Há um segredo sussurrado nas dobras do silêncio, que poucos já ouviram…
Ele vive nos espaços entre nossos sentimentos e pensamentos, esperando ser percebido, como a fragrância de uma flor que só se revela quando nos aproximamos com calma.
Esse segredo, tão antigo quanto o próprio tempo, é que você é o criador do seu mundo. Não aquele fora de si mesmo, mas dentro.
Tudo começa no seu sentir e na sua mente, e tudo floresce a partir daí.
O que você sente, você vive. O que você pensa, você se torna!
Imagine que a mente é como um vasto céu, onde as nuvens dos pensamentos vão e vêm, moldando o horizonte de sua existência.
Algumas nuvens são suaves, quase imperceptíveis, trazendo consigo a leveza da paz. Outras, carregadas e sombrias, derramam suas chuvas de dúvida, medo e tristeza.
Mas lembre-se: você é o céu, não as nuvens.
Você é a vastidão infinita, a quietude por trás de cada movimento, e em seu coração repousa o poder de escolher quais nuvens você permitirá passar e quais manterá no alto.
Há um espaço dentro de nós onde as palavras perdem seu poder, onde a lógica se desfaz como névoa ao sol. Esse espaço é o coração!
Não o coração que bombeia sangue, mas o coração espiritual, emocional, aquela parte profunda e invisível que nos conecta a algo maior que nós mesmos… ao Todo…
Ouvir com o coração é abrir-se para uma inteligência mais antiga, mais sábia, que não precisa de argumentos ou provas para saber o que é verdadeiro.
O mundo ao nosso redor está constantemente falando conosco. Cada experiência, cada encontro, cada pequena coincidência carrega em si uma mensagem proposital do universo.
Mas a mente, com sua ânsia por controle, muitas vezes tenta traduzir tudo em palavras, em explicações lógicas, em categorias que limitam o vasto e inefável, querendo traduzir o infinito com recursos finitos.
É aqui que o coração se destaca…
Ele não precisa “entender” no sentido racional; ele sente. E sentir é uma forma profunda de compreender. Sentir é pensar sem ideias.
Quando você aprende a ouvir com o coração, percebe que o verdadeiro entendimento não vem apenas da análise minuciosa, mas do mergulho silencioso nas águas do sentir.
Sentir o mundo é abraçar a vida em sua totalidade, sem fragmentá-la.
Imagine o coração como uma bússola interna que aponta para a verdade que a mente, por mais brilhante que seja, muitas vezes não consegue alcançar. A mente vê os detalhes; o coração enxerga o todo.
A Sabedoria do Sentir
Ouvir com o coração é acessar uma sabedoria que não vem de fora, mas de dentro. É se conectar com a fonte de conhecimento inata em cada um de nós. Essa fonte é ativada pelo sentir, pelo acolher o que é, sem julgamentos. Compaixão é a senha.
Quando você se permite sentir antes de pensar, entra em contato com uma verdade que não precisa de palavras para ser real.
O coração se conecta à essência das coisas, àquela energia invisível que permeia o multiverso e une todas as coisas.
Pense nas vezes em que você encontrou alguém e, sem saber explicar por quê, sentiu uma conexão profunda, uma simpatia instantânea. Ou aquelas situações em que uma decisão difícil foi tomada, não porque fazia sentido lógico, mas porque algo dentro de você sabia que era o caminho certo.
Esse “algo” é o coração falando. Ele sussurra verdades que a mente só pode tentar explicar depois.
A mente é excelente para resolver problemas práticos, para navegar o mundo material. Mas o coração é a ponte para o invisível, para o intangível, para o nada que tudo contém.
Ele sente as conexões invisíveis entre as coisas, como se pudesse tocar as fibras sutis que entrelaçam as galáxias e as múltiplas dimensões.
Quando você começa a ouvir com o coração, começa a ver essas conexões por si mesmo. O que antes parecia ser uma série de eventos desconexos, começa a fazer sentido de uma maneira que a razão não pode acompanhar.
O Coração como Portal para o Agora
Quando ouvimos com o coração, mergulhamos no momento presente de forma total.
O coração não se perde no passado nem se preocupa com o futuro. Ele simplesmente sente o agora, de maneira plena.
Esse ato de estar presente, de sentir o que está acontecendo neste exato momento, nos traz uma clareza profunda, uma paz que a mente não é capaz de encontrar.
No agora, não há conflito entre o que é e o que deveria ser; há apenas aceitação.
Ouvindo com o coração, você entra em sintonia com o ritmo natural da Vida.
As coisas começam a fluir de uma maneira mais harmoniosa, porque você não está tentando forçar os acontecimentos, mas está permitindo que eles revelem suas lições por si mesmos.
Quando você deixa de tentar acelerar as coisas e, em vez disso, se entrega ao presente, ao agora, a vida se revela de formas que você jamais poderia planejar.
A resistência cria dor, mas a entrega cria liberdade…
O coração é paciente, a mente, impaciente. O coração está disposto a esperar, a observar, a acolher. Ele sabe que a verdade não precisa ser forçada; ela se revela no seu próprio tempo.
Há um ponto em que a busca incessante por controle e entendimento deve ceder lugar à entrega.
Entregar-se não é desistir, mas confiar no fluxo da vida, acreditar que a Vida está sempre trabalhando em seu favor, mesmo quando não parece. É aceitar que, ao soltar as rédeas, você permite que a caminhada se torne mais suave, mais leve, mais verdadeira, mais assertiva.
A Escuta Silenciosa do Coração
Ouvir com o coração não significa apenas sentir emoções. Emoções são passageiras, mudam com as circunstâncias.
O coração vai além das emoções. Ele toca o que é permanente, imutável.
Ao ouvir com o coração, você começa a discernir entre o que é superficial e o que é essencial.
As emoções podem ser enganosas; podem levá-lo para cima ou para baixo. Mas o coração, no sentido espiritual, é como uma âncora. Ele está profundamente enraizado na própria verdade, e é essa verdade que ele nos comunica quando estamos dispostos a ouvi-lo.
Imagine a experiência de ouvir os sons do mundo não apenas com os ouvidos, mas com a alma.
Quando você está em silêncio, realmente em silêncio, e apenas ouve – sem pressa de interpretar ou reagir – algo mágico acontece.
Você começa a captar o tom subjacente das coisas, a vibração silenciosa que une tudo o que existe, sem elo aparente.
Essa é a escuta do coração…
É como “ouvir” no silêncio, captando as frequências mais sutis da Vida.
Essa escuta nos permite distinguir o que é verdadeiro do que é ilusório.
Muitas vezes, o que parece certo à mente é desconfortável para o coração. E o contrário também é verdade: algo que a mente pode temer, o coração pode acolher com confiança.
Quando você segue a verdade do coração, mesmo quando a mente se opõe, geralmente encontra paz, porque o coração está sempre sintonizado com a essência mais profunda da Vida.
Como Praticar a Escuta com o Coração
Ouvir com o coração não é um dom reservado a poucos, é uma habilidade que pode ser cultivada por qualquer pessoa disposta a desacelerar o ritmo do dia a dia… e mergulhar em si mesma.
Para praticar essa escuta, é necessário primeiro aquietar a mente.
Deixe de lado a necessidade de entender tudo imediatamente, de rotular e de julgar.
Ouvir com a intenção de aclarar e entender e não com a simples intenção de responder.
Permita que a experiência seja o que ela é, sem tentar controlá-la. Sinta o seu significado.
Neutralidade não é falta de valores, é espaço além do certo e do errado. É local de encontro com o equilíbrio; a morada da harmonia, que sabe combinar as diferenças.
A neutralidade é como o branco, que, de fato, essa cor não existe isoladamente, ela é a mistura de todas as cores.
A prática começa com pequenos momentos de silêncio. Pode ser uma pausa no meio do seu dia, uma respiração profunda antes de responder a alguém, ou simplesmente alguns minutos de observação e reflexão tranquila.
À medida que você desacelera e silencia a mente, começará a perceber que há uma voz mais suave dentro de você – uma voz que não grita, mas que sempre esteve ali, esperando para ser ouvida.
Em momentos de dúvida ou incerteza, antes de recorrer à lógica e à análise, pare por um momento e pergunte ao seu coração: “O que você sente sobre isso?”.
Espere pela resposta pacientemente. Não tente forçá-la. O coração responde em seu próprio tempo, com uma sensação de clareza que muitas vezes surge como uma paz inexplicável, uma calma segura, mesmo que a mente ainda esteja buscando explicações. É uma confiança silenciosa que nos tranquiliza, porque embora não entendamos tudo com a lógica, sentimos que estamos no caminho certo.
O Coração é o Guia, a Mente é o Instrumento
Quando você começa a ouvir com o coração, percebe que ele não precisa competir com a mente. Pelo contrário, ele pode guiar a mente de forma mais sábia, basta lhe dar permissão.
A mente pode analisar e organizar, mas o coração é quem sente a direção verdadeira, quem sabe qual caminho tomar, mesmo que a razão ainda não possa entender completamente, que a mente ainda esteja em busca de justificativas.
Ao alinhar sua mente com seu coração, você se torna inteiro.
As decisões passam a fluir com facilidade, os conflitos internos e externos começam a se dissolver.
O coração sabe. Sempre soube!
Ele é o portal para uma vida vivida com autenticidade e sabedoria.
E quando você se permite ouvi-lo, não apenas com seus ouvidos, mas com sua alma, descobre que a verdade mais profunda da Vida sempre esteve ao alcance do seu sentir.
Ouvir com o coração é, acima de tudo, confiar.
Confiar que a vida tem um ritmo próprio, e que ao seguir esse balé silencioso, sob a melodia do agir sem ação, deixando a intuição orientar a intenção, você se encontrará sempre no lugar certo, na hora certa, com o coração pleno de sabedoria!
Lembre-se: você não é um ser passivo no grande espetáculo da existência.
Você é o criador!… embora isso possa lhe parecer meio fantasioso! Não lhe dê ouvidos, pois é a mente querendo palpitar!
Deixe que o intérprete do Todo seja o único a se inteirar com você.
Tudo o que você pensa, sente e faz reverbera através do Cosmos, moldando sua realidade, retribuindo de acordo com as suas escolhas.
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