Crise. Do grego krisis, da mesma etimologia do verbo krino, separar, depurar, como se faz com o ouro, do grego krysos, onde está presente a raiz do sânscrito kri ou kir, limpar, cujos indícios estão também em crisol e acrisolar. O Dicionário Etimológico de Antenor Nascentes dá também os significados de momento decisivo, separação e julgamento. Há consenso entre diversos outros pesquisadores de que a crise leva à ruptura com o estado anterior. O novo rumo pode ser de melhora ou piora, tanto em medicina como em sociologia, onde o vocábulo é muito usado.
A crise renascentista é a passagem da época medieval para a época moderna.
Crise exprime aquele momento de mudança, em que tem lugar a decisão sobre a vitória ou sobre a derrota; sobre lutar ou fugir; sobre transpor o obstáculo ou se acomodar e esperar, inerte, o que quer que aconteça.
Crise é um estado transitório de incerteza e dificuldades, mas também cheio de possibilidades de renovação.
Inovar não é reformar. É partir para o novo e melhor.
As crises demarcam momento de decisão pessoal ou coletiva se uma coisa perdura ou não. Momento de enfrentamento entre a realidade que ajudamos a construir e nos acostumamos a ela, sem questionamentos, e a uma realidade renovada que passaremos a construir, amadurecidos pelas experiências existenciais.
Os cuidados com a saúde são intransferíveis.
Os cuidados com a família são imprescindíveis.
Os cuidados com os quefazeres são inadiáveis.
A pergunta que se deve fazer, animados pelo fato de que essa crise também vai passar, como tudo passa, é: o que desejamos para nós depois dela?
Façamos da oportunidade, momento de reflexão, e examinemos com acuidade a escala de valores que adotamos até aqui, e estabeleçamos agora nosso “marco zero” para nossa viragem, nossa transmutação dos valores velhos e já desnecessários, para novos valores, plenos de significação ética, moral, comportamental, adotados e praticados na família, na sociedade, na profissão, nos negócios.
Pensemos nisso!
Ânimo, coragem e resoluções assertivas.
Não ouçamos o medo enquanto nos chame para o pânico, quando então se apresenta como nosso adversário arrasador.
Dentro da lei de preservação, lei natural da vida, o medo é causador de cuidados, aliado que nos pede atenção, recato e zelo reparador diante das circunstâncias.
O vocábulo latino metu, medo, está na raiz de palavras aparentemente dissociadas do seu entendimento comum (temor, travamento), porém bem construídas em seu melhor sentido e significado, como médico, remédio, remediar.
Ouçamos a voz da confiança em nós e no Todo, dando ouvidos aos seus aconselhamentos de:
Coragem, que é um coração forte, ao tempo em que é ação do coração, onde os sentimentos nobres principiam e devem permear nosso existir e nosso agir;
Resistência, que deve ser a nossa presença com participação firme e decisiva, no caso dessa pandemia global, atendendo todas as recomendações preventivas que a saúde pública nos oriente. Devemos dar ordens mentais ao nosso corpo de resistência ao vírus, fortalecendo nosso sistema imunológico.
Ao manifestarmos pensamentos de harmonia, alimentamos nossas células com saúde.
Pensemos “feliz” e nosso corpo se sentirá feliz e, em gratidão, nos retribuirá bem-estar, como o melhor antídoto a qualquer ameaça externa.
Vamos aplicar em nós a resistência mental e emocional criadora de saúde e ensinemos os nossos entes queridos a fazerem o mesmo;
Resiliência, cujo significado é explicado pelo exemplo da plantinha que verga diante do vento forte, resignada, e obtém, no tempo, pelo movimento acolhedor das manifestações da natureza, caule robusto, e mesmo quando árvore formada, adulta e forte, continua acolhedor dos ventos, sempre. Ou ainda a ostra, que se vê ferida pelo grão de areia, ao invés de protestos e queixas, envolve-o com a cápsula da compreensão e paciência, e gera pérolas de alto valor a partir da sua dor;
Paciência, que como a ciência da paz que é, manifesta capacidade de suportar contrariedades, incômodos e dificuldades com calma e tranquilidade, em cujo clima íntimo a dinâmica da química mente-corpo produzirá estado de bem-estar;
Trabalho renovador, todas as ações com fim útil, transformador de coisas e situações para melhor, indicam nossos movimentos devidos em situações adversas: criatividade para elaborar o novo e esforço reparador do que ainda não deu certo;
Solidariedade, por vir do solidus (latim), maciço, aquilo que forma bloco, pontua o dever a ser observado por todos nós diante de nossos semelhante e todas as criaturas vivas;
Esperança, é o termo certo que significa aguardar ativamente, com operosidade e constância na caminhada em direção aos nossos melhores desejos. Mudemos os pensamentos e teremos mudado nosso mundo.
Aceitemos o momento, que é transitório. Atuemos positiva e decisivamente na superação das adversidades desde agora. Pensemos e auxiliemos cada um e todos ao mesmo tempo, para que tudo logo passe e, do mesmo modo em que o ar se apresenta repurificado após a tempestade, a vida se reapresentará mais bela e abundante para todos nós em tempo que já está a caminho.
Tenhamos certeza disso.
Ninguém segura o alvorecer.
Este é o momento de decisões felizes. Agora é o instante de começarmos, silenciosamente, a grande virada íntima para o nosso melhor.
Estruturemos forte e decisiva corrente de pensamentos e sentimentos saudáveis e otimistas, contribuindo com o bem geral.
Fortaleçamo-nos com a união entre nós, pois junto podemos muito mais.
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Projeto INOVE – a vida sob novo prisma
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Perfeito!! O momento requer estás reflexões. E muita esperança!!