FAZER MAIS POR NÓS MESMOS

Conheça-se, controle-se, dedique-se. – Ditado grego

Todos adotamos, conscientemente ou não, modelos que reproduzimos ao pensar e ao fazer, na generalidade de nosso existir.

Mesmo sem saber, são padrões que seguimos, nos quais esquematizamos nosso dia a dia nos moldes que nos servem de referência.

São os chamados paradigmas, formados pelas nossas crenças e valores assumidos, que ditam nosso comportamento existencial, qualquer que seja ele.

Os paradigmas são quais marcos de referência que fincados na estrada da vida marcam o caminho que trilhamos. São eles fatores que preponderam em nosso estado de consciência no momento-vida que experimentamos.

Podem ser vistos ainda como uma lente através da qual vemos o mundo. Se azul, o nosso mundo será azul, sem espaço para discussões.

Ou ainda podemos ver os paradigmas como um mapa de uma região ou cidade, que nós mesmos fomos os cartógrafos. Se todos os traçados lançados nesse mapa forem exatos, o mapa será preciso, o que nos dará segurança de caminhada, independente de nossa localização naquela região.

Se o mapa for inexato, não fará diferença o quanto nos empenhemos para achar nosso destino ou o como pensemos de modo positivo; continuaremos perdidos.

Se pretendemos pequenas mudanças comportamentais, bastam alguns ajustes das atitudes, e conseguiremos resultado esperado.

Se, no entanto, desejamos aprimoramentos significativos, precisamos ir mais fundo, trabalhar em nossos paradigmas, nas raízes de nossos modelos, alterar o molde, as concepções básicas. É como mudar os marcos fincados numa estrada, e dar-lhe outra direção.

Isso se dá conosco, ou por deliberação consciente, ou por força das ocorrências, como no caso, por exemplo, de um problema de saúde que nos obrigue a adoção de dieta alimentar específica, fortemente distinta da que era nosso hábito.

Mais dia, menos dia, todos temos insights ou ocorrências que provocam transformações de paradigmas.

Transformação. Precisamos constantemente estar em transformação. Não podemos levar ao mundo o mesmo ser desgastado e esperar que o mundo seja novo para nós.

É voz corrente que a melhor maneira de prever o nosso futuro é criá-lo, de modo consciente, intencional.

Michelangelo concebia suas obras de estatuária em sua imaginação e, segundo ele, visualizava-as no bloco de mármore e, então, simplesmente retirava do bloco de mármore tudo que não era necessário.

A intenção é força que movimenta o mundo das realizações.

O que vai modificar nossa realidade é o nosso entendimento e percepção das coisas.

A realidade não pode ser definida, só pode ser experimentada.

Ao voltarmo-nos para nós mesmos com mais determinação e insistência, numa autoanálise profunda, identificaremos os padrões que energizam nossa vida, ou desenergizam-na.

Olhar para fora de nós mesmos é distração, é sonhar. Olhar para dentro é despertar.

Ouçamos nosso coração para sairmos do aprisionamento das ilusões formadas pelas falsas crenças que estruturam os nossos padrões comportamentais, e, seja qual for o sacrifício (tornar sagrado nosso pensar e agir) necessário, modifiquemos posturas, renovemos nosso pensar, que ensejará nova ação do sentir e inovação no agir.

Dediquemos um pouco de tempo todos os dias a observar o conteúdo da nossa mente.  Este ato de observar, embora extremamente simples, é uma das medidas mais poderosas que nós podemos tomar para efetuar mudanças. Nós não podemos mudar o que nós não vemos.

Tenhamos em mente que, muitas vezes, a felicidade está em nossa capacidade de subordinar o que desejamos agora ao que desejamos no final. O processo de subordinar o prazer de hoje em prol de um bem maior logo adiante, é a disciplina que carecemos adotar, a fim de realizarmos a visão de futuro que traçamos.

Quem nunca sacrificou um bem presente em prol de outro futuro, ou um bem pessoal a outro geral, só pode falar de felicidade como o cego fala da cor.

Objetivos evolucionários nos fazem bem utilizar nossos talentos, e mudar rumos, habilidades, hábitos e o que mais for preciso para podermos alcançá-lo.

Não confundir habilidades pessoais com talento. As habilidades não são talentos. Mas os talentos requerem habilidade.

O talento é motivo para se fazer, A habilidade é como fazer.

O talento é “porquê” e a habilidade é “como”.

O talento é o já aprendido, capaz de transformar o invisível da imaginação, no visível da criação, com uso da habilidade no fazimento.

Onde estiver os nossos talentos em aplicação, ali estará nossa paixão.

Fundamental para despertar paixão em nossa vida é descobrir nossos talentos exclusivos e nosso papel e propósito no mundo.

Nosso “fogo” vem de dentro, não de fora de nós. A motivação é interna, não externa.

A motivação emerge do reconhecimento e manifestação das necessidades, como a sede nos faz buscar água, a atravessar um deserto se for preciso, até encontrá-la.

A consciência é essa pequena, mas decisiva voz interior a dizer-nos da importância e necessidade de mudanças.

É calma. Enaltece o sacrifício, que significa renunciar a algo bom em favor de algo melhor. Sacrifício é tornar sagrado o ato e não se colocar em holocausto pessoal, como erroneamente é considerado.

A consciência desperta nos convida a superação, aponta-nos que o máximo é possível e suplantar limites é da natureza em geral, da qual fazemos parte.

Se uma pessoa transcende todas as limitações, abandona todos os receios, e traz à tona o puro espírito interior, uma vez que o receio desponta quando se tem limite a transpor, desconhecido a enfrentar. A autossuperação leva-nos ao nosso verdadeiro Eu.

A consciência ampliada subordina o nosso ego a um propósito, a uma causa ou a um princípio mais alto.

O estado superior da consciência nos ensina que os fins e os meios são inseparáveis, que os fins na verdade são anteriores aos meios.

Se sabemos onde queremos ir, saberemos do preparo que precisamos implementar.

Os meios usados para atingir os fins são tão importantes quanto os próprios fins.

Ao nos vermos em nossa verdadeira grandeza existencial, como pessoa integral que somos, formadas de mente, corpo, coração e espírito ou consciência, concluiremos que é imprescindível, para uma vida saudável, em toda amplitude que esta expressão enseja, que atendamo-nos, com atenção e zelo, o todo que somos, e valorizemos cada aspecto de nosso ser, que melhor se manifestará sempre que estejamos em consonância com essa nossa integralidade.

De modo prático, destaquemos dois aspectos comuns a todos nós, que são essenciais à vida, porém recebem de nós pouca atenção, em nome do bem-estar: alimentação e respiração.

Atentemos para a alimentação quanto qualidade, quantidade, combinação de nutrientes, necessidades diárias, combinação de sabores que tragam satisfação, tempo em cada refeição e outros pontos.

Se houver o quê, e se nos for possível melhorar cada dia mais a qualidade alimentar, o façamos com desvelo.

Quanto a respiração, aprendamos a prática milenar da China, da Índia e outros países orientais, que trabalha a eficiência do ar (Chi Kung) no corpo físico, que equilibra emoções e sensações, mobilidade e harmonia orgânica, beneficiando, em suma, mente e corpo, independente de idade e sexo.

Respirar é ato automático. Saber fazê-lo com benefício amplo é escolha e esforço pessoal.

Descobrir novos caminhos é ação da mente.

Alinhar nosso existir com o bem-estar real, é benefício ao corpo.

Fortalecer atitudes que externem o bem, o bom e o belo, é iluminar o coração.

Nada é verdadeiramente aprendido enquanto não é vivido.

A primeira coisa que devemos saber é o que não fazer.

Modelar paradigmas para a felicidade, é discernimento, é clareza mental, é almejar o máximo do possível, o melhor do que já somos, a visão focada no que devemos ser, a totalidade pessoal ao nosso alcance.

Visão amplificada do conjunto, disciplina mental, emocional e comportamental, propósitos edificantes, paixão pelo nobre e consciência consciente de cada pensamento, sentimento e atitude, são pilares que sustentam o mundo exitoso e rico de equilíbrio e paz.

O bom começo está em saber o que se quer, uma vez que, geralmente, nossos desejos são aleatórios, repetitivos ou obsessivos, e tudo isso é um desperdício de energia.

Assertivamente, desejemos o melhor e façamos mais por nós.

Isso é liberdade: fazer o que se quer, porque se quer, não apenas porque se deve fazer.

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