Para podermos falar de autopunição e auto piedade devemos nos remeter a uma simples palavra, RESILIÊNCIA. Grau de adaptabilidade e capacidade de superação que apresentamos frente aos acontecimentos vivenciais.
Quem conseguir alcançar esse estado íntimo, não terá com que se preocupar em relação à punição e à piedade de si mesmo!
Ele é um termo da física que explica a capacidade dos materiais em suportar pressão, tensão, temperatura, ser exposto ao tempo, entre outros.
Mas se visto sob o enfoque comportamental do ser humano, a resiliência é a explícita capacidade de suportar as adversidades da vida.
Ela é característica de cada personalidade, se mostrando maior em uns, menor em outros e nula em muitos.
Para se autopunir é necessário sentir-se culpado de algo que tenha causado um conflito interior.
Esse mecanismo punitivo, embora mental, inicialmente facilita a instalação de uma monoideia.
Logo após acontece uma paralização, que obriga se gire, física e mentalmente, em roda de um único pensamento, que incapacita a evolução da compreensão de si mesmo, no envolvimento e na resolução do fato.
A cobrança própria, repetida em demasia, estressa o cérebro e impede a clareza de raciocínio.
Deve ser combatida, porque neutraliza as novas propostas que surgem para reabilitar o conflito.
Autopunir-se significa incapacitar-se para agir.
Impressões autopunitivas desestruturam, por repetição, os frágeis tecidos da estrutura neuronal, pela continuidade das cargas energéticas destrutivas, que o ser autopunitivo se impõe, pela energia do pensamento, sem conhecer o quanto perigosa é essa atitude.
Temos que estar preparados para um autoenfrentamento que seja terapêutico e não destrutivo para nós mesmos.
Exemplificando: acontece um fato e sabemos sermos nós quem o desencadeamos. Supostamente ele atinge várias pessoas e nossa consciência nos acusa e deseja que reparemos o ato infeliz, impensado.
Por um motivo qualquer, há a negativa de reparação em nosso íntimo, e iniciamos um processo longo e desgastante, nos punindo, por não tomarmos a atitude reparadora.
Uma parte de nós exige e a outra não nos dá permissão.
Resultado: giramos em círculos e geramos muito desgaste físico e emocional, sem encontrarmos a solução.
O ser que alcançou a resiliência age, sem se permitir reagir.
Ele analisa detalhadamente todo o acontecimento conflitivo, pondera positivamente, pois detém a capacidade de compreensão, e assim abre as possibilidades de reparação, as executa e resolve o caso com rapidez.
Sabe que não pode dispor de tempo e energia que não para a harmonia de sua própria vida, e compreende o porquê do conflito, sem ter dó de si mesmo.
Descarta a autopiedade por entendê-la como um reflexo da fraqueza do orgulho ferido.
Impõe-se, pela autodisciplina adquirida nas vivências anteriores, a necessidade de uma reparação imediata do conflito.
Soluciona assim a situação desagradável, ponderando sempre que o melhor a ser feito é não oferecer resistência às vicissitudes em que nos colocamos presentes, por sermos nós mesmos os causadores desses desequilíbrios.
Sejam dramas, perdas amorosas ou financeiras, frustrações, crises, traições, em todas as situações, ele atua positivamente, jamais supervalorizando os acontecimentos.
A mestria do Psicoterapeuta Ideal lecionou-nos há mais de dois mil anos que não nos preocupemos com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã se preocupará consigo mesmo. A cada dia basta o seu mal.
Assim toma atitudes que favorecem a si mesmo, por ter auto estima e amor próprio.
Tudo isso desenvolvido pelo esforço por se conhecer, seja em momentos difíceis, quando tudo parece desmoronar em sua volta, como quando a vida parece ter um tom só, o de tranquilidade!
Todos nós temos obrigação de ter flexibilidade.
Neste mundo, nada é mais maleável e frágil quanto a água. Contudo, ninguém, por mais poderoso que seja, resiste à sua ação (corrosão, desgaste, choque de ondas), ou pode viver sem ela. Não é bastante claro que a flexibilidade é mais eficaz que a rigidez? Poucos agem de acordo com essa convicção. Palavras de Lao-Tsé.
Há crises dificílimas de serem enfrentadas, mas nenhuma descarta por completo a ferramenta que adocica, tanto tensões emocionais quanto pressões sociais: a resiliência!
O sofrimento precisa ser superado e o único meio de superá-lo é suportando-o, disse Carl Gustav Jung.
Vale tentar superar nossos fracassos, passar por muitas oportunidades de enxugar lágrimas sabendo que o crescimento e amadurecimento marcarão presença após um enfrentamento de nós mesmos, em que saímos vencedores de nossa limitação. Saber que vicissitudes surgem em nossa vida para que aprendamos a pensar, construindo nossa saúde, mesmo que, para que isso aconteça tenhamos que passar por momentos dificeís que nos trarão lucidez e tranquilidade após serem resolvidos.
Lembremo-nos da sabedoria de Lao-Tsé: O rio atinge seus objetivos porque aprendeu a contornar obstáculos.
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