APAGANDO CICATRIZES

Qual criança que não sonha em ficar de pé e caminhar sozinha, como “gente grande”?

Quando adultos, devemos aprender que a maior glória não é ficar de pé, mas levantar-se cada vez que se cai, curar as marcas deixadas pelo tombo e prosseguir.

No contexto das relações humanas, há muitas quedas por causa de ódio, raiva, mágoa, ressentimento e outros sentimentos que são quais terroristas internos, que estão a tentar contra nossa vida de equilíbrio e bem-estar, tisnam nossa razão e contaminam com fel nossas emoções.

Falemos do ressentimento.

É saudável que, quando desponte o ressentimento em nós, de imediato, ao invés de guardá-lo como justificativa para despertar compaixão e fazermos papel de vítima, choremos todas as lágrimas que quisermos, reclamemos aos quatro ventos, descarreguemos a tensão em longa caminhada, façamos exercícios físicos até a exaustão, busquemos alguém para conversar e, preferencialmente, que tenha a paciência para nos ouvir, ou outra ação conciliadora qualquer, para logo recuperarmos o nosso estado emocional desejável, de maior equilíbrio e de paz.

Ressentir é re+sentir, de novo e mais uma vez e assim por diante.

É sentir o mesmo sentimento, sem cessar.

É como cutucar uma ferida e atrapalhar a cicatrização o tempo todo.

É reprisar na mente ocorrências infelizes, sem a menor disposição por ideias novas.

É permanecer em um lugar malcheiroso, quando pode fazê-lo, e reclamar da circunstância.

É resistir sem se dar conta de que assim tudo permanece.

É ter caminhos reparadores, mas preferir não andar.

É ter opções, mas não se dignar a escolher.

É ter soluções, mas preferir somente remoer o problema.

É se preocupar com uma única folha e não ver toda a árvore.

Mágoa e ressentimento, que satisfações mórbidas!

A tônica de uma lucidez felicitadora é o bem-vindo esforço pela autovalorização, é premiar-se com bem-estar e alcançar a conscientização do bem real.

O desenvolvimento de sentimentos enriquecedores, a adoção de comportamentos propiciadores de segurança pessoal e conforto espiritual, nos traz harmonia emocional.

A harmonia luariza a autoestima, que é a base que nos alicerça na jornada felicitadora.

O resplandecer da autoestima é o esmaecer do ressentimento, que perde a nutrição originada no subconsciente, onde a raiva, até então não extravasada, travestiu-se do ameaçador ressentimento.

A autoestima é a força eliminadora do ressentimento.

A autoestima nasce com a compreensão de nós mesmos, de nossos recursos, de nossas virtudes, de nossas más escolhas, de nossos potenciais.

Na escalada em nossa evolução, todos estamos sujeitos a enganos, a agir incorretamente, a despertar antipatias – mesmo que sem intenção.

Cada um é conforme sua estrutura psicológica e age conforme os valores que lhe norteiam o pensar e o agir. Diferente disso é ignorar as condições e possibilidades pessoais.

Ao mudarmos as percepções das coisas, das pessoas e da vida, por efeito imediato, tudo muda para nós.

Converter ressentimento em compreensão e tolerância é fruto de grande empenho pessoal, com vontade firme e vigilância permanente. É virtude alcançada. É humildade.

O significado da vida é perceber a verdade que liberta. Mas nunca entenderemos a vida, a verdade e a liberdade, se as medirmos com nossos critérios atuais.

A vida deve ser vista sob novo prisma.

Alcancemos a verdade que liberta e nos rendamos a ela de coração.

A mente é a fonte geratriz de forças que nos sustentam ou que nos desestruturam.

Como for o nosso pensar, por equivalência será o nosso sentir e o nosso agir. A nossa emanação energética guardará direta correspondência e sintonia com o teor de nosso mundo íntimo.

A interação mente-corpo se dá num fluxo contínuo de ondas de energia, e mantém o equilíbrio que é o nosso estado normal, saudável, nosso ânimo, alegria e vigor.

Para que não se rompa o fluxo normal de vibrações equilibradas e não se instalem doenças de variadas matizes, devemos nos preocupar em não ceder espaço mental para qualquer tipo de pensamentos que tragam toxidade, entre eles da raiva, que é altamente letal.

Há sempre o risco de tornar uma realidade distônica se mantivermos não filtradas as emoções e sensações que, modificadas pelo ego, já ressentido anteriormente, nos adoecerá nas mais diversas formas, em todos os aspectos psicofísicos.

Por exemplo, o sentimento de antipatia, se mal trabalhado, terá facilidade em se metamorfosear em animosidade explícita, que, por sua vez, sem os filtros do autodomínio emocional, abre as portas para: agressões de diversos tipos, traição de confiança, divergências, violência, raiva, e, por fim, abre feridas n’alma de difícil medicação.

O autoconhecimento nos encaminha a saber de nós mesmos e de nossas reações. Intermináveis estas, por ser difícil a luta entre o ego e o self; um, velho amigo, e outro, completo desconhecido; não somos aptos a conversar com estranhos!

Mantemos então um comportamento bastante iludido, e permite que os velhos conceitos ainda sejam os senhores de nossas atitudes.

Posteriormente seremos afligidos por uma característica nova em nosso âmago – a insegurança de agir e manter a falsa atividade de reagir.

Inúmeros e profundos adoecimentos surgirão se essas atitudes não forem reformuladas para o bem-estar da ação, jamais reação!

Vemos nessa trajetória a gênese do ressentimento, que germinou e externou seus espinhos, graças a concordância dada de sua permanência em nossa área psicoemocional, que deve estar sob o império do autocontrole emocional, fortaleza de uma vida saudável.

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