Cada um de nós tem dentro de si, conscientemente ou não, vários modelos de personalidade, que agem como subpersonalidades ou em forma de ideais, que provocam permanente conflito.
Vejamos, em síntese:
O que acreditamos que somos.
O que gostaríamos de ser.
O que gostaríamos de parecer aos outros.
O que os outros acreditam que somos.
O que os outros gostariam que fôssemos.
O que os outros nos fazem aceitar que somos.
Finalmente, o que podemos nos tornar.
São quais máscaras usadas conforme o papel a ser desempenhado em dado momento ou circunstância e o que dite a conveniência.
Quando do enfrentamento de conflitos transtornantes, em nome do bem-estar desejado, nos é asseverada a necessidade de, preliminarmente, nos tornarmos quem somos.
Decorrente dessa ação vem um certo aturdimento por não considerarmos que ser como estamos sendo, não seja o nosso verdadeiro ser.
Que o diga a moda que vestimos, a cor do carro que compramos, os produtos que consumimos, as gírias que adotamos, as notícias que nos são impostas, os gostos que elegem para nós, o turismo que fazemos programados por outros, os valores sociais formados por terceiros que assumimos, a estrutura social que nos enquadra, as rotinas que criamos, as mesmas distrações que nos oferecem.
Quando não pensamos e decidimos por nós e para nós, outros o fazem por nós e acabamos por viver a vida deles como se fosse nossa.
Permanecer nesse contexto, viver os outros em nós, tira da vida seu significado maior, deixa de ter importância, e nos vemos num vazio existencial, sem motivo forte para acordar cada manhã.
Para os insatisfeitos com esse estado vigente das coisas, com disposição e desejo de melhor qualidade de vida, a hora é de desaprender as personalidades “estrangeiras” em seu continente da alma, e reaprender quem se é de fato.
Esse despertar interior traz consigo um insight sobre o significado e o propósito da vida; dissipa muitas dúvidas, fornece a solução de muitos problemas e proporciona um sentimento de segurança; aumenta a compreensão de que a vida é uma e envolve seus semelhantes e toda a criação.
É o acordar de um novo ego, um novo ser.
Tempo de redescobrir a autêntica personalidade e girar em torno do novo centro de interesse: ser, como finalidade existencial primeira, e ter, como meio de sobrevivência e experiência.
Alcançar o novo centro de interesse existencial, pede abertura de caminho entre as personalidades estranhas, os modelos que adotamos, em busca da nossa essência, o Si mesmo.
As pérolas são encontradas nas ostras nas profundezas dos oceanos e para encontrá-las é preciso mergulhar fundo.
O encontro com a essência é o encontro da substância da existência.
Da flor, absorvemos seu perfume.
Do fruto, aproveitamos seus nutrientes e vitaminas.
Essência é a parte mais importante de alguma coisa.
Portanto, adotar modelo de vida saudável tem início ao enriquecer o pensar e o sentir com aquilo que seja relativo à natureza nuclear das coisas, promotoras do bem, do belo, do justo, do nobre, do imortal.
Somos dominados por tudo aquilo com que o nosso Eu se identificou.
Nos diz Bert Hellinger: “não é o muito que sacia, e sim o essencial”.
Mudar a forma de pensar é mudar nossas vidas.
“Quem não for capaz de mudar o próprio tecido de seus pensamentos, nunca será capaz de mudar a realidade e, portanto, nunca fará progressos”, afirmou Anwar Sadat, presidente do Egito de 1970 a 1981 e recebedor do Prêmio Nobel da Paz de 1978.
Não somos produto da natureza nem da criação; somos um produto das nossas escolhas.
A poetisa Ella Wheeler Wilcox alinhavou:
“Um barco navega para o leste e o outro para o oeste, levados pelo mesmo vento.
“É a posição das velas e não a ventania que nos dá o rumo.
“Como os ventos no mar, assim é o destino; e quando viajamos pela vida, é a posição da alma que decide seu rumo, não a calmaria nem a rivalidade.”
No silêncio entre um pensamento e o seguinte, é que mora a liberdade de escolher.
Há sempre espaço mental e emocional entre estímulo e resposta, onde se encontram as infinitas alternativas à nossa escolha.
“Inserir” entre o impulso e a ação uma fase de reflexão, de consideração mental da situação, e de análise crítica desse impulso, e tentar perceber sua origem, sua fonte, e seletivamente, então, adotá-lo ou não, é providência imprescindível do bom-senso.
Usar com sabedoria essa liberdade e embasar nossas escolhas em princípios como respeito, responsabilidade, fidelidade, transparência, autenticidade, honestidade, direito à vida, à educação, ao labor, entre outros, trará o equilíbrio e o bem-estar como resultado.
Podemos e devemos trabalhar o nosso autoencontro com o vir a ser!
Tomar a iniciativa da mudança em busca da autoidentidade, exige visão, um padrão a ser atingido ou um aprimoramento a ser feito. Exige disciplina no fazer.
Exige colocar nosso coração e nossa paixão no que realizamos e fazê-lo de acordo com a consciência, embasados em diretrizes nobres, com vistas a um fim meritório.
É o uso da inteligência em nosso favor.
Por outro lado, ausência de autoidentidade é ausência de motivações à autossuperação, ao trabalho diário, ao esforço para a preservação da saúde, ao empenho para a busca da felicidade, ao devotamento pela constituição da família, ao desejo da renovação moral… É uma vida sem vida!
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