QUANDO PENSAMOS NO QUE PENSAMOS

Os pensamentos que escolhemos pensar são as ferramentas que usamos para pintar o quadro de nossas vidas. – Louise Hay

Quando dedicamos maior atenção ao funcionamento do eletroencefalograma, como leigos no assunto, nos damos conta que esse importantíssimo aparelho destinado a exames clínicos, tem por base registrar os impulsos elétricos das ondas cerebrais. Ou seja, registrar a maior ou menor intensidade da atividade cerebral, ou seja, do pensamento e o que as emoções decorrentes provocam. Dentro de contextos clínicos, a EEG refere-se à gravação da atividade elétrica espontânea do cérebro durante um período de tempo.

Na apuração do exame, são utilizados também certos tipos de estímulos (visual, somatossensorial, ou auditivo), de modo a se poder comparar os diferentes resultados e deles concluir diagnóstico.

O ponto que nos liga ao exemplo, é a demonstração de que o pensamento (ondas mentais) têm tal substrato consistente, que pode ser detectado instrumentalmente.

Atualmente, a área tecnológica, entre outras aplicações pesquisadas, desenvolve a operacionalidade de computadores apenas com o pensamento do usuário.

O professor Paulo Victor de Oliveira Miguel, do Colégio Técnico da Unicamp (Cotuca), no Brasil, desenvolveu um protocolo de comunicação, denominado “Ecolig”, que vai permitir que praticamente qualquer aparelho eletroeletrônico seja controlado com o pensamento.

Neurocientistas da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, demonstraram que as ondas cerebrais podem ser usadas para digitar caracteres alfanuméricos na tela de um computador. Nos testes, basta que o paciente concentre-se em uma letra ou número mostrados em uma matriz para que a letra apareça no monitor.

Os pesquisadores afirmam que a descoberta representa um progresso concreto na viabilização de uma interface cérebro-computador que poderá, no futuro, ajudar as pessoas portadoras de diferentes distúrbios, a controlarem dispositivos eletrônicos e robotizados, como braços e pernas protéticos.

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos Estados Unidos, afirmam ter feito um avanço significativo na fabricação de próteses controladas pela mente. Um membro mecânico descrito recentemente em artigo da revista Science, é capaz de antecipar os movimentos desejados pelo paciente, graças a um canal de comunicação direto entre o dispositivo e a área de planejamento do cérebro.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos tem uma divisão de pesquisa avançada que é pouco conhecida do grande público, mas que é responsável por algumas das mais importantes inovações da nossa sociedade. É a DARPA, sigla de Defense Advanced Research Project Agency (em português: Agência de Projeto e Pesquisa Avançada de Defesa) que, quando ainda não tinha a letra “d” em seu nome, inventou a Arpanet, precursora da internet. Agora, a DARPA está investindo em uma nova “tecnologia” – a telepatia.

Quantas vezes você pensou em alguém e, no momento seguinte, atendeu um telefonema dessa pessoa? Ou recebeu a visita de um familiar querido e distante, depois de desejar notícias dele?

É essa “conversa silenciosa” que é denominada telepatia.

Máquinas inventadas pelo homem registram os impulsos elétricos das ondas mentais, e os homens interpretam resultados, segundo protocolos adotados.

Já se trabalha avanço tecnológico para não só se registrar tais ondas mentais, mas as decodificarem, de modo a que os softwares possam entender e comandar aparelhos eletrônicos, segundo a vontade de cada pessoa.

No entanto, quanto a telepatia, por que o cérebro, essa máquina inimitável, não possa registrar e ler (decodificar) o pensamento emitido por outro cérebro? Se é capaz de emitir, por que não de recepcionar?

Isso sempre ocorreu, nós é que, por falta de atenção e de dedicação no seu melhor uso, deixamos de reconhecer sua realidade inconteste.

Nosso mundo íntimo nos oferece outras demonstrações, mais sutis, porém suficientemente perceptíveis por nós.

Certos pensamentos nos dão sensação de prazer, outros nos constrangem a ponto de alterarem nosso bom-humor do momento, para mau-humor de imediato.

Certos estímulos externos, como uma música, um perfume, uma paisagem, uma pessoa, nos abrem de imediato janelas no mundo mental, e daí advém uma enxurrada de pensamentos em forma de lembranças e suas emoções correlatas. Boas ou não, vêm.

Quem já não se sentiu “prá baixo”, exaurido de forças, sem vontade para nada, a não ser o desejo quase esquálido, que o mundo se transforme … (não num barranco, como desejam os preguiçosos), mas numa ilha formosa, ou num jardim espetacular, ou numa casa de espetáculos onde se possa assistir um belo musical, ou nosso lar, enfim, naquilo que sonhamos como sendo o tipo de recanto que sabemos ser para nós  refazente, revitalizador, tranquilizante, para onde gostaríamos de chegar logo, entrar e ficar, numa verdadeira imersão, isolando-se do mundo?

Quem já não associou um certo incômodo que se tenha com uma solução, como as que seguem?

Cansaço físico e um banho com água suavemente aquecida.

O frio e poder tomar uma caneca de chocolate quente, ou de uma xícara de café com leite.

Uma preocupação e o encontro com um amigo dileto, um coração amado.

Um problema e o advento de uma solução.

O padecimento mais prolongado de uma enfermidade e o fim do tratamento, com êxito.

Um relacionamento afetivo prejudicado que se restabelece de modo encantador.

Uma amizade enferma que supera os mal-entendidos e se refaz.

Uma união conjugal momentaneamente conturbada que se restabelece e alcança um reencontro agora esclarecido, maduro, afável, estável.

Um filho que retorna de descaminhos tortuosos e torturantes.

Um emprego que chega depois de um bom tempo desempregado.

São momentos, mais ou menos longos, de baixos e altos, emocionalmente falando.

Indiscutível a sensação bem sentida tanto emocional, como psicológica, como física, dos resultados decorrentes da mudança dos pensamentos (quando em baixa), para os novos pensamentos (quando em alta). A mudança do pensamento, nesses casos, significa mudança de padrão mental, onde saímos de constrangimentos e tristezas, para ânimo, coragem e alegria contagiante.

Saímos de uma zona onde havia exaustão de forças, para uma zona de refazimento, de revitalização, de ânimo redobrado.

Isso pela simples mudança de nosso padrão mental.

Os exemplos aqui dados focaram estímulos externos. Há também os estímulos internos, que podemos buscar intencionalmente, a qualquer instante: as boas lembranças, por exemplo, ou, ainda, como bem orienta a neurolinguística, a imaginação de situações positivas desejadas com insistência e madura reflexão, antecipando as boas sensações; além de outros muitos. Imaginar é criar. O que pensamos demoradamente e com vontade, mais dia, menos dia, se materializará no mundo das formas.

Assimilemos a verdade apresentada por Buda: Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. Com nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo.

O que fica caracterizado até aqui é que a força mental é uma realidade ao nosso dispor.

A mente é manancial vivo de energias criadoras.

O pensamento é substância, coisa mensurável.

A imaginação não é um país de névoa, de criações vagas e incertas. É fonte de vitalidade, energia, movimento…

Quem mais pensa, dando corpo ao que idealiza, mais apto se faz à recepção das correntes mentais, invisíveis, nas obras do bem ou do mal.

Nossos pensamentos, quando alimentados pela nossa insistência, nos colocam no “inferno” ou no “céu”. A escolha é nossa, no geral.

Lecionou o Mestre dos mestres: a cada um segundo as suas obras.

Claro que é reconhecida a situação em que fatores outros trabalham contra nós e nossas emoções. Mas precisamos convir que dar a volta por cima ou estacionar no padecimento, depende somente de nossa vontade, de nosso esforço, de nosso empenho, ou seja, do direcionamento que nossos pensamentos nos derem (por nossa vontade), com força suficiente para romper a inércia e nos colocar em movimento de ascensão.

Independentemente se os estímulos venham de fatores internos ou externos, o que é lei natural é que eles nos influenciam por encontrar em nós ressonância, afinidade, sintonia. É como uma permissão não falada, ou até não sabida conscientemente, que foi dada por nós mesmos.

O “x” da questão não é ficar remoendo sobre a permissão dada, quando e como, mas, sim, que atitude tomar diante da circunstância atual, do nosso atual estado mental. Acomodar-se e permanecer, ou revolucionar posicionamentos, assumir o controle da mente, usar de sua força latente, e sair dessa?

Assim como a vírgula pode mudar uma frase, uma simples atitude pode mudar uma história, compartilha conosco seu ensino, um pensador.

E o pensamento ou o estímulo que desperte esse ou aquele pensamento, quando encontra ressonância, aceitação, pela sintonia encontrada em nossa intimidade mais secreta, faz com que o estado emocional, o padrão mental, seja aumentado, intensificado. Tanto para o positivo quanto para o negativo.

No mesmo diapasão, um pensamento que se contraponha ao nosso pensamento, pode alterar nosso padrão mental e nosso estado emocional, como já vimos, tanto para melhor – o sempre desejado -, como para pior – o que desejamos não só evitar, mas superar de vez por todas.

O pensamento predominante ou a atitude mental é o ímã, e a lei é a de que o semelhante atrai o semelhante; consequentemente, a atitude mental sempre atrairá as condições que correspondam à sua natureza, segundo a chamada nova psicologia.

O pensamento é o ensaio da ação, ensinou Sigmund Freud.

Guardemos por aprendizado de momento que quando pensamos, emitimos vibrações que produzem ondas a espraiar-se pelos espaços. E da média aritmética do nosso tipo de onda mental, pode-se estabelecer o clima psíquico de cada um.

Não precisamos nos colocar em luta contra certos pensamentos, aprendamos a conquistar os bons pensamentos, com paciência e persistência.

Inclinemos nossa mente para o mais saudável.

Anotou Deepak Chopra: Você é como o intenso desejo que lhe impulsiona: assim como é seu desejo, assim será sua vontade. Assim como é sua vontade, assim serão seus atos. Assim como são seus atos, assim será seu destino. Assim como é seu destino, assim será você.

 Projeto INOVE – enriquecendo mentes. Apresentando a vida sob um novo prisma.

www.projeto-inove.com.br

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