PARA ALÉM DAS IDEIAS DE CERTO E ERRADO…

Na esfera do mundo relacional, precisamos exercitar percepção acima de todos os pontos de vista, onde se encontrará a melhor alternativa.

“Para além das ideias de certo e errado, existe um campo. Eu me encontrarei com você lá”, anotou Rumi, notável poeta persa do séc. XIII.

É o campo do entendimento; é a morada da concórdia, ou, união dos corações, conforme significado dessa palavra.

Os que têm espírito de compreensão e tolerância, guardam estado de paz no coração e valorizam a harmonia entre as pessoas. Fazem da concórdia modelo comportamental.

Pense: na ausência de certo e errado, qual seria o problema?

Com predisposição à concórdia, não se parte da premissa de que isso é certo e aquilo é errado. A ideia central é: juntos, encontraremos a melhor alternativa.

Em muitas ocasiões, o entendimento não é necessário. O fim do mal-entendido é o suficiente.

Se queremos paz, devemos estar em paz. A paz é uma prática, não uma esperança.

Muitas lanternas, uma única luz.

A concórdia é uma disposição íntima, um estado de espírito, um jeito de ser, uma forma de se relacionar.

A concórdia não é um resultado, é o amálgama da solução.

A concórdia não é o fruto de uma negociação, é o ânimo inicial dos negociadores.

A concórdia conhece o sim e o não; o que sempre prevalece é o bom senso.

A concórdia não entra em disputa, participa do consenso.

A concórdia é qual a luz da manhã que irrompe no pico da montanha, e todos os que olham o mesmo horizonte, admiram essa beleza juntos.

Nós somos o somatório do que pensamos, sentimos e fazemos.

Cada dia é qual uma janela de oportunidades à paz.

De que adianta conhecer o mundo e nada saber sobre aquele que reside em seu âmago: você?

As escolhas é que determinam a manifestação da paz ou não.

Estão em nós a luz e a sombra, o sim e o não, o certo e o errado, a paz e a guerra, a concórdia ou a discórdia.

Dentro dessa ordem natural, existem opostos, mas nenhuma oposição, apenas escolhas!

Todas as coisas contém o próprio futuro.

A árvore está latente na semente; o fogo está latente na madeira.

Cada um de nós é um agente do entendimento definitivo.

Queira isso e faça assim!

Faça sua escolha!

O dia a dia põe diante de nós avenças e desavenças, equilíbrio e desequilíbrio, calmaria e turbulência.

Geralmente a primeira reação é impetuosa e nos diz: “Não fique sentado aí, faça alguma coisa!”.

Porém, a ação dos que já descobriram a paz no seu coração é de dizer a si mesmo: “Não faça nada, fique sentado aí e aguarde!”.

Transformar a energia da ansiedade, da raiva, em energia de compreensão e compaixão como base para as atitudes, é escolha da maturidade espiritual.

Quando você reconhece, aceita e transforma sua raiva, medo e desespero, em serenidade, coragem e confiança, começa a experimentar o espírito da concórdia.

Da lama nasce a flor de lótus. Eles dependem um do outro para se manifestar.

Inclusão, coragem, paciência, solidariedade e imparcialidade, são qualidades dos seres despertos.

Estar consciente do estar desperto sempre, é o suficiente para estimular sua permanente transformação renovadora.

Cultivar essas energias que elevam, nos ajuda a aproximar a dimensão real do nosso coração aclimatado com a concórdia da dimensão prática e comportamental do meio em que vivemos, e nos mantém em harmonia.

Já não seremos “eu” e o “outro”, mas “nós” no mundo.

Ver as coisas como realmente são, com aceitação e disposição renovadora, com ausência da interpretação e julgamentos, esse é o fim do transe, em que se acorda da ilusão.

Clareza é o pleno conhecimento do que parece ser e o que realmente é!

Com atenção e mente desperta, se consegue a clareza do pensamento, o discernimento, a bondade do sentimento, a pureza e autenticidade da ação e a compreensão da verdadeira natureza das coisas.

É quando toma corpo a coerência unificadora entre o que sentimos e o que pensamos, com o que fazemos.

A chegada dessa clareza leva à perda daquilo que nunca se possuiu, do mesmo modo que conhecer o que se é requer a eliminação de tudo o que não se é.

É a luz que espanta as trevas!

É a mão que retira as máscaras!

É o ser que acorda de demorado sono!

É o encontro consigo mesmo!

Isso permite que possamos viver de forma ativa, dinâmica, realizadora, mas com tranquilidade e alegria, livres do medo, do estresse e do desespero.

Ser ativo não é incompatível com ser pacífico. É fazer tudo o que convém, na paz e com alegria, aliás, sentimentos estes dos mais dinâmicos, por serem altamente edificantes.

A lucidez distingue o que é aparente do que é real.

O canto do galo não faz o sol nascer, apesar de parecer que sim.

Leitor amigo, as atividades gerais podem mudar a cada momento; no entanto, aquilo que sustenta as atividades permanece imutável: você e seus reais valores existenciais!

Quando puder ser e agir assim – com concórdia –, seu trabalho construtivo será de grande ajuda para você mesmo e para o mundo.

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