Observemos a Natureza:
Diante de todos os eventos que lhe são próprios, sempre age para o reajustamento da harmonia e para a vitória do equilíbrio.
Uma tempestade pode causar destruição das paisagens. Logo em seguida se congregam as forças da vida para a obra do refazimento.
O lamaçal recebe a luz do Sol e se transforma em utilidade.
A umidade do sereno se deposita nos ramos. O vento vem e acaricia o arvoredo, lhe enxuga os ramos e lhe fortalece o caule.
Silencia a voz do trovão e chega o cântico das aves.
A enxurrada visita a planície, e esta, sem se revoltar, converte tudo em adubo precioso.
O ar que suporta o peso das nuvens e o choque da faísca destruidora dos raios, logo se apresenta com mais leveza saudável e suavidade que revigora.
A árvore de galhos quebrados ou feridos regenera-se, em silêncio, e volta produzir novas flores e novos frutos.
A terra, nossa mãe comum, sofre a chuva de granizos e o banho de lodo, periodicamente, mas nem por isso deixa de responder com o verdor das plantas sobre o solo e os nutrientes para produzir o sustento da vida.
O equilíbrio é a essência da Natureza e da Vida!
A harmonia não é obra do acaso e o equilíbrio não se dá por sorte.
Há uma energia inteligente, sempre presente, que serve de suporte do qual toda a experiência emerge e se sucede.
O casal de joão-de-barro na construção de seu ninho, e escolhe a melhor posição da entrada que evite a direção dos ventos dominantes
As mandalas no fundo do mar, que o peixe baiacu-japonês faz para impressionar uma fêmea, são inacreditáveis.
O salmão, que nasce no rio e vai viver no mar, quando já crescido, volta ao seu lugar exato de nascimento para desovar e procriar.
O pinguim-imperador, que se aglomera em colônias de até dezenas de milhares de indivíduos, sabe qual é a sua própria família.
O equilíbrio é da essência humana!
A harmonia é escolha de cada um!
Necessariamente não podemos prever todas as experiências que se dão em nossas vidas, mas podemos, sim, escolher o significado que lhes venhamos dar.
Retiremos das adversidades, que chegam como lições que educam, suas energias para proveito reeducativo e construtivo de um viver melhor, não para transtorno desse viver.
O riacho, mesmo tocado de lama, não se dá por vencido. Acolhe a água turva no próprio seio e continua a fluir, e transforma tudo em bênçãos mantenedoras da vida, no curso de suas águas que prosseguem correndo, para benefício de todos.
Em condições gerais não temos como cessar todos os pensamentos, mas podemos, sim, dedicar-lhes atenção ou não, acolhê-los ou não.
A mente é fonte criadora.
A vida, paulatinamente, forma em torno de seus passos aquilo que fortemente desejar.
Trabalhemos pelo equilíbrio, valorizemos a harmonia.
Uma mente calma traz o céu para a terra.
Por que conservar o fel da revolta e o azedume da insatisfação, na intimidade do coração?
Como regenerar a saúde, se perdemos longas horas na posição da cólera ou do desânimo?
A indignação eventual, quando justa e construtiva no interesse de todos, é um bem legítimo, mas pede que saibamos orientá-la em serviços de elevação e superação; contudo, a indignação diária, a propósito de tudo, de todos e de nós mesmos, é um hábito pernicioso, de consequências imprevisíveis.
O desalento produz clima anestesiante, que entorpece, retarda e destrói.
E que falar da maledicência ou da inutilidade, com as quais despendemos tempo valioso e longo em conversação infrutífera, extinguindo as nossas forças?
Quem nos doará o equilíbrio orgânico, se nós mesmos não sabemos calar, nem desculpar, se não ajudamos, nem compreendemos, nem procuramos harmonia com o próximo?
Deseja saúde? – Lute pela harmonia do corpo, interiorizando o pensar saudável e manifestando os sentimentos enobrecidos!
Deseja colheita farta? – É indispensável plantar com esforço e defender a lavoura com perseverança e carinho!
O equilíbrio é forjado pela prudência, previdência e moderação física, psicológica e emocional.
Adote uma ideia pelo valor construtivo que lhe seja próprio.
Procure o que seja útil e belo, edificante e saudável e segue adiante…
A nascente busca o riacho, o riacho procura o rio e o rio liga-se ao mar.
Esse é o fluxo natural da Vida.
Se conecte a essa energia inteligente, sempre presente, que serve de suporte do qual toda a experiência emerge e sucede, e você vivenciará a excelência do equilíbrio.
Se deixe conduzir por essa energia inteligente, sempre presente, e você experimentará a suavidade refazente da harmonia.
Alegria, tristeza, amor, indiferença, agonia, consolo, bem-aventurança estão em suas mãos.
Diante de qualquer circunstância adversa, há uma saída. E o caminho está dentro de seu coração.
É apenas nos voltando para dentro de nós mesmos, onde reside a fonte das escolhas, que podemos encontrar o material de construção de um mundo melhor, o qual, então, emergirá de dentro para fora.
Essencialmente, não podemos separar a flor da chuva, nem a árvore do oxigênio, nem os laços entre pai e filho, nem o “eu” e o próximo.
Não podemos separar nada de coisa nenhuma.
O mundo é inclusivo e participativo, complementar e suplementar, interdependente e pertencente.
O “eu” tem seu verdadeiro significado quando compõe o “nós”.
A unidade mostra todo seu valor como fator de adição.
No âmago dos relacionamentos humanos com a vida, somos as montanhas e os rios, o sol e as estrelas, o “nós” e o todo.
A vida é máquina divina da qual todos os seres são peças importantes, e a cooperação é o fator essencial na produção da harmonia e do bem para todos.
Registre as constantes na equação da harmonia:
– Cooperação, não disputa!
– Solidariedade, não individualismo!
– Fraternidade, não brutalidade!
– Humildade, não orgulho!
– Abnegação, não egoísmo!
– Desapego, não posse doentia!
– Simplicidade, não afetação!
Nada existe sem significação. O significado, no entanto, está em cada um de nós.
Ontem, hoje e amanhã são três fases do caminho único que leva ao bem-estar permanente, se bem vivenciado cada passo.
Todo dia é ocasião de semear e colher.
O chão para semear a fartura, a ignorância para ser superada com a instrução e a dor para ser consolada, são apelos que a Vida envia sem palavras ao mundo inteiro, todo instante.
Não troque o primordial do bem viver pelo secundário efêmero.
O essencial está no proveito renovador que cada experiência vivencial nos possa oferecer.
Dê novo significado em seu viver!
O novo não é fruto de reforma, mas de inovação!
Intencione o equilíbrio existencial e faça acontecer!
Questione cada atitude e em cada resposta opte pela harmonia.
Simplifique seu viver!
Não obstrua o caminho para a própria bem-aventurança.
O que falta para a harmonia da humanidade é a consciência humana.
Todo o resto está no lugar, menos o ser humano!
Não esqueça que a harmonia geral dessa natureza viva e da humanidade desalentada depende de cada um de nós!
Faça a sua parte!
Comece por você!
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Projeto INOVE – a vida sob novo prisma
O novo não é fruto de reforma, mas de inovação
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