Uma rã habitava as profundezas de um poço próximo de uma praia. Através do círculo que se desenhava a partir o interior, via o céu, o sol e as nuvens e, quando o vento soprava com força, também lhe chegava o aroma do mar.
Satisfeita com sua vida, a rã pensava que vivia no melhor lugar do mundo: cômodo, luminoso e amplo. Saltando dentro do poço, seus dias transcorriam com alegria.
Um dia, aproximou-se uma tartaruga. Ao vê-la, a rã convidou-a a descer: “Vem conhecer meu lar”, ela disse, “você não imagina como é iluminado e grande”. A tartaruga, curiosa, aceitou o convite.
Quando chegou ao fundo do poço e olhou ao seu redor, disse à rã: “No lugar onde vivo, o céu não tem limites, o mar é largo, profundo e imenso, que nunca seca nem inunda com as chuvas. O sol brilha com uma intensidade ofuscante. Você precisa ver, isso sim é que é viver bem!”
A rã não acreditou naquilo que a tartaruga lhe contava, confiante em que o seu era um lugar único.
Num dia de fortes chuvas, o poço se inundou de tal forma que a rã subiu até a superfície. Ao enfrentar a brilhante luz do sol e admirar a imensidão do céu e do mar, compreendeu que a tartaruga tinha razão: é importante conhecer o que se encontra mais além de nossos horizontes.
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Para além da acanhada visão da imprensa de massa, acontece um mundo onde se encontra pensamento e pensadores dispostos a alargar os horizontes da humanidade, apresentando novos valores e descortinando a grandeza da vida, até então pouco considerada por muitos.
A contribuição da Psicobiofísica, da Psicotrônica, da Parapsicologia, da Psicologia Transpessoal, com os avanços da Física Quântica, a Relatividade do Tempo e do Espaço, a Teoria da Incerteza, abriu perspectivas psicológicas e levaram os horizontes para bem mais distante, revelando caminhos enriquecedores aos nossos mapas mentais, permitindo soluções renovadoras para velhas problemáticas humana.
A saúde ganha aliados com terapias libertadoras de conflitos, como a meditação, a respiração dirigida, a bioenergia, o controle mental, a água magnetizada, aliadas à alta tecnologia dos nano-aparelhos que inseridos no corpo, conseguem regular os elementos internos, nos quais as taxas se mostram, nos exames, em desequilíbrio, liberando medicamentos em hora e lugar exatos.
Os parâmetros aceitos pela medicina tradicional vão se ampliando com uma outra realidade que a ciência atualmente consagra, demonstrando a primordialidade da energia se sobrepondo e antecedendo ao mundo material, de certo modo desconstruindo-o, dando peso e importância à acupuntura, à homeopatia, à musicoterapia, à cromoterapia e outras terapias várias, que trabalham com a energia e suas diversas nuances.
A sondagem do continente da mente, que recebeu grandiosa contribuição do pensamento oriental, de Buda a Vivekamanda, a Ramakrishna e outros, dos taoístas tibetanos a corajosos pioneiros mais contemporâneos, como Assagioli, Walsh, Waughan, Bateson, Capra, Chopra, Mlodinow, Kardec, Bandler, O’Connor, Hellinger, Joanna de Ângelis, Rhine, Wilber, Grof, Kübler Ross, Moody Jr., Maslow, dentre outros, rompeu com antigos padrões limitadores, concluindo por novas realidades, capazes de trazer bem-estar duradouro ao homem sofrido do século 21, permitindo-lhe inovadora reestruturação mental, psicológica, emocional.
Qual a rã de nossa metáfora, podemos ver que há grandiosidades transcendentes, como grande é a vida, nos conclamando sair do acanhado e constritor “poço” do vazio existencial e suas mazelas a que nos acomodamos, por desinteresse, por preconceitos, por puro alheamento, ou o que seja, mas que estão no domínio de nossas escolhas e até aqui optando pela inação.
Ora, para resultados diferentes, escolhas diferentes.
Novas opções estão disponíveis. Novos caminhos estão abertos. E estes nos levam, conforme ‘dito” pela tartaruga: “No lugar onde vivo, o céu não tem limites, o mar é largo, profundo e imenso, que nunca seca nem inunda com as chuvas. O sol brilha com uma intensidade ofuscante. Você precisa ver, isso sim é que é viver bem!”
Muitos padecimentos humanos têm já final conhecido.
Mas, os que somos os padecentes, precisamos não só querer a cura dos nossos males, mas ir ao encontro do remédio, com determinação, resolutos e destemidos.
Na antiga tradição dos índios americanos, como da grande nação dos Choctaw, por exemplo, a figura do Lobo personifica o desbravador de caminhos, o precursor de novas ideias. Possui grande sentimento de família e fidelidade com todos da alcateia, escolhendo uma única companheira por toda a vida, sem que isso afete o forte individualismo característico da espécie, mas que está sempre em grupo, respeitando e correspondendo à interdependência entre eles. Cada um pronto para auxiliar o outro e o grupo, sem deixar os mais fracos em desamparo. Cada um busca o melhor caminho ao longo da jornada, o qual, tão logo identificado, é indicado aos demais, que juntos seguem pela nova trilha.
O Lobo tem os sentidos muito aguçados e tem na lua a sua aliada de poder. A lua simboliza a energia psíquica e, também, o inconsciente, que guarda os segredos da sabedoria e do conhecimento.
Diz a tradição que o Lobo ao uivar para a lua, manifesta seu desejo de entrar em contato com as novas ideias que se ocultam sob a superfície da mente consciente.
Figuradamente, Lobos – cientistas, filósofos, religiosos, pensadores em geral – já identificaram novos e oportunos caminhos para nossa vida melhor, e, fiéis ao grupamento humano, se põem a nos chamar para segui-los em direção da melhoria de vida.
Conforme conclusão orientativa de Albert Einstein: Os problemas significativos que enfrentamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento em que estávamos quando os criamos.
Isso nos indicando que devemos encarar os nossos problemas de momento com a mente mais aberta e flexível, com disposição de aceitar novas concepções de vida, nos dispondo sinceramente a aprender e a inovar atitudes, começando por nos desfazermos das ideias ultrapassadas que entulham nossa mente.
Estagnação e medo de modificar nossos pontos de vista interrompem o fluxo transformador e gerador do buscado bem-estar, ou da cura.
Quais são nossas crenças e nossos valores existenciais?
Hora de ouvirmos aquela voz quase inaudível que sussurra em nosso íntimo o convite para nos levantarmos, vencendo a inércia do comodismo, do mesmismo, para vislumbrarmos os horizontes novos, e, qual Lobo que ensina a viver, sair à cata do melhor caminho, rumo à solução desejada, ao resultado sonhado, ao bem-estar tão necessário.
Viver é crescer, e crescer é sinônimo de dinamismo, de mudança, de maturidade.
Estamos sofrendo?
Como em nosso conto, a chuva inundou a nossa zona de conforto, a nossa vida, viva, mas pouco vivida?
Saiamos sem maiores resistências em busca de novos horizontes, por novos rumos, a caminho da solução, ao encontro do medicamento adequado.
É importante conhecer o que se encontra mais além de nossos horizontes.
Nós podemos ir viver onde vive a tartaruga: onde o céu não tem limites, o mar é largo, profundo e imenso, que nunca seca nem inunda com as chuvas. O sol brilha com uma intensidade ofuscante.
Você precisa ver, isso sim é que é viver bem!
Onde fica?
– Em no nosso coração e em nossa mente, enquanto em harmonia conosco mesmo, com o próximo, com a natureza e com o Todo.
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