O presente não constrói o futuro, serve-lhe de base. Semelhante ao degrau de uma escada, que não constrói o seguinte, mas auxilia alcançar o próximo.
Quem almeja o futuro, visualiza-o, define os caminhos e caminha na direção do seu rumo, somos nós.
Ao se visualizar o futuro, o vemos de vários ângulos.
Digamos que identificamos uma necessidade que se apresentará como a escassez de certas fontes de energia e no presente começarmos a buscar por novos suprimentos, estaremos com o porvir suprido.
Outro exemplo, se pode projetar no futuro o aprimoramento de um produto de uso atual. Como no caso do avanço da telefonia fixa para a telefonia móvel e a agregação de novas funções aos aparelhos, e começarmos agora o desenvolvimento das soluções, haverá progresso.
De qualquer modo visto, o futuro exigirá inovações; nova forma de pensar, de fazer e do que fazer. E no presente é que deve acontecer a ação da renovação.
Temos afirmado: A marca da sabedoria é ler corretamente o presente, visualizar com clareza o futuro, marchar de acordo com a ocasião, sem perder de vista o destino almejado.
Se o passado é apenas preparatório para o presente, o presente é que distribui passagem de ida para o futuro, aonde só se chega em companhia da realização.
O futuro deve ser o alvo de nossos pensamentos e de nossa energia.
Visualizá-lo, e, quando bem percebido, ser trazido para formatação e amadurecimento na oficina preparatória do momento presente.
Desde a invenção da telegrafia por Samuel Morse em 1843, nasceu junto a ideia de serem lançados cabos que atravessassem o Atlântico para utilizar a nova tecnologia e fomentar a comunicação com outra celeridade.
Charles Field, Charles Bright e os irmãos John e Jacob Brett, visualizaram a possibilidade futura e aceitaram o desafio no presente. Fundaram uma empresa para lançar o primeiro cabo submarino telegráfico intercontinental.
E marcaram historicamente a década de 1850 como o da conquista desse sonho, ao conseguirem, em 1858, ligar, por um cabo submarino, os Estados Unidos da América do Norte à Europa.
Feitos como esse consagram a afirmativa de que Inovar não é reformar.
Para se ter algo novo, é preciso parar de fazer o que é velho.
É necessário saber o que acontece hoje, a fim de adivinhar com inteligência sobre o amanhã, que deve ser iniciado agora.
Quando você faz o que sempre fez, você sempre receberá o que sempre recebeu.
A mudança requer flexibilidade no pensar:
- Sobre o nível organizacional: Novas estruturas de negócios precisam de novas maneiras de pensar, ou modelos mentais, com ressignificação de valores, de paradigmas.
- Sobre o gerenciamento: Os sistemas de gerência convergem para aquilo que é comum a todos eles: pessoas!
Qualquer sistema de gerência que não leve os sentimentos e esperanças das pessoas em consideração, não funcionará.
Confie nas pessoas, trate-as com grandeza e elas se apresentarão grandes.
Sustentamos que é preciso o despertar do sentimento humanitário nas pessoas, com o fim de restabelecer os relacionamentos em bases sólidas de sentimento de fraternidade e compromisso evolucionário de todos.
Todos se sentem bem ao serem tratados com cordialidade, respeito, amabilidade.
Isso é humanização dos relacionamentos.
No inconsciente das organizações prevalece a rejeição aos sentimentos em favor da racionalidade, e condiciona-se as decisões à frieza dos fatos, com se o colaborador deixasse de ser humano ao cruzar os limites do escritório ou da fábrica.
A vocação do homem é a vida. Também o é das organizações.
A empresa absorve, em média, um terço do tempo da vida humana. Não pode, assim, ser pensada apenas como matéria econômica e técnica, é humana e social.
É um ser coletivo vivo.
Um agente social, e como expressão de uma coletividade humana, não é um meio, é evento de vida, um fim em favor do progresso intelecto-moral.
Não se trabalha somente com o intuito de sobrevivência e ganhos financeiros, mas para encontrar e contribuir com a satisfação do sentido de nossas vidas.
O que ali fazemos é grande parte do que somos.
Quando não há, subjacente aos objetivos de ganho, o compromisso com o bem-estar geral e o esforço pela transcendência da racionalidade e individualismo para uma cultura de participação solidária e relacionamento fraterno, qualquer empreendimento tende a se tornar efêmero, passageiro.
Uma vez, sem o pilar do valor afetivo como base sólida das relações e das razões de existir, baseando-se apenas no fugidio fator do ganho a qualquer preço como meta, essa precariedade pode levar a ruína do empreendimento a qualquer momento,
- Sobre você: A liderança começa com a liderança de si mesmo. As pessoas que não podem se gerenciar no campo emocional, não terão condições de gerenciar os outros.
Você sente necessidades e carências físicas, psicológicas, emocionais, afetivas? As demais pessoas também.
As necessidades devem estar no radar de um líder lúcido: as de cada pessoa a sua volta, da equipe, da tarefa, e as suas, pessoais.
A maior qualidade de um líder para induzir a integração de cada um com todos, consigo mesmo e com o empreendimento, é o exemplo que ele mesmo dará quando pensar com flexibilidade, sentir com equilíbrio e agir com assertividade.
Liderança é uma palavra abstrata que esconde um verbo: liderar, agir.
A palavra “liderar” origina-se da raiz “trilha” ou “jornada”.
Portanto, os líderes levam as pessoas numa jornada em direção ao futuro. Que seja, então, engrandecedora do ser humano.
Narram as tradições que dentre os maiores oradores da Grécia Antiga, estavam Sócrates e Demóstenes.
Quando Sócrates discursava, os ouvintes reagiam e comentavam: “Que grande discurso, que boa lição.”
Quando Demóstenes terminava seu discurso, eles diziam: “Marchemos com ele.”
Dos dois, Demóstenes era o líder.
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