O CORAÇÃO DIZ O QUE FAZER…

Quando há o deslocamento de ponto de vista de uma perspectiva meramente pessoal, com a intenção de abranger também o de outras pessoas, inicia-se o final do predomínio do egoísmo.

É o rompimento do dique psicológico e emocional que mantém o ser represado em si mesmo, apartado dos múltiplos aspectos da vivência diária.

É o abrir de portas para outros compartimentos da grande morada da existência, repleta de belezas e oportunidades.

É o caminho da interação de você com você mesmo, com o próximo, com a Natureza, com o Todo.

Com essa abertura, você passa a ver a vida em sua harmonia, beleza, assertividade, cujo impacto levará você não só a apreciá-la, mas a integrar-se no bem viver com espírito de pertencimento.

Levará você a entender as coisas e circunstâncias pelo que elas são e não pelo que você pensa que são, ou como gostaria que fossem.

Fase vivencial em que sentimentos despertam, distintos das sensações.

A simpatia – sentimento de afinidade que atrai e identifica as pessoas, e não o ensaio comportamental com base em conveniências – o levará a se relacionar em harmonia com os outros, apesar das diferenças, e permitirá a aproximação, o envolvimento natural e a criação de laços de amizade, alheios a quaisquer outros interesses.

Esse envolvimento, permeado pela simpatia, trará consigo a empatia, que permitirá você sentir o que uma outra pessoa sente, como se você estivesse na mesma situação vivenciada por ela naquele momento, ou seja: experimentar o que sente o outro e compreender seus sentimentos e emoções.

Espontaneamente se manifestará, então, o sentimento da compaixão, que é o forte desejo de aliviar ou minorar o sofrimento de outro ser senciente, bem como demonstrar especial gentileza para com aqueles que sofrem. É fazer alguma coisa em benefício do outro, além de apenas perceber seus padecimentos e por eles se condoer.

Esse entendimento e generosidade quase sempre são frutos de experiências vividas: a desculpa e a pacificação trazida por um amigo, diante de uma falta que tenha cometido; o apoio consolador que chegou em momento de grande sofrimento; o socorro inesperado recebido em dias de carência material; o medicamento presenteado em face da dor e da impossibilidade em adquiri-lo; a visita recebida em dia de grande solidão; a esperança renovada por palavras oportunas.

A percepção sensibilizada pelo sentimento de gratidão fica mais apurada e permite ver a vida com mais clareza, e a identificar padecimentos, mesmo quando não são confessados.

Muito além das matemáticas, anotou Albert Einstein, a esse propósito: “O Ser Humano é parte de um todo chamado por nós de ‘universo’, uma parte limitada no tempo e no espaço.

Ele experiencia a si mesmo, seus pensamentos e sentimentos, como alguma coisa separada do resto – uma espécie de ilusão de ótica de sua consciência.

Essa ilusão é uma forma de prisão para nós, restringindo-nos a nossos desejos pessoais e à afeição por umas poucas pessoas próximas.

Nossa tarefa deve ser a de nos libertar dessa prisão alargando nossos círculos de compaixão para envolver todas as criaturas vivas e o todo da natureza em sua beleza.”

Essa é a natureza humana: uma vida de relações e interdependência.

Ou crescemos em valores intelectuais, éticos, morais, emocionais – finalismo existencial –, ou repetimos ciclos, como quem gira em acanhado círculo.

Assumir quem você é requer desapego de quem você imagina ser.

Para que a Vida e o bem viver se revelem para nós, precisamos antes estar prontos para abandonar as nossas antigas visões sobre elas e a decorrente maneira de viver.

Viver de um modo novo entre os que estão com a mesma intenção, é relativamente fácil. Viver conforme um novo estilo de vida, relacionando-se com o mesmismo predominante, exige atitude de “rocha espiritual’.

Essa “rocha espiritual”, a exemplo das rochas sedimentares de nossa geologia, é formada no “solo do coração” através da deposição, e consequente cimentação ou consolidação de fragmentos provenientes dos “materiais colhidos na existência” bem vivida: convicção, coesão, resistência, persistência, fortaleza, e mais, gentileza, resiliência, simpatia, empatia, compaixão.

Se ao cérebro é dado o símbolo de “casa do intelecto e morada da razão”, cabe ao coração, cinco mil vezes mais potente magneticamente e cem vezes mais poderoso eletricamente que o cérebro, denominá-lo de fonte do vigor do amor criativo, de onde jorra a força evolucionária do ser.

O coração diz o que fazer; o cérebro diz como fazer.

Da riqueza do coração se retiram os valores existenciais. O cérebro nos dá as orientações da sobrevivência.

Se simpatia é base de relacionamento saudável, e empatia é o que nos faz entender a interdependência e nos iguala como seres que sentem e precisam uns dos outros, a compaixão é força realizadora, sinergia que vibra e tece a união com os fios da solidariedade e da fraternidade, pilares do bem-estar pessoal, familiar e social.

Enquanto o “eu e o meu” dão guarida ao egoísmo, o “nós” fundamenta o altruísmo, que é estação de chegada da simpatia, empatia e compaixão.

A pessoa compassiva não é indiferente ao perturbado mundo em que vive, e naturalmente desenvolve capacidades e métodos pelos quais possa ajudar a si própria e aos outros.

Se percebe uma necessidade, sua consciência logo fala de auxílio. Diante do desejo de auxílio, consulta seus talentos, suas possibilidades, seus meios a serem empregados, e sua paixão pela Vida move o seu pronto fazer.

Assim age, leitor amigo, aquele que se sente parte integrante da Vida, compromissado com o bem-estar. Não espera rogativas, vai ao encontro de quem precisa.

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Projeto INOVE – a vida sob novo prisma

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