Do Cérebro à Consciência – A Profundidade da Mente Humana

Uma palavra contém tudo, mas não diz tudo.

Uma única palavra pode conter um universo de significados, mas muitas vezes não consegue expressar tudo o que desejamos transmitir.

Isso é especialmente verdadeiro quando se trata, por exemplo, das palavras “mente” e “pensamento”. Embora comumente utilizadas como sinônimos em nosso dia a dia, é fundamental compreender que cada uma delas possui um significado próprio, muitas vezes escondido nas entrelinhas.

As palavras tentam capturar o mundo, a mente tenta compreender o mundo, mas ambas têm limitações. A verdade completa não pode ser expressa em palavras, mas compreendida pelo sentir superior. O vento da sabedoria não pode ser aprisionado em uma caixa feita de letras ou imagens.

Vamos explorar essa diferença de forma clara e simples, sem deixar de considerar a mensagem das emoções nobres que devem revestir com o vigor da vida a frieza das palavras.

Nos preparemos para adentrar o fascinante mundo da mente e do pensamento, e descubramos como eles influenciam nossa percepção da realidade e nosso potencial para a mudança.

O pensamento é mais do que uma simples atividade cerebral. Ele é a manifestação do anseio da consciência pura, do ser espiritual ou do Eu Superior, conforme se prefira chamar essa ação nos seres humanos. Em outras palavras, não é uma criação do corpo, mas sim a expressão de algo mais profundo. O cérebro físico age como um decodificador desses pensamentos, mas não os cria por si só.

O pensamento vai além da atividade cerebral e se subordina à nossa essência espiritual.

A mente, por outro lado, é como uma oficina de pensamentos. Ela processa a intenção da inteligência interior, a consciência.

A mente é muito mais abrangente do que o pensamento, é sua fonte.

Tanto um como outro, e mais outros, são dimensões do campo mental, este que tem o poder na construção de quem somos.

A dimensão mais evidente do campo mental é o intelecto.

O intelecto é como um portal da inteligência para o mundo externo. É através do intelecto que registramos o mundo, aprendemos a viver nele e, eventualmente, desejamos transcender as limitações do mundo que nos cerca.

O intelecto nos relaciona com o entorno e facilita nossa sobrevivência ao organizar o mundo.

É fundamental compreender o papel dos nossos cinco sentidos. Eles fornecem dados que alimentam nosso intelecto, mas há um truque: nossos sentidos só podem perceber uma parte de cada vez, e é através da comparação que construímos nosso entendimento.

Nossa jornada de aprendizado é guiada pela comparação.

O intelecto é dual, assim como nossa percepção sensorial. Podemos comparar isso com olhar apenas um lado da mão: só conseguimos enxergar uma parte de cada vez. Os órgãos dos sentidos dependem dessa comparação para serem úteis.

É por isso que sabemos o que é luz porque há escuridão, o que é som porque há silêncio, e o que é calor porque há frio.

Pense em como você se vê em relação aos outros. Em uma sociedade onde você é mais alto do que a maioria das pessoas, você se sentirá alto. No entanto, em uma sociedade onde todos são mais altos, você se sentirá baixo. Isso ilustra como nossa percepção é relativa e moldada pela comparação.

Assim para tudo no existir. O mundo é de conformidade com a visão de cada um.

Mas e se quisermos ir além da mera sobrevivência? E se quisermos explorar a verdadeira natureza da existência? Sem problemas, basta se dispor. No entanto, nossos sentidos não são suficientes para essa jornada

É aqui que entra outra dimensão do campo mental, que se distancia das sensações sensoriais: a identidade.

Quando nos identificamos com algo – seja uma crença, uma cultura, uma religião ou qualquer outra coisa – isso nos qualifica e nosso intelecto age para proteger e defender essa identidade.

O intelecto precisa da identidade, e forte, como ponto de referência, pois o intelecto não pode funcionar sem um banco de memória. E, de fato, a identidade é também alimentada por memórias.

Outra dimensão é o “silo de memórias”, que inclui memórias genéticas, intelectuais, emocionais, corporais, evolutivas, conscientes e inconscientes e outras.

Essas memórias registram nossas experiências ao longo da vida, e estão à disposição da mente, das identidades e do intelecto.

Nosso pensar, sentir e agir se abastecem nesse celeiro.

É princípio existencial: o homem se torna aquilo que cultiva na mente.

Por conseguinte: mude como você vê as coisas e seu mundo mudará!

Nossa mente reflete o Eu Superior e molda nossos ideais, forma e vida. Ela é a essência do nosso pensamento, mas não se limita a ele.

O caminho do conhecimento prossegue e nos permite muitas deduções.

Ao buscar sabedoria transcendente, embarcamos em uma jornada além do alcance da mente. Somente quando nos libertamos de preconceitos, o verdadeiro conhecimento se revela. Razão para nos abrirmos para o novo!

Continuemos.

O pensamento é função da mente.

Quando a mente está em repouso, encontramos a harmonia, a paz e a quietude.

O silêncio, quietude ou vazio mental, não é um estado para se temer, mas um santuário a ser encontrado!

A mente, agitada ou calma, é moldada por condicionamentos, mas a verdadeira origem está no incondicionado. A base é a quietude. A chave está em acalmar nossa mente, direcionar os pensamentos e encontrar o equilíbrio.

Quando a mente está quieta, como a água sem ondulações, ela é serena. Sem pensamentos, julgamentos, ou preocupações, ela é verdadeiramente livre. Livre de tudo…

É certo afirmar: sossegue o pensar, acalme a mente, e trará o céu à terra…, ou, até mesmo, fará da Terra um céu!

O pensamento é uma força que se transforma em ação, seguindo a direção, intensidade e significado que lhe conferirmos.

O significado, por sua vez, é emanação da aspiração íntima, do interesse, expectativa que indica direcionamento, motivo para sua duração e força que estabelece sua constância e permanência.

Já, os nossos interesses direcionam nossa atenção e presença ativa, moldando a energia que estrutura nossa vida.

Tudo se encadeia. Porém, constatar o Todo para viver assertivamente, pede nosso autodescobrimento, nossa consciência existencial.

Na faixa vibratória na qual localizemos nossa mente, daí hauriremos a correspondente energia. Portanto, devemos ser conscientes do que pensamos, aspiramos, dizemos e fazemos.

Abramos os olhos! Quando vemos o que está acontecendo, qualquer nova ação a ser tomada será mais assertiva.

Aprendamos a comandar a mente, e o ritmo de nossa existência se alterará em profundidade.

Quando a mente estiver desperta e a atenção se tornar plena, serão fundamentais para o processo.

A meditação é uma ferramenta valiosa para cultivar uma mente centrada e desperta, permitindo-nos usar nossa mente como um instrumento poderoso. Aliás, sobre este ponto, voltaremos a falar mais a respeito em outros artigos, em breve.

A meditação é uma maneira segura de alcançar esse estágio e cuidar bem de nossas forças mentais.

Exercitemos nossa mente desperta, imprimamos ideais otimistas, preparemos o campo para o nascimento da saúde, habilitemo-nos para o trabalho construtivo do amanhã melhor, pavimentemos a estrada que leva à paz!

Simplifiquemos nosso viver, nossas expectativas. Esvaziemos nossos anseios exagerados e o que esteja em desconformidade com nossa nova visão da vida.

O ser humano não é completamente moldado por circunstâncias externas; ele tem o poder de forjar seu próprio destino. Em suma, não somos meros espectadores de nossas vidas, mas sim os autores ativos de nossa existência, determinando continuamente quem seremos no próximo capítulo, o que nos tornaremos no próximo momento.

Em última análise, a mente é ferramenta poderosa que usamos para moldar nossas vidas.

Sem uma mentalidade renovada, esforço para mudar e disposição para crescer, permanecemos em uma prisão sem grades. A escolha é nossa.

Na dinâmica do progresso, o estímulo é para evoluir! Eventuais paradas só para manutenção e revisão de curso.

Agora, é hora de agir, de sair da caverna da acomodação castradora, de deixar de ser mero espectador e assumirmos o papel de agentes de nosso destino, criando a vida que desejamos.

Compreender a profundidade da mente e do pensamento é o primeiro passo para desbloquear todo o nosso potencial e viver uma vida mais consciente e significativa.

Abramos espaço para uma nova visão da vida.

Despertemos nossa mente, ousemos explorar o desconhecido e encontraremos a liberdade dentro de nós mesmo para agir.

Nossa jornada está apenas começando…

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Projeto INOVE – a vida sob novo prisma

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