O PENSAMENTO É A SEMENTE DA AÇÃO

Um sábio transmitia seus conhecimentos aos inúmeros interessados que se reuniam regularmente com ele para estudarem.

No entanto, com o passar do tempo, o número de aprendizes decaiu, até restar somente um.

Foi quando o mestre disse a esse último que prosseguiria com as aulas, desde que para um número maior de interessados.

O atento aprendiz, desejoso que o ensino continuasse, foi em busca dos que haviam abandonado o estudo, e insistiu que voltassem. Sem sucesso.

Firme em seu propósito, pensou longamente e decidiu levar vários manequins. Uma loja de roupas emprestou-lhe alguns.

Chegou, distribuiu-os na sala de reunião e foi pedir ao sábio que retomasse os ensinos tão esperados.

Animado, o mestre foi e se deparou com a inusitada surpresa. Não se conteve e exclamou: – São bonecos! Como você quer que eu ensine bonecos?

Sim, isso mesmo, são apenas bonecos – respondeu o dedicado aprendiz. E acrescentou: – O são do mesmo modo que os outros alunos que se foram o eram. Mesmo quando aqui estavam, não passavam de bonecos inanimados, alheios, distantes, “mortos”, sem interesse. As suas aulas eram-lhes muito além do que queriam e podiam acompanhar, eram sérias e úteis demais para quem se embriaga com futilidades e só se ocupa em nada fazer.  No entanto, eu estou interessado nelas, apenas eu. Para que eu cresça, não posso depender de quem faz questão de permanecer em seus acanhados limites.

Vencido, convencido e profundamente sensibilizado, o mestre fez dele o aprendiz ideal e, com o passar do tempo, o jovem se tornou o seu continuador e divulgador da sabedoria vivencial, portador que era das melhores experiências que a persistência, dedicação, zelo, responsabilidade, assertividade, leniência e sentimento de pertencimento ao bem e ao belo, oferecem à quem lhes adote por intenção e comportamento existencial.

*

Uma simples metáfora, mas que tem muito a ver com os tempos atuais da sociedade.

A sociedade nada mais é do que o reflexo do comportamento de cada um dos seus cidadãos. O que vemos de extravagante, de conflitante, de degenerativo, de agressividade e violência no seio da humanidade, ou de conquistas, de glórias, de realizações positivas, é a manifestação externada do que maioria pensa, idealiza, sente e, por conseguinte, age, fazendo.

Novos tempos? Novo comportamento, ou não teremos a renovação.

Mesmas atitudes, mesmos resultados.

Maus hábitos hoje, consequências infelicitadoras amanhã.

Realizações positivas agora, resultado em forma de paz.

O Bem que façamos hoje, advogará em nosso favor amanhã.

Deixar-se conduzir por manifestações habituais sem propósitos de engrandecimento e melhoria pessoal, quanto a valores existenciais fomentadores de bem-estar para nós próprios e para os demais, é usarmos a nossa inteligência contra nós mesmos. Repetir hábitos inócuos à harmonia íntima, é manter fonte geradora de desalento, transtornos, quando não, depressão.

São os hábitos mentais que dirigem nossas condutas, e toda programação existencial começa no pensamento. Devemos perceber que as nossas preferências mentais dão perfil aos padrões de nossos pensamentos, que, se aplicados com frequência, passam a compor os alicerces do subconsciente. Na condição de já sabido e já aceito, formatam o inconsciente como hábitos, que balizam a conduta de cada um.

O desejo mental, ao prosseguir insistentemente até sua realização, acaba por fazer parte integrante da nossa própria natureza, por fixação automática.

Comportamento não deve apenas ser revisto, deve ser refeito, sempre que tido por indevido.

Pelo momento-vida atual de cada um, conforme o estado psicoemocional e espiritual dominante, que é efeito do nosso ontem, se pode aquilatar das causas geradoras, seguramente advindas de comportamentos anteriores, nascidas no mundo mental e que foram aceitas e alimentadas.

Nem sempre intencionalmente, mas, por certo, pensamentos que chegam, se aceitos e acolhidos, alimentam os painéis do subconsciente com o bem-estar, a alegria de viver, ou com o pessimismo, a angústia, que, pela própria natureza humana, mais dia, menos dia, esse ou aquele sentimento emerge, com predomínio na experiência humana do momento, e manifesta saúde ou doença, felicidade ou amargura, o que foi mais alimentado.

Cada pessoa traz dentro de si seu próprio médico, afirma Albert Schweitzer, médico alemão, laureado em 1952 com o Prêmio Nobel da Paz.

Conforme a eleição dos tipos de ideias que se adote, elabora-se o próprio programa de sucesso ou fracasso, de bem ou de mal-estar, de saúde ou de doença, pois, cada ideia carrega consigo seu padrão vibratório constitutivo, e irradia seu conteúdo energético  para dentro e para fora de si próprio, quer seja o simples pensar e sentir, ou com sua consumação na ação ideada.

O pensamento é a semente da ação.

É secular o ensino e aqui o repetimos com insistência, sempre que oportuno, dado por Buda, o Iluminado: Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. Com nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo.

O médico e renomado autor literário, Deepak Chopra, anotou: Você quer saber como está seu corpo hoje? Lembre-se do que pensou ontem. Quer saber como estará seu corpo amanhã? Olhe seus pensamentos hoje!

Pensemos a saúde, pensemos com saúde, pensemos pela saúde, pensemos acertadamente, pensemos bem e retamente.

Depois de amadurecida reflexão sobre nós mesmos, em nome do equilíbrio emocional e da rearmonização do próprio ser, é chegado o momento de real identificação dos superiores objetivos da vida, que facultam estímulos para o prosseguimento da busca de conquistas em nome do bem-estar duradouro, e abdicação, por conseguinte, dos métodos equivocados e neurotizantes de vida, encontrando, com essa prática, novo e renovador vigor existencial.

Com confiança em nós mesmos e no porvir, usemos o bom ânimo, a coragem na luta cotidiana, e assumamos a posição de aprendiz dedicado de uma vida saudável, e não de simples boneco inanimado, alheio ao mais importante, que é bem viver, como da metáfora apresentada.

Vamos dar à própria vida um enredo de satisfação e felicidade – e não de tragédias e dramas, nem fazer dela uma simples comédia do cotidiano -, com comportamento de autenticidade e preferência por seguir uma linha direcional de coerentes atitudes perante a consciência que agora desperta.

Conhecer e saber o melhor para a vida e qual o verdadeiro sentido desta, e viver de acordo com esse saber, é prática edificante, basilar, para nos sentirmos renovados, satisfeitos conosco mesmo, capazes de construir harmonia, fazendo dela revestimento de nosso coração.

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