A maior distância entre duas pessoas é o mal-entendido. – Alejandro Jodorowsky
Imagine a cena em que se vê uma criança que afaga, com grande carinho, o seu irmãozinho menor deitado no berço, que retribui o afeto com sorriso suave e um meigo olhar.
O quadro vivo exala ternura e o impressiona.
Essa impressão o acompanhará dali em diante.
Sempre que relembrada, a ternura emanada naquela experiência voltará a influenciá-lo positivamente.
Numa fila ou sala de espera, ou qualquer circunstância aflitiva, se evocada a imagem terna dos dois irmãos, como num passe de mágica, o sentimento de ternura vivido por dois corações, registrado pelo seu coração, assomará e irrigará o seu ser, e porá para correr as aflições.
O suave encantamento que envolve uma lembrança feliz sempre luarizará a noite escura de um coração.
Um registro tão poderoso, que rompe conceitos de tempo e espaço.
Detalhe: no exemplo hipotético, foi dado por você o correspondente significado e valia ao fato, e a impressão causada teve a permissão – escolha deliberada – para o marcar no campo dos sentimentos pessoais saudáveis, e ser arquivado na sua memória.
Sem qualquer cor acadêmica e no contexto deste escrito, consideramos memória como registro mental-sentimental de impressões diversas que nos impactaram e sensibilizaram ao ponto de criar registro vivo de um momento-vida, com fidelidade dos feitos e das suas emoções emergentes-correspondentes.
O mesmo fenômeno acontece com ocorrências entristecedoras.
Elas se dão. Nem sempre por vontade própria. No entanto, se deixar impressionar, interiorizar e ainda somatizar suas energias de teor cáustico, é escolha pessoal.
Se já envolvido por essas impressões constrangedoras, inoculado pelo veneno de uma memória ativa de um fato que o desequilibra emocionalmente, desapegue-se.
Essas impressões se transmudam em diversos nomes: mágoa, ressentimento, ódio e outros.
Perdão e autoperdão são os antídotos ideais.
É necessário e possível estabelecermos um filtro mental-sentimental capaz de eleger o clima emocional no qual desejamos viver.
Primeiro passo é se abrir para novas perspectivas para a existência física, e descobrir significados capazes de extrair razões poderosas para se viver e fazer a diferença, com geração de forças internas suficientes para imprimir estilo de vida saudável, em que o bem-estar legítimo é o paradigma, norteador de buscas e conquistas.
Essa medida, pelo simples fato de ser adotada, traz respeito por você mesmo, um poderoso e imprescindível filtro seletivo daquilo que lhe faz ou não bem, do que quer ou não, aceita ou não, adota ou deixa passar.
O discernimento praticado intencionalmente, leva ao esforço pela educação da vontade, essa potência da alma.
Por sua vez, autorrespeito, discernimento, vontade firme e reta, naturalmente estabelece bom direcionamento dos sentimentos.
Essa prática é o uso da inteligência pessoal em favor de si mesmo.
Se educar para a complacência e harmonia, não para o revide, é diretriz de segurança para o equilíbrio emocional.
Diante de alguém infelicitador, reconheça que ele é um infeliz, enfermo d’alma, e deixe que ele siga a sós o seu caminho e leve consigo o seu próprio fel, e dele se alimente a seu bel prazer.
Prossiga no seu caminho de eleição.
Não valorize atitudes e circunstâncias agressivas. Deixe passar a agressão e o agressor, do mesmo modo como o fazemos com a brisa que nos visita. Chega e passa.
A vida reserva caminhos diversos, com prazeres diversos.
Cada um escolhe o seu.
Alimente os relacionamentos harmônicos e felicitadores e não valorize as relações e práticas vivenciais tóxicas.
No seu modelo de vida, tenha lugar o equilíbrio que constrói e sustenta a boa convivência.
Ao se ver envolvido pelas tramas de um tecelão de fofocas, intrigas ou calúnias, não se permita a impressão marcada pela tormenta alheia e nem queira revidar e tirar satisfações. Não se deixe atingir.
A brasa colhida no fogo ardente de uma paixão e arremessada contra alguém para ferir, por vingança ou qualquer sentimento contrário, primeiramente queima a mão do agressor.
Seu mundo deve acontecer na altura onde predomine o ar rarefeito e puro das emoções nobres.
Do mesmo modo que a geografia dos terrenos têm níveis distintos, o caráter dos homens também.
Nivele o seu caráter com aquele forjado com a têmpera do bem, bom, belo, nobre e justo.
Os mal-entendidos pedem clareza e reconciliação, com iniciativa de quem alcançou a capacidade de compreender, que já se reconciliou consigo mesmo.
Seja o seu, o primeiro passo em direção do entendimento.
Junto se pode sempre mais.
O tempo dissolve o supérfluo e conserva o essencial.
Deixe que tudo chegue e passe. Retenha o que for bom. São experiências que remanescem como objetos da consciência.
Sábio é quem reconhece o essencial e seu valor primordial, o aceita e com ele vive bem, pois terá constatado que no tudo não há nada e o nada tudo contém.
É inigualável a experiência de uma vida vivida em harmonia.
Se assim for, sua vida se fará tão agradável que nada, nem ninguém, será capaz de desviá-lo ou retirá-lo da presença da sua vida felicitadora.
Você, consciência desperta, é vida em abundância!
Você é mais do que seu nome, seu corpo, suas emoções, suas impressões, seu trabalho, suas memórias.
Assuma a sua vida verdadeira e viva-a na plenitude do seu ser.
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