
Na ausência de um passado, não há personalidade, pois o que é a personalidade senão uma manifestação do passado no presente?
É desse passado que trazemos uma maneira de ser que hoje se expressa como, por exemplo, egoísta ou altruísta, orgulhoso ou humilde.
Por sua vez, a substância de nossa personalidade é alimentada pelo nosso pensar, nosso agir, nosso sentir, por nossos valores e crenças adotados.
O que manifestamos é fruto daquilo que os outros não veem em nós.
O movimento do catavento revela a ação do vento.
Esses fatores constitutivos da personalidade, apesar de invisíveis, são formadores de nosso modo de ser.
Eles nos movem, do mesmo modo que o que move o barco à vela é o vento – invisível.
Como sempre é, o invisível sustenta, move e dirige o que é visível.
Mesmo que o vento mude de direção, ajusta-se a posição das velas, e o barco segue seu destino.
Os ventos mudam de direção e faz com que tudo o que dele depender, precise de ajustes para bem aproveitá-lo.
Os ventos das mudanças chegaram!
Vamos mudar o que precisa ser mudado?
A personalidade, como uma reação do passado no presente, pode ser renovada e ser diferente.
A grande mudança começa no presente, agora!
Basta pensar diferente, abrir-se para o novo.
Uma janela sempre fechada faz com que a sala desconheça a luz do dia.
Deixarmos o passado e seus significados no seu devido lugar – no ontem – é o primeiro passo para a renovação.
Não importa o que abandonemos; tudo o que importa é aquilo a que continuemos a nos agarrar.
Não falamos em esquecer o passado. Não!
Se o esquecêssemos, nada seríamos hoje, além de um amontoado de carne e osso.
É não reprisar o passado!
É viver o presente!
A realidade para o indivíduo é determinada pelo contexto e não pelo conteúdo.
Toda experiência é como um eco; ocorre somente após cada evento.
A importância e o significado que dediquemos às experiências, fazem do evento uma circunstância construtiva ou não.
O passado é memória, uma sucessão de experiências.
Qual a característica do eco que ele ainda produz em nós?
Boa decisão: guardar do passado somente o que hoje sirva para um amanhã renovador, pois, visto sob esse aspecto, no passado está embutido o futuro.
Se o passado está em nós, o futuro também, assim como o fruto contém a semente.
Futuro não está lá longe para ser alcançado, germina e nasce em nós, de nós e para nós, quando queiramos.
Os dois estão emaranhados, eles não podem ser separados, pois sempre haverá um passado então experenciado e um futuro a ser permitido.
Porém, no futuro (o novo, um outro contexto), não tem lugar para embutir o passado (o velho, a repetição de experiências), ou não seria novo.
Saber escolher e colher os bons frutos de cada temporada é se satisfazer com inteligência.
Essa escolha e fruição se dá em momentos que chamamos presente!
Quem nós somos, é o resultado da nossa história.
Cada um de nós tem uma história interior que nos dá a forma de quem somos, dita os limites do nosso pensamento e define o nosso comportamento.
Falamos aqui, sim, em reescrever a nossa história pessoal, com consciência.
Nós podemos ir adiante, remodelados!
Por que da demora, da indecisão?
Reflexão, intenção, decisão, ação: despertar quem somos, saber o que desejamos.
Ou, melhor que diversos termos, uma síntese existencial: autodescoberta!
Aí está o melhor tipo de descoberta!
Não há infortúnio maior do que a incompreensão de nós mesmos ou de qualquer coisa.
Não há fortuna maior do que a compreensão.
Com a autodescoberta há um renascimento global de compreensão e consciência do que acontece agora em nós e em torno de nós e dos novos propósitos.
Conforme as pessoas liberam suas mentes e sua consciência, e com consciência se elevam, as perspectivas mudam (para cada um, para cada coisa e para o mundo).
Coração e cérebro se fundem num só destino!
Observemo-nos!
Analisemos nossas posturas e comportamentos.
Questionemo-nos em cada evento-vida-vivência:
– Agi certo?
– Causei contentamento ou descontentamento?
– Fui espontâneo, sincero e leal?
– Minha sinceridade aproxima ou faço dela grosseria que afasta?
– Faltei com respeito?
– Estou sendo egoísta?
– Quando vou deixar o orgulho de lado?
– Reconheço, compreendo e aceito o outro como ele é?
– Em que posso melhorar-me e melhorar meus relacionamentos?
– Diante das diferenças vejo oposição ou oportunidade de aprendizado?
– Ponto de vista por ponto de vista, tenho considerado as opiniões dos outros?
– Meus relacionamentos são alimentados com minha compreensão, colaboração, solidariedade, compartilhamento, renúncia?
– No meu mundo só existem as palavras “eu”, “meu”, ou também existem “nós”, “nosso”?
– Sou capaz de renunciar a uma alegria pessoal em prol da alegria de outra pessoa?
– Será que eu sei o que é sacrifício por um bem maior?
– Tenho coragem para enfrentar-me diante das mudanças necessárias?
– Conseguirei vencer-me, superando a velha personalidade, permitindo e adotando um novo ser?
Viva desde agora este momento presente, na ausência do passado…
Disponha-se a renovação!
Encontre-se como novo ser!
Ser o que é não requer esforço. Basta ser!
Aquele que está presente, aquele que está consciente, é, portanto, uno com cada momento-vida. Integra o momento, sem deixar de ser que é, assim como a gota d’água que cai no oceano.
Nenhuma autoridade, nenhum mestre, pode dar a alguém o que já se é.
Ser o que é, é viver naturalmente.
Para se viver naturalmente, sem julgamentos, onde todos são iguais, apesar das diferenças, também não requer esforço.
O esforço só é requerido para ser algo em particular, em separado.
Se queremos sentir o gosto da boca, pura e simplesmente, requer a eliminação de todos os gostos na boca.
Da mesma forma, conhecer o que se é requer a eliminação de tudo o que não se é.
Por que esperar para trabalhar o seu melhor vir a ser desejado, sem deixar de ser aquilo que já se é?
Comece, pois hoje é o dia e agora é o momento!
Vem! Não adie mais o seu encontro com seus melhores dias, com o seu melhor.
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Projeto INOVE – a vida sob novo prisma
O novo não é fruto de reforma, mas de inovação
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