do ar, mas o aroma do ambiente, o perfume que lhe é próprio, que será aquele que mais gostemos.
Será que o poder mental, os pensamentos alimentados com determinação, são capazes de alterar substancialmente o quadro, ajudando-me na reconquista da saúde?
Sim, e muito.
Já ouvimos a referência: mente sã, corpo são.
Não só isso.
Você já viu uma cena tão cruel, e, por causa dela, ter tido náuseas?
Você já levou tal susto, que suas pernas passaram a tremer, ou se viu banhado em suor?
Você já se viu tão transtornado, emocionalmente, em dado momento, e, estando então dirigindo um carro, de repente você não sabe onde está, nem para onde estava indo? Ou, perder o rumo do que estava falando, fazendo ou procurando?
Quantas vezes nos vemos envoltos em discussões e estados raivosos, irados, e, passado algum tempo depois, nos advém uma enxaqueca, ou diarreia, ou disfunção hepática, ou vômito, ou um pouco de mais de um efeito?
O fato de não sabermos sobre alguma coisa, não quer dizer que essa alguma coisa não exista ou que não se dê conosco.
Anotou Arthur Schopenhauer: Todo homem confunde os limites do próprio campo de visão com os limites do mundo.
Pensamento é ensaio e força motriz das ações dos homens.
Tudo nasce do pensamento. Aquilo que um homem consegue e tudo quanto deixa de conseguir é resultado direto de seus próprios pensamentos.
Os pensamentos fizeram você como você é, e os seus pensamentos farão de você aquilo que você será daqui por diante, comenta Catherine Ponder, aplaudida autora literária americana.
Nessa jornada rumo ao estado desejado de bem-estar, há que se lançar mão da acuidade sensorial, a fim de se auto-observar, de modo a constatar o uso dos recursos aplicados na jornada empreendida e os progressos decorrentes. Ou seja, o que estou fazendo, está dando certo? Estarei melhorando? O que estou sentindo de diferente?
E, de acordo com o que a observação indique, será fundamental a flexibilidade de comportamento, redirecionando-o como devido, sempre com vistas para o que se quer alcançar.
Sem teimosia, lançar mão de diferentes meios compatíveis com o desejado, realinhando-se ao rumo certo, a fim de conseguir êxito, no nosso exemplo: conquistar o bem-estar.
Quanto ao planejamento dos feitos devidos e dos recursos necessários, sabendo-se de maior número de escolhas possíveis, com respeito ao resultado desejado, e usando os nossos sentidos como um feedback para saber o que nos aproxima dele e o que dele nos afasta, mais facilmente orientaremos atitudes e comportamento que mais contribuam às realizações almejadas. Se o que estiver sendo feito, não funcionar a contento, façamos outra coisa.
Ao longo dessa trajetória em busca do bem-estar, passaremos por diferentes estados até alcançar aquele que seja o nosso idealizado, o nosso estado alcançável.
Conceituemos estado como a maneira de ser em qualquer momento, a soma de nossos pensamentos, sentimentos, emoções, energia física e mental. O estado inclui a mente e o corpo, a nossa maneira de ser, mental e fisiológica, em dado momento-vida.
Por natureza, os homens são quase iguais. Pela prática, eles conseguem ser muito diferentes, orienta Confúcio.
Como saber se eu estaria em conformidade com o planejado, num dado momento de execução desse projeto de vida, no nosso caso um estado de saúde desejado?
É preferível ilustrar a resposta.
Você já deve ter ouvido a história dos dois operários de construção civil. A ambos foi perguntado que estavam fazendo naquele momento. O primeiro disse: “Estou assentando tijolos”. O segundo disse: “Estou construindo um prédio maravilhoso”.
Qual deles estava visualizando e vivenciando o estado desejado da edificação em tela, correspondendo, no momento da indagação, ao projeto idealizado?
Sim, o segundo operário.
Quanto a nós, hoje, talvez, o que esteja nos faltando é um sentido superior para a vida, um estímulo para edificação do nosso bem-estar.
Deixemos de apenas depositar tijolos numa parede qualquer de uma peça qualquer na edificação de nós próprios e do nosso mundo de relacionamentos e realizações, sem uma visão ampliada de conjunto e sem saber o que se quer efetivamente da vida, em seu sentido verdadeiro, devido e transcendente, já que viver não é só estar aqui.
Se não sabemos para onde queremos ir, qualquer direção escolhida é caminho, ou qualquer caminho escolhido nunca serve.
Assumamos o compromisso, perante nós mesmos, não só de projetar, mas de construir um prédio maravilhoso chamado Vida, onde venhamos a habitar logo mais, fruindo do bem-estar que desenhemos para ele, prevendo que haja quarto-paz, sala-saúde, varanda-harmonia, teto-segurança, janela-alegria, porta-esperança, jardim-entes queridos…
Conforme nossos propósitos, nossas conquistas.
Segundo o sentido que dermos à vida e ao viver, nossos resultados.
Idealizemos o melhor, dediquemos nossos melhores esforços, alcancemos o possível, sintamo-nos realizados.
Mente e coração. Enriqueçamo-los com conhecimento iluminativo e sentimento nobre, e, agindo conforme nossos melhores valores, o resultado será sempre revestido de bem-estar do corpo e do espírito, dando-nos o sentimento a que todos chamamos de felicidade!
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