Para os cegos, o mundo é a escuridão.
Para os surdos, o mundo é o silêncio.
O mundo é, portanto, o que os sentidos o tornam.
Por sua vez, o que os cinco sentidos registram é filtrado pela mente e, então, é com o que a mente interpreta.
A mente interpreta o mundo conforme as crenças e os valores existenciais de cada um.
E as crenças e valores intelecto-morais formam a identidade pessoal.
Com base na identidade é que o intelecto interpretará os dados da memória.
É como cada um olhar ao derredor com óculos e lentes de cores diferentes. A mesma paisagem com cores diversas.
A escala de valores existenciais, por sua vez, reflete a identidade própria de cada um.
Aquilo com o que nos identificamos, passa a ser nós.
No entanto, não nascemos com uma identidade. A identidade é uma ideia adquirida; impermanente, portanto.
Existe um conceito central – o “eu” – sobre o qual todo o resto é construído e forma a noção de uma identidade distinta que se destaca do mundo.
A nossa identidade é criada desde a infância: gênero, raça, religião, nacionalidade, etnia etc., além de tudo aquilo que, individualmente (escolhas) nos identificamos – hábitos (bons e maus), crenças e valores.
Dessa maneira, muito de nossa identidade é formada por ideias que não são nossas, que acabamos assimilando sem intenção e sem consciência.
Quantas identidades temporárias já tivemos? Para onde foram?
Da infância para a adolescência, para a juventude, para a idade adulta e então para a velhice. O que pode ser menos permanente do que uma identidade?
– A formação dela.
Em essência, nós somos aquilo anterior à essas aquisições todas.
Porém, a identidade constrói destino, o que não deixa de ser um sinal de alerta, afinal, nem tudo pelo que se vive é valor nosso, intencionalmente formado por nós mesmos. São valores dos outros.
Nesse caso, eu sou os outros, a caminho do que não escolhi…
Ver com clareza é não confundir a imaginação com a realidade.
Ser livre é viver liberto das opiniões dos outros.
Desidentificar-se do que não seja você, é ter domínio sobre você mesmo.
Desperto, sua consciência se manifestará de modo mais original e autêntico: você será você mesmo.
O seu legítimo contentamento enriquecerá suas emoções.
Você deve se perguntar, sempre dentro de um âmbito de interdependência saudável:
Como é que você quer viver a sua vida e o que lhe impede de viver a sua vida do jeito que você quer, sendo quem você é?
Falta conhecer-se melhor?
Como pode alguém encontrar a si mesmo?
Quem você é se revela na ausência de quem você não é.
Então dedique-se, conheça-se, aceite-se, supere-se, renove-se, que tal? De agora em diante outro novo ser despontando! E quantos aspectos a serem revistos…!
Reveja crenças, reavalie valores, e, com determinação e coragem, desidentifique-se de tudo o que não contribua com seu bem-estar emocional, e de todos os que não enriqueçam sua bagagem intelecto-moral, e de qualquer coisa contrária aos seus melhores propósitos.
Para alcançar esse entendimento e clareza, o fim do mal-entendido é o suficiente.
Ou seja, para conhecer a verdade, se empenhe em reconhecer o que é falso em você. Uma vez removido o que é falso, a verdade se destaca, iluminada pela clareza da nova visão.
A escuridão não resiste a luz.
Quando todas as nuvens desaparecem, o sol – o astro Rei – é revelado em todo o seu esplendor.
Não são só os fatos inusitados em sua vida que precisam de atenção, mas o que é comum, pois com o que nos é comum é que vivemos.
É seu tempo de viver a sua vida.
Pense como a vida é preciosa.
Valorize-a, vivendo-a intensamente com equilíbrio: emoção e razão.
Você pode ter caminhado um bom tanto como um reflexo de ideias alheias.
Tudo bem. O passado não é mais.
Valorize agora o seu despertar.
Agora é o momento de prosseguir com autenticidade e fidelidade.
Talvez você tenha sonhado um futuro com o sonho dos outros.
Sem problema. Agora é outro tempo.
A melhor coisa que você pode fazer para o futuro que você deseja, é viver com tudo que você tem, agora, no presente.
Agora você pode exercer uma força realmente positiva e duradoura no mundo ao seu redor, a partir de seu mundo íntimo: a sua força, revigorada com o pertencimento à sua própria vida.
Como fazer isso? – Siga o seu coração, seja quem realmente você é.
Ser o que é não requer prática, mas observação.
Você é único, embora necessite de absolutamente todos à sua volta, todos!
Pare por um instante e acalme seus pensamentos.
Olhe bem e veja o que você enxerga!
Você identifica uma vida cheia de possibilidades que se oferece para você.
Na dimensão das possibilidades, você vê sonhos que nascem, que são construídos, que são atingidos, e os que não se realizam.
Sim, no mundo há adversidades.
Afinal, viver é um desafio, aliás, o melhor deles.
No entanto, no mundo também há amor, bondade, alegria, êxito e… permanente ensejo de recomeço.
O amanhã é incerto… felizmente, pois isso significa que ele não está estabelecido e, por conseguinte, não tem contornos e limites para o quão belo e feliz você pode fazê-lo acontecer.
O agora é inteiramente seu e é exatamente como deveria ser.
Apague as ansiedades sobre o futuro, como quem assopra uma vela acesa em uma sala bem iluminada, portanto desnecessária.
É no presente que reside o futuro. O agora é a sala bem iluminada e tudo lhe mostra.
Ansiedade sobre um futuro que não é ainda, é ilusão.
Viva com tudo que você tem e como você é, no presente.
Seu coração sabe que você está aqui por uma razão superior e diz que você é capaz, desde que você o ouça em primeiro lugar.
Sinta-se mais vivo do que jamais imaginou.
Viver é sua graça. Bem viver é sua fortuna.
Experimente agora!
Cuide mais de você.
Não se cale quando deva falar. Não fale quando deva ficar em silêncio.
Não se entristeça por coisas pequenas, pois perderá minutos e horas preciosas.
Dê os abraços em quem sua alma pedir e que nada impeça a relação saudável com os entes amados.
Acostume-se em ser carinhoso e terno com todos.
Manifeste seu afeto aos seus amores. Eles podem saber o que você sente, mas nada como sentir o que você sente.
Não seja um cobrador de atenção; seja atencioso.
Passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece, volta o dia e que o encontre sempre melhor e mais saudável do que no dia anterior.
Por que reclamar do que não tem e não valorizar e usufruir o que já tem?
Deixe de se comparar com outros, especialmente com aqueles que possuem mais coisas do que você. Se precisar de comparativos materiais, experimente se comparar com aqueles que possuem menos coisas que você. Isso faria uma grande diferença!
A clareza existencial não exige desistir de todos os bens materiais. Tudo o que é necessário para a realização do essencial do existir é abandonar as próprias crenças errôneas, tirar-lhes o valor atual e perceber que são dispensáveis.
Clareza não é sobre adicionar, é sobre remover.
O real valor da existência não está na riqueza e quantidade de coisas impermanentes que se junte, mas nas experiências que enriqueçam o coração de valores imperecíveis e eternamente duradouros.
Por que então não perseguir o que é permanente em vez do que é impermanente?
Não passe pela vida. Viva-a com intensidade!
A atenção deve permanecer sobre o que é essencial.
Desligue o modo automático da simples sobrevivência. Aprenda a fazer mais pela vida e pelo bem viver.
Que a Vida e o Bem Viver caminhem lado a lado, integrados.
Não olhe para trás e diga: e agora? Olhe para frente e grite em alto e bom som: é tempo de construir. Por que não?
Hoje é tempo de renovação, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer o que tem, de falar que ama, de perdoar, de se autoperdoar, de aprender coisas novas e úteis, de reconhecer a importância sagrada de estar vivo.
Viva e inspire a beleza da vida ao seu redor!
Leitor amigo, pense: – Se você está lendo esta mensagem é porque você está no exato tempo de recomeçar.
Não perca tempo!
Agradeça a Vida, retribuindo-lhe com bem viver sempre.
Comece já!
Hoje é o dia, agora é o seu momento.
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Projeto INOVE – a vida sob novo prisma
O novo não é fruto de reforma, mas de inovação
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