O PENSAMENTO NÃO É A MENTE

Associe-se com o que melhor lhe convém para um efetivo bem-estar emocional, psicológico e físico. E dissocie-se de tudo o que lhe provoque mal-estar ou que lhe impeça o bem-estar.

O pensamento não é a mente. O pensamento é a conformação da ideia formulada pela mente.

O pensamento, por si próprio, não tem ação e vida, a não ser quando criado e dirigido pela mente.

Figuradamente, uma folha de papel com escritos, pode ser vista como sendo: a folha em branco, o cérebro; o escrito, o pensamento; o conteúdo do pensamento, a mente-autora.

Dissociar a mente de nós mesmos, sem perder a individualidade objetiva, é factível e pode ser exemplificada tomando-se por base um fato que tenha se dado conosco, que foi motivo de muita alegria, nos marcando profundamente.

Imagine-se sentado em uma cadeira, e lembre-se profundamente desse fato que o marcou, com detalhes e emoções do momento, como se fosse um filme que reprisa com sua lembrança.

Agora, abstenha-se do seu entorno e veja-se como quem “sai do filme” e apenas passe a assistir ao filme. Você ali se vê e vê todas as ocorrências, as pessoas, o local, os gestos, as falas, porém “distanciado” das suas emoções, expectador que é de um filme. Não entre na emoção já sentida. Ela foi fruto daquele momento e com aquele momento ficou. Pense assim.

Você sabe que o fato se deu em outro momento, e você também está ciente que é uma lembrança.

Tempo e espaço aí, não conta.

Simplesmente você é o observador-observado.

Você está dissociado do fato, enquanto observa à parte o que se passou. Você é a mente que observa o que você ali sentado relembra em pensamento. São “dois’ num dado momento, mesmo sendo um.

Mente – observador. Pensamento, memória – observado.

Você pode se ver vivendo aquele momento, bem como aos outros. Pode observar suas falas (e é capaz de afirmar se elas eram ou não fidedignas ao que você então pensava!), seus gestos, a expressão dos seus sentimentos, sensações, emoções, sua roupa, como você estava se movimentado, ou sentado, e tudo mais que você queira.

E podemos garantir que já fazemos isso sem que percebamos, desde que somos crianças, e com precisão de detalhes. Só que agora, passaremos a fazê-lo com a atenção dirigida e a energia direcionada para a análise.

Você também poderá ver a expressão dos outros e ver suas próprias expressões, falas, gestos. Mesmo não podendo saber o que pensavam, comparando com o que fizeram e falaram, mas, com mais atenção às expressões faciais deles, que estão registradas em sua memória, delas poderá colher informações como se estivesse lendo suas mentes, pois o corpo fala o que a mente pensa.

Muito se pode aprender a esse respeito, aprimorando nossa capacidade perceptiva.

No entanto, mesmo sem maiores conhecimentos, nós praticamos isso regularmente. Por certo já dissemos a alguém (especialmente entre familiares e amigos): seus olhos, seu rosto, ou certo movimento das mãos e mesmo do corpo (conforme seja o que nos passou a mensagem subliminar), está me dizendo que você está mentindo. Ou ainda: não minta para mim, conheço esse sorriso maroto. Ou também: esse olhar não me engana, fale, desembuche logo.

Ocorrências, atitudes, circunstâncias, palavras, alimentação, medicação, lazer, brincadeiras, e tudo o mais, pode trazer para nós momentos agradáveis ou desagradáveis, gerando bem ou mal-estar, harmonia ou conflito, alegria ou tristeza, amor ou ódio.

Sempre que for possível, corrigir o erro próprio, reconstituindo a harmonia com essa pessoa ou perante a situação havida.

Haverá situações, no entanto, em que as marcas e conflitos emocionais ficam conosco por um tempo indefinido, apresentando muito desconforto, quando não complexos de culpa e outras sequelas, geradoras, inclusive de certas enfermidades.

Com esse recurso mental que temos, refaçamos a visualização do fato gerador da marca emocional que nos comprime. Observemos com atenção as ocorrências e com a devida imparcialidade de quem apenas observa. Pode se dar a confirmação de nosso procedimento equivocado, ou, então, a não confirmação, retirando-nos forte peso da consciência.

Exercitemos a dissociação daquela emoção vinculada aquele evento, “vendo-o” com emoção renovada, redirecionada. Repitamos tal prática, regularmente, com insistência.

Inversamente, a ocorrência poderá ter sido tão positiva, que merece uma maior associação emocional, para que perdure indefinidamente em nossa mente. Inclusive quanto a aprendizados e o momento do conhecimento proposto.

Podemos exercitar também quanto a quadros de enfermidades, dissociando-nos das sensações de mal-estar, e nos associando ao estado de saúde desejado.

Fazer e insistir, com persistência e continuidade.

O resultado será surpreendente.

Já é do conhecimento geral, que a mente e o corpo são como universos paralelos. Tudo o que acontece no universo mental necessariamente deixa sinais no físico.

O corpo vivo é a melhor farmácia inventada até hoje. Ele produz diuréticos, analgésicos, tranquilizantes, soníferos, antibióticos e tudo mais que é fabricado pelas indústrias de drogas, mas sua produção é muito superior. A dosagem é sempre certa e ministrada no horário adequado; os efeitos colaterais são mínimos ou inexistentes; as indicações para o uso estão incluídas na própria droga, como parte de sua inteligência.

O que quer que pensemos sobre inteligência em termos abstratos, não há dúvida de que ao corpo deve ser creditado uma enorme base de conhecimento.

A mente se projeta a qualquer ponto do universo interior. E, há milênios se diz que nada se move sem movimentar o todo.

Segundo pesquisadores modernos, antes, a ciência declarava que somos máquinas físicas que, de alguma forma, aprenderam a pensar. Agora, desponta a ideia de que somos pensamentos que aprenderam a criar uma máquina.

Está em nós assumirmos o controle de nossos pensamentos e de nossas emoções. Recursos os temos, e são naturais.

Comecemos por dar a devida atenção sobre a mente, sobre a força mental, e sobre a relação mente-corpo.

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