Assimilação – “Processo pelo qual um grupo social, geralmente minoritário e/ou subordinado, perde suas características culturais distintivas, sendo integrado ao, ou absorvido pelo grupo maior, ou mais poderoso, ou que constitui a sociedade envolvente”. – Dicionário Novo Aurélio.
Sem dúvida alguma somos seres sociais! Apreciamos a vida em conjunto e nos desenvolvemos através dessa convivência.
O conhecimento modifica a forma de nosso aprendizado e de nossa percepção.
Vivemos o hoje, em contato com novos conceitos que surgem muito rapidamente e são incluídos na rotina de vida.
Dar opiniões de modo geral e vivenciar uma série de conceitos construídos com solidez, elaborados por experiências, é fácil e prazeroso.
Mas sofrer uma grande modificação por conta das informações que surgem em grande número é fato difícil de aceitar.
Substituir conceitos não é tarefa fácil e tomar por verdade o que se deseja tornem crenças, é um fator que dificulta as ações.
A flexibilidade conceitual é grande mudança que acontece com muita rapidez, e quase que inviabiliza a assimilação.
Novidades de uso pessoal como celulares, PC’s, tablets, uso de sistemas bancários, agendamentos via web de quase todas as necessidades, são os mais simples e servem de exemplo. Acompanhar todas essas transformações para que se consiga em menor espaço de tempo ter capacidade e competitividade, intimida.
Viver reorganizando valores e conceitos que antes eram verdades, modifica plenamente a personalidade.
Em todas as áreas de abrangência intelectual, dar conta de entender e usar novas propostas como ferramenta facilitadora da vida, significa mudança.
Só que muitas vezes, alterar opiniões, flexibilizar afirmações fundamentais para a harmonia, negar pontos de vista, requer entendimento.
Sem dúvida, aparecerá o questionamento se a mudança vale ou não a pena.
O processo que a sociedade atravessa nessa etapa de desenvolvimento, apresenta um homem que corre exaustivamente numa competição sem precedentes atrás das melhorias de vida.
Essas nem sempre condizem com o esforço despendido para alcançá-las.
Desde a segunda metade do século XX, a sobrecarga de novos conhecimentos contabilizou algo que hoje, na segunda década do século XXI, se torna muito difícil de acompanhar.
A solução que se apresentou mais eficaz para a assimilação geral foi a setorização do conhecimento, como consequência do volume de informações.
A cultura em globalização tornou a informação no bem mais precioso da atualidade.
As grandes redes de notícias internacionais noticiam em excesso todos os acontecimentos “live on tv”. A web rege e protege as vidas. Aprende-se que para sobreviver, tem-se obrigação de assimilar tudo o que estiver ao alcance, o mais rápido possível, e deter a excelência do conhecimento, que permite competir e ser bem-sucedido.
As diferenças culturais são englobadas nas mentes, e, pessoal ou profissionalmente, não se pode abrir mão de pertencer ao que se tornou a verdade para a maioria.
Os países mais desenvolvidos, com melhor qualidade de vida, servem de exemplo aos demais, origem da projeção de realização de semelhantes façanhas.
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Mas a autenticidade da vida não virtual clama, como se raízes invisíveis não permitissem somente uma proposta de sobrevivência, mas mostram que o importante é poder viver!
Embora a vida aparente ser mais fácil de ser vivida, o auxílio da tecnologia e do progresso em geral, distanciou o ser de seus valores.
Nesse conceito está incluído o autoconhecimento, algo esquecido por quase todos, que determina os desejos mais profundos e também permite perceber que permanecer em zona de conforto não está tornando as criaturas felizes.
Poucos sabem realmente o que desejam para si mesmos, por não olhar com olhos de ver quem são, como agem, o que os agrada, o que compete fazer para a construção da própria felicidade.
Acordar e dormir em busca de ter aparências e não se permitir ser o que se é: Raiz de todos os conflitos!
Todos os dias há informação de todo tipo de novidade, e não há a percepção do que acontece no íntimo do ser humano.
Andando em círculos intermináveis, o autoengano generalizado acontece.
Sem forças para tomar uma atitude de modificação desse processo que despersonaliza e afasta, aparecem a solidão e a insatisfação.
Por necessidade de pertencimento a esse ou àquele grupo, opta-se por abrir mão dos próprios valores.
Surgem pandemias como a de comunicação por redes sociais, imaginando-se uma perfeita união, destronada pelos índices de doentes mentais absurdamente elevados, onde alienados apresentam comportamentos anômalos.
Para nos certificarmos disso, é só reparar pelas ruas, restaurantes, escolas, parques, repartições públicas, shoppings, a diferença comportamental de todos. Um mutismo generalizado e foco na ficção aparente da comunicação.
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Assimilar o que é sugerido em novas propostas também deve ser um ato de progresso, significando optar pelas qualidades gerais sem se esquecer da bagagem inseparável do ser com ele mesmo, que evolução nenhuma modificará.
Autenticidade frente as conquistas intelecto morais adquiridas através da vida é fator que amplia o desenvolvimento pessoal, auxilia o geral e engloba sabedoria e participação.
Dessa forma, assimilar as informações da era pós-moderna, onde a tecnologia e o conhecimento pretendem até alcançar planetas fora de nossa galáxia, integrados todos na busca da harmonia e da perfeição, acontecerá quando o homem olhar para dentro de si mesmo e reconhecer o universo de oportunidades que a nova visão da vida proporciona a todo aquele que deseje intensamente se desvendar, conhecendo-se, para poder auxiliar na evolução de toda a humanidade.
Projeto INOVE – enriquecendo mentes, harmonizando emoções