POR QUE NÃO?

Matizes da cor verde nas árvores, em manhã ensolarada e céu sem nuvens, é imagem simples e apropriada para a diversidade humana, como não temos dois indivíduos iguais.

A cor é verde, mas as tonalidades variam de folha a folha.

A espécie é humana, mas cada ser humano é único.

Ao se olhar o conjunto da humanidade, podemos dizer que estamos no mesmo mar, mas não no mesmo barco.

Experiências iguais, aproveitamentos diferentes.

Do acúmulo de experiências e de sentidos – aqui como rumos, razões e significados até então adotados – do passado, alimentamos o presente, com vistas ao futuro.

E cada um então traça seus objetivos, suas metas, e segue a jornada.

O alcance das metas consolidará que propósito existencial, uma vez que somos únicos?

Propósito difere de proposta.

O seu propósito é ser professor e iluminar mentes, mas recebe uma proposta bem vantajosa para ser comerciante.

Se seduzido pela proposta, estará a renunciar ao seu propósito.

Se pautar seus desejos no sucesso do outro, sem questionar o seu propósito existencial, copiará o propósito do outro. Pode até ser bem-sucedido, mas permanecerá insatisfeito.

Além do mais, o que dá certo para alguém, talvez não dê certo para você.

Viver com base em cópias e colas é se manter longe do original e autêntico que se deve ser.

Por que escolher pescar onde sabe que ali outros já pegaram muitos peixes, quando existe todo o rio à sua disposição?

O caminho aberto e trilhado por outros, já tem destino certo.

O propósito engloba os desejos, frutos das experiências anteriores, mas ouve a intenção do presente e considera atentamente o sentido com olho no futuro, para o que está por vir.

Quando se visualiza o porvir que transcende o alcance do olhar comum, por usar a vista do coração, e ali vê a morada do bem-estar e harmonia, sente o despertar de força capaz de mover os passos na direção certa, sem ouvidos para propostas que lhe desvie do real e plenificador propósito.

O propósito não está fora de nós, mas dentro de nós.

Este precisa ser lúcido o suficiente para levar a uma decisão, externar uma determinação, e fazer agir por resolução.

E deve estar em sintonia com o coração, de modo a poder distinguir aquilo que se pretende alcançar, como finalidade e razão existencial, de tudo o que o mundo proponha e cause desvios, talvez definitivos, frustradores por certo.

Um propósito firme é qual as velas de um barco devidamente ajustadas que levam o navegador a seguir adiante em sua embarcação, mesmo por mar revolto, até chegar ao porto seguro do seu destino.

As tribulações na vida, se bem acolhidas, produzem a paciência, irmã da resiliência, estado íntimo ideal para se encarar as circunstâncias adversas.

A paciência dá condições psicológicas para se colher a experiência do momento, o que nos capacitará para caminhada futura com maior segurança.

E a experiência alimenta a esperança.

A esperança renova o ânimo.

O ânimo alimenta a coragem.

A coragem impulsiona a vontade.

A vontade desperta a ação.

A ação obedece ao pensamento.

O pensamento dá a diretriz tecida pela razão.

A razão premia o propósito.

O propósito é a morada da plenitude.

A plenitude é a voz do coração que foi ouvida, onde nasceu, inicialmente, a intenção… e tudo teve início…

É de livre escolha se fazer das tribulações martírio pessoal e por elas desistir a meio caminho, ou fazer delas escola de renovação de valores morais, transformadores de nossa história.

A dor chega sem aviso; sofrê-la ou mantê-la é uma questão de escolha.

Harmonia e bem-estar. Estado íntimo acalentado por muitos, buscado por poucos.

A experiência da superação dos reveses encontrados em certo caminho escolhido, nos propicia discernimento capaz de impedir que nos percamos novamente nos novos dias que chegarão.

Há um Provérbio Chinês que diz: Não basta dirigir-se ao rio com a intenção de pescar peixes; é preciso levar também a rede.

Não basta saber para onde se quer ir; é preciso se preparar para jornada.

Não basta querer. É preciso saber o que quer e por que quer.

Não saber para onde ir, é como barco à vela lançado ao mar sem destino certo: nenhum vento lhe será favorável.

Propósito não é um fim em si próprio, mas um alcance de você mesmo, seu autoencontro e autorrealização, que serve a você, a alguém, à vida, que então ganha valor e razão de ser, e automotivação para continuar adiante e ir mais além.

Propósito é seu vir a ser e não vir a ter somente, idealizado como estado de espírito em harmonia e pleno, a ser edificado a cada dia, com a determinação de um bando de aves em viagem migratória, e a persistência do cardume de salmões em viagem de retorno ao local do seu nascimento, para a procriação e a desova.

Por que de um propósito?

Porque configura o seu porquê vivencial.

Quem tem um porquê, não mede esforço, empenho, sacrifício, o que for preciso para chegar lá!

Um porquê deixa de ser uma vida comum de desejos e promessas, para ser um superior compromisso existencial, que não se põe a perguntar apenas “por quê?”, mas a se posicionar “por que não?“

Quando se tem o horizonte à frente, a caminhada se faz com assertividade.

Em dias de dor, o porvir ideado é o estímulo ao ânimo.

Em dias ensolarados pela alegria, é a voz da prudência e o convite a persistência.

Nos passos de cada dia é o farol que indica os perigos e sinaliza os caminhos seguros.

Questões levantadas pelo sábio ancião judeu, Hilel, há mais de dois mil anos: Se não eu por mim, quem por mim? Se eu for só por mim, quem sou eu? Se não for agora, quando?

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