FIM DO BAILE DE MÁSCARAS

Conquistando a realidade

A realidade existencial nem sempre tem a feição por nós vista no contexto em que vivemos e no afã de cada dia.

A começar do fato de que nossas escolhas e, por conseguinte, comportamentos, no geral, são influenciadas por terceiros ou intencionalmente copiadas, quer seja para nos sentirmos aceitos e parte de um grupo, nos apresentando como um igual, ou pela indiferença, ou pelo desinteresse em assumirmos nossa verdadeira identidade.

Isso nos leva por caminhos para os quais não estamos apetrechados, emocionalmente falando, pois não são os nossos caminhos, são caminhos dos outros, redundando, para nós, na maioria das vezes, em fracassos e insatisfações, pois não representam nossos desejos. Fingimos que são e nos encontramos onde não queríamos.

A insistência num modelo de vida onde não somos o roteirista, nem o protagonista, nos faz homens vazios, voejando na direção dos sopros alheios.

Pela falta de elementos próprios formadores de opinião e senso crítico, quando decidimos por algo, quase sempre é pelo “mesmismo” que a sociedade costuma fazer: distrair-se com coisas, iludir-se com as posses, consumir-se com os desvarios.

Quem nasceu para ser gigante, entrega-se à tribo dos liliputianos, reduzindo-se a comer, vestir, gozar, dormir, se reproduzir e seguir caminhando sem sair do lugar.

A semente que não vinga por não ser colocada no exercício do seu desiderato, de seu tropismo, perece sem nunca conhecer o prazer de gerar frutos e perpetuar-se com eles.

O fruto que deixa ainda verde sua ligação natural com a árvore que lhe sustenta a vida, não amadurece, apodrece, sem nunca ter podido sentir ou deixar sentirem o doce do seu néctar.

A pluma de algodão que se desprende prematuramente de sua planta original, voeja com o vento, ao sabor deste, sentindo-se livre, mas indo para lugar nenhum, sem nunca compor o tecido que vai agasalhar vidas, quando então receberia em prêmio o zelo e a higiene.

Chega o dia em que a vida não fruída como devido, provoca a queda das máscaras. As promessas e os sonhos acabam em pesadelos. As satisfações buscadas resultam em insatisfações. A alegria rapidamente se converte em tristeza. A saúde é vencida pela doença. O vazio existencial é tomado pela dor angustiosa no peito, sem saber o porquê.

Onde ontem a mentirosa satisfação imperava, hoje resta um estado de tédio.

Hora de transpor essa linha divisória rumo à autovalorização, ao autoencontro.

Para além dessa linha há novos horizontes, cuja caminhada será de conquistas duradouras, onde já não mais teremos apenas alguns momentos de bem-estar no meio da turbulência de emoções desequilibradas, mas sim vivenciaremos apenas alguns momentos de descompasso num quadro de harmonia predominante.

A cada novo passo, se descortinará a verdadeira face da realidade não encarada nos tempos passados, onde se verá a ética e a estética formando seu contorno, e os prazeres se voltarão para o belo, para o nobre e para o saudável.

O despertar da mente, enriquecida com novos conhecimentos, crenças, valores, se deparará com o desafio das sensações novas, levando ao despertar das emoções equilibradas.

É quando estaremos caminhando progressivamente para frente e para o alto, e o relógio do tempo mental finalmente marcará um novo tempo: o futuro que não tinha ainda chegado, por falta de oportunidade em nossas escolhas, pela anestesia das aspirações superiores e o decorrente aprisionamento no estágio inferior da consciência.

Com o amadurecimento psicológico, mental e emocional, vem o despertar da consciência, clareada pelas luzes da vida abundante que adentram o nosso íntimo, com o abrir das janelas das percepções, que nos faculta olhar para dentro de nós mesmos e para o mundo ao nosso derredor.

Aflora a sensibilidade, dando-nos nova visão para tudo aquilo que nos passava desapercebido até então, para cujo aproveitamento não é preciso ter, apenas ser e deixar-se pertencer: o reconforto de um sorriso, o desabrochar de uma flor, o nascer e o pôr do Sol, a lua em suas fases, o brilho das estrelas, a segurança de uma mão muito amiga, o calor de um abraço com os familiares, a suave sensação da paciência, a importância da tolerância, a essência da solidariedade, a completude da fraternidade, a permanência dos laços de amor, a compreensão para com os defeitos alheios, a necessidade em domarmos nossas más tendências, a conquista do equilíbrio emocional.

Transpor a linha divisória do estado de tédio para o mundo de realizações emocionais equilibradas, é questão de escolha.

A vida pode e deve ser vista sob novo prisma.

Enriquecer a mente de tesouros que a ferrugem não consumirá, é prática da inteligência lúcida.

Treinar novas maneiras de pensar, para encontrar novos comportamentos, é exercício para fortalecer o ânimo e a coragem, principalmente para vencer-se a si próprio.

Ter controle sobre você mesmo, assumindo a condição inadiável de ser agente promotor e inovador de seu próprio destino, o protagonista de seu efetivo papel na vida, como é devido, se torna medida urgente para profilaxia do coração.

Oportunizar-se melhor qualidade de vida, é opção única para quem deseja ser saudável e sonha com bem-estar duradouro.

O novo horizonte para além da linha divisória não somente altera a paisagem, mas os valores existenciais nas suas raízes, sem apresentar obstáculos intransponíveis para se alcançar a real satisfação, a que traz plenitude emocional, segurança comportamental, harmonia nas relações, estabilidade afetiva, valorização do bom e do bem.

Aceitemos os desafios da nova vida serenamente, superemos as resistências internas e externas, aceitemos que precisamos mudar para melhor, nos permitamos evoluir para estágios superiores da consciência, procuremos quem pode nos ajudar o crescimento moral, nos aclimatemos às boas ideias e práticas nobres.

A vida sob esse novo prisma nos diz que a felicidade é ponto final.

Neste exato momento, ponhamos um ponto encerrando o atual e último parágrafo de nossa velha e insatisfatória vida, passando de imediato para um novo e renovador capítulo, iniciando-o assim: Eu quero, eu posso, é possível, é devido… vou fazer!

Hoje é o dia! Agora é o momento!

Ontem anseio.  Amanhã mudança. Hoje oportunidade.

Ontem foi. Amanhã será. Hoje é.

Um provérbio chinês diz: O passado é história, o futuro é mistério, e hoje é uma dádiva. Por isso é chamado de presente.

O Mestre Perfeito um dia falou: vocês que sabem essas coisas, bem-aventurados serão se as fizerem.

Entre o saber e o fazer, construamos a ponte do querer com determinação e coragem de mudar o que for preciso, da vontade férrea, da persistência.

Retiremos as máscaras, pois são elas que estão nos infelicitando; rasguemos as fantasias dissolventes, pois são elas que estão nos consumindo, agrilhoando-nos no mundo do faz-de-conta, enquanto o tempo passa, acelerando a chegada do futuro para o qual não nos preparamos, levando tudo rapidamente para o passado, onde não poderemos voltar para refazer. Quem quiser que faça o mesmo, a critério de cada um.

Para nós, o baile de máscaras acabou…

Nos posicionemos desde agora sob a injunção de uma nova vida.

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Projeto INOVE – A vida sob um novo prisma

www.projeto-inove.com.br

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