Aquilo com o que nos identificamos, impressiona o coração e a mente, permanece, faz morada, nos envolve e retém, fomenta, age, influencia, direciona, e nos conduz, até que haja a sua desidentificação.
A nossa personalidade é composta por nossos valores que nos permitem pensar, agir e sentir. Isso nos alimentará desenvolvendo nossos sentimentos.
Eis aí nosso estado de ser. Pontual, mutável, porém marcante.
Tal qual a qualidade, a positividade ou não, dessas identificações, serão o efeito que elas produzirão em nosso psiquismo e, por conseguinte, em nosso corpo: bem ou mal-estar, satisfação ou insatisfação, alegria ou tristeza, ânimo ou desânimo, saúde ou doença.
Você é o que absorve, assimila e metaboliza.
Cada um desses aspectos gerais em forma de dor e sofrimento, alegria e bem-estar, não vêm por si; respondem ao nosso chamado, pela ação ou pela omissão, pela adoção e identificação.
Cada sentimento perdura pulsante pelo tempo que lhe dediquemos atenção e interesse.
A realidade da interação mente-corpo-mente, desde muito tempo demonstrada pela sabedoria ancestral, hoje é reconhecida, considerada e praticada no âmbito da nova ciência.
Faça uma pausa!
Dê uma olhada em sua vida por um momento.
Escute seus pensamentos, ouça o seu coração, examine seu comportamento, analise seus interesses, avalie seu grau de atenção sobre você, ou seja, reflita sobre seu modo de viver, de se relacionar e seu estado de ser.
Qualifique seu estado emocional, seu nível de estresse, sua satisfação existencial, sua saúde, seu estado de espírito, seu quadro relacional familiar, social e afetivo.
Esses e outros fatores de sua personalidade, mensuram a sua qualidade de vida.
Em nosso passado escolhemos identificações, crenças e valores, os agentes criadores de nosso estado de ser atual.
Responda para você mesmo:
Até que ponto o passado hoje domina nosso presente?
O que fomos, anulará quem desejamos ser?
Com sabedoria, recomenda-nos quem entende do assunto:
– Você deve observar e prestar atenção às emoções que alimentam seu coração e pelas quais vive diariamente, e decidir se viver de acordo com essas emoções repetidamente, lhe é plenificador.
Suas rotinas e hábitos exigem permanente revisão, pois acontecem com a “chave” virada para o automático, e deixam de receber atenção consciente.
Para aquele que é desatento, os sabiás desse ano parecem os sabiás do ano passado.
Se esse estado automatizado de ser se generaliza para o modo de viver, impede e estanca a consciência da natureza espiritual, da realidade existencial, a menos que a consciência seja trazida novamente para o estado de atenção, o que se dá quase sempre pela dor e sofrimentos.
Você está disposto a isso, ou prefere passar longe desses incômodos?
Ao sentir a necessidade de mudanças, elimine qualquer resistência, aja em seu favor, mude!
Esse desapego acontece sem deixar rastros. Ele não é feito pela pessoa, mas é efeito de uma pessoa dedicada a se perceber.
Aquele que não vê claramente acredita que o sol apaga as estrelas.
Aquele que sabe quem é, sabe o de que necessita, não confunde a ilusão com a realidade.
A criação de algo novo é consumado pelo intelecto, mas despertado pelo instinto de uma necessidade pessoal. A mente criativa age sobre algo que ela ama, anotou Carl G. Jung.
Onde estiver seu interesse, estará sua atenção.
Onde estiver seus valores, ali estará seu coração.
Momento de renascer!
A maioria das pessoas tenta criar nova realidade pessoal com a mesma velha personalidade, e isso não funciona.
Para mudar sua vida, você precisa literalmente se tornar outra pessoa.
Uma realidade pessoal – uma nova vida com qualidade existencial remodelada, saudável e prazerosa, útil e edificante – começa com o exame e aceitação de mudança, com o pensar sobre os pensamentos que você tem se permitido e, efetivamente, mudá-los, se estiverem em desacordo com os novos propósitos.
Desligue o piloto automático do existir. Assuma o controle do seu viver!
Você deve se tornar consciente de comportamentos inconscientes que o levam às experiências diárias que desagradam, e, a partir daí, inovar pensamentos, sentimentos e ações.
Falamos inovar, não reformar.
Reforma e reciclagem conservam o velho.
Novos pensamentos retos levarão a novas escolhas acertadas.
Novas escolhas levarão a novos comportamentos saudáveis.
Novos comportamentos levarão a novas experiências edificantes.
Esse é o ciclo existencial, que pode ser virtuoso ou vicioso, evolucionário ou estacionário, conforme suas escolhas.
Essas experiências novas trarão outras emoções superiores, ainda não sentidas, que o levarão a pensar de novas maneiras, além do comum e da finitude da vida.
Eis que o bem viver se faz mais do que simplesmente estar vivo!
Quando estar vivo é sentir-se vivo, presente, ativo e participativo.
É reconhecer o poder do agora, onde tudo está e de onde tudo acontece.
Isso se chama renovação existencial, por descobrir o significado de vida abundante e rica de infinitas possibilidades.
Sua mente e seu corpo lhe agradecerão.
Seu estado de ser se revestirá de ânimo.
Seus estímulos vivenciais buscarão naturalmente o bom, o belo, o nobre, o justo, o imortal.
Pensamento é energia, enriquecida com a qualidade do seu estado de ser.
Com essa energia e sua qualidade emocional, você cria a dinâmica cerebral, que ativa os circuitos neurais e gera a química cerebral, o que afeta o funcionamento do seu corpo e, esse mesmo processo, sinaliza os genes, no que resulta bem ou mal-estar, boa ou má formação, plenitude de funcionamento dos sistemas ou desequilíbrios nos processos do interior corporal.
Seu corpo reflete como você é.
Em termos práticos, assumir e viver no presente, no aqui e agora, não trata de suprimir o passado e sua memória. Só não fazer dele um fardo que pese nas suas costas.
A supressão é uma falta de aceitação, uma tentativa de anular o que é natural. Nesse caso não se suprime, se comprime.
Conhecer-se, aceitar-se e superar-se é o lema a ser adotado.
O presente está em você a todo momento. O passado não é mais. O futuro não é ainda.
No presente você é livre para escolher: medo ou amor, separação ou unidade, sofrimento ou felicidade, renovação ou hábito, autoestima ou dúvida, segurança ou insegurança, conforto ou estresse, aceitação ou resistência, consciência ou inconsciência.
O futuro, por sua vez, só se manifestará após retiradas as estruturas comportamentais velhas que forem derrubadas; após rompidos os grilhões dos apegos das coisas, e apagados, pelo perdão, autoperdão e esquecimentos dos dramas perpetuados.
O homem insensato troca a experiência da vida – o aqui e agora – pelo tempo e atenção gastos para lamentar o passado, desejar um futuro não sabido melhor, achar o agora “tudo errado”.
A fragrância das flores de uma macieira, o sorriso de uma criança, o azul do céu, tudo sacrificado no altar das preocupações mentais, pelo que já foi ou por aquilo que talvez nem aconteça.
Que desperdício!
A vida lúcida é uma vida em equilíbrio.
Vida saudável é o natural da vida.
Assim comentou Wu Hsin, antigo pensador chinês, que, acredita-se, nasceu durante o Período dos Estados Combatentes (403-221 a.C.):
“O peixe recém-nascido não aprende a nadar, ele simplesmente nada.
“O nadar surge do estado natural das coisas.
“Permanecendo no que é natural, não se pode cometer erros”.
Quando os portais da percepção estão limpos pela lucidez do discernimento, as infinitas possibilidades para o bem-estar duradouro são reveladas e ao alcance de todos.
Não se pode curar uma doença simplesmente pelo repetir a palavra “remédio”.
Seja assertivo. Tome atitude!
Tratar sintomas, não cura a doença. O mal desaparece com a causa removida, não apenas suprimida.
Faça por você!
Pensamentos, sentimentos e percepções não desejados, podem surgir espontaneamente e desaparecerão naturalmente, se não forem alimentados.
Reivindicar a propriedade deles é o erro.
Permita que eles surjam e se manifestem, sem torná-los seus.
Sentimentos indesejados podem eclodir. Acolha-os, mas não precisa lhes servir chá e cobri-los de atenção.
Problemas existenciais podem bater à porta de suas ocupações, receba-os, mas não tem por que convidá-los a se sentarem e nem fazer sala para eles.
Desperte sua atenção, sua consciência, e encerre a busca.
A procura termina quando o peixe compreende a inutilidade de procurar o oceano, conforme citação de Wu Hsin.
O que precisa ser conhecido não é o que a mente pensa.
O que precisa ser conhecido é aquilo por meio do qual a mente pensa.
Tudo começa na mente!
Você é o ser pensante, que tem uma mente, mas não é a mente.
Criar nossa mente da maneira que queremos é a base para termos um corpo que queremos e criarmos um mundo do jeito que queremos.
Decida-se pelo melhor!
Sidarta, o Buda, recomenda:
“Não acredite em algo simplesmente porque ouviu.
“Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito.
“Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos.
“Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade.
“Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração.
“Mas, depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão e que conduz ao bem e benefício de todos, aceite-o e viva-o”.
Não diga: “eu gostei”. Afirme: “eu quero”.
Não diga: “vou tentar”. Afirme: “vou mudar”.
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