Aceitação – O Caminho para uma Vida Plena!

Aquilo contra o que apontamos a nossa resistência, consegue permanecer.

Esta simples afirmativa carrega um profundo significado que pode impactar diretamente a maneira como vivemos nossas vidas.

A resistência, em suas diversas formas, pode ser um obstáculo que cria tensão, ansiedade e nos impede de encontrar soluções construtivas para os desafios que enfrentamos.

Vamos explorar aqui, juntos, o poder da aceitação como uma ferramenta transformadora, capaz de nos libertar da prisão da resistência e nos permitir prosperar em meio às adversidades.

Ao nos depararmos com situações desafiadoras ou mudanças inesperadas, é comum sentir uma resistência inicial.

No entanto, essa resistência cria uma batalha interna, um conflito entre o que é e o que gostaríamos que fosse. Esse conflito interno gera um desgaste emocional que nos mantém presos em um ciclo de preocupação, decepção e insatisfação.

Ao resistir, negamos a realidade do já acontecido e, ironicamente, perpetuamos aquilo que estamos tentando evitar.

Existem diferentes facetas da resistência, que pode se manifestar de várias maneiras, desde a oposição ativa até a teimosia ou até mesmo a indiferença. No entanto, é a resistência reativa que nos causa mais problemas, pois nos opomos sem reflexão ou ação direcionada. Enquanto a resistência é natural em muitos aspectos da vida, a resistência reativa, perigosa inimiga dos que desejam o equilíbrio, cria uma teia de tensão e ansiedade que obscurece nosso caminho para uma existência plena e satisfatória.

A questão não é evitar a resistência a todo custo, mas sim compreender quando resistir é contraproducente e quando a aceitação se torna a chave para uma vida mais plena.

Aceitar o que não pode ser alterado é o primeiro passo em direção ao inalterável.

Mas e se considerássemos uma abordagem diferente?

E se escolhêssemos aceitar a realidade, não como uma rendição passiva, mas como um ato consciente de reconhecimento e compreensão do que já aconteceu? A aceitação aqui não implica em não ter opiniões ou posições, mas em reconhecer plenamente a situação diante de nós e escolher como responder a ela de maneira construtiva; a partir dela! Aceitar a realidade como ponto de partida para a mudança e o crescimento.

A aceitação nos liberta da tensão e ansiedade desnecessárias, capacitando-nos a agir com clareza e propósito. Por isso é um ato de sensatez que nos convida a enfrentar a realidade de frente.

Aceitar não é apenas uma questão de pensamento e vontade; é uma questão de reconhecimento e compreensão.

É importante reconhecer a nossa vulnerabilidade, e que nem tudo é ou será como queremos. Nem sempre o que queremos é o melhor querer.

Como nosso mundo é cheio de imperfeições, buscar a perfeição em meio a todas as informações que recebemos, muitas vezes se torna atitude inútil.

Somente ao aceitarmos essa realidade é que podemos explorar alternativas viáveis. Entre essas alternativas, a mais benéfica é abraçar as coisas como são. Esse entendimento dissipa as distinções entre certo ou errado, vulnerabilidade ou invulnerabilidade, perfeição e imperfeição, deixando-nos apenas a tranquilidade.

A dor pode emergir; evite intensificá-la através da resistência. O prazer pode surgir; evite reduzi-lo ao segurá-lo com força.

– Deixe que tudo simplesmente seja como é!

Aceitar a realidade não é se render, mas sim, capacitar-se para agir de maneira construtiva a partir dela. Isso nos permite focar em soluções em vez de perder energia na luta contra o inevitável.

A verdadeira sabedoria reside na aceitação da realidade como base para a mudança e para o crescimento.

Cada ação representa um impulso de energia. Na vastidão do oceano, a onda não é somente a água se movendo, mas a energia em movimento através dela, animando o inanimado. Reconhecer essa verdade é alcançar a percepção do cosmos em ação. Ao compreender profundamente essa dinâmica universal, dissolvem-se a resistência e a oposição. Quando não há luta contra o fluxo natural, o que perdura é uma serenidade.

Assim como os cientistas estudam a realidade para melhorar nossa qualidade de vida, podemos aplicar essa abordagem em nossa vida diária.

Um exemplo tangível desse princípio está na aviação. Para voar, precisamos aceitar integralmente a lei da gravidade, reconhecendo sua existência inegável. No entanto, essa aceitação não nos impede de tomar medidas de prudência e prevenção, como projetar aeronaves com tecnologias que contornam os desafios impostos pela gravidade, como a sustentação aerodinâmica.

Imagine alguém que se recusa a aceitar o envelhecimento natural e continua a dirigir veículos apesar das limitações físicas que vão surgindo. Essa resistência imprudente cria riscos, tensão, ansiedade e preocupações desnecessárias.

Portanto, aceitar não é resignar-se, mas reconhecer o que é imutável e direcionar nossos esforços para o que podemos influenciar.

Enfrentar nossos desafios com aceitação nos permite aprender, crescer e nos adaptar positivamente.

A aceitação é o antídoto para a tensão e ansiedade da resistência cega.

A aceitação também é essencial para compreender nosso Eu em constante evolução.

Reconhecer quem somos e acolher a mudança interior nos permite encontrar uma serenidade duradoura e abraçar quem somos em um nível mais profundo.

Mas, quem somos?

Nosso corpo carece de vida própria. Ele não possui voz, visão ou pensamento. No entanto, o elemento que confere vida ao corpo, que é a origem de toda ação, a consciência que compreende todas as sensações, transformando-as em sentimentos através dos pensamentos, se torna agente responsável por cada ação.

É a nossa essência!

Isso somos nós!

Somos aquilo que sempre permanece, apesar de todas as mudanças; o que continua, apesar da finitude de tudo o mais à nossa volta, inclusive nosso corpo.

A aceitação nos leva a reconhecer que somos mais do que nossa forma física ou emoções momentâneas.

Reconhecendo que nossa identidade é um fluxo contínuo de experiências e mudanças, que permanece, encontramos serenidade ao abraçarmos a mudança interior e aceitarmos quem somos em um nível mais profundo.

A grama aceita a chuva e reverdece com vigor.

O pântano aceita o sol e se transforma em terreno fértil.

A árvore, mesmo diante do lenhador, não lhe nega a sombra e lhe oferta uma mesa para suas refeições.

A aceitação nos capacita a enfrentar os desafios da vida com sensatez e resiliência!

Da mesma forma que não conseguimos compreender a acidez de um limão sem tocá-lo primeiro, também não podemos verdadeiramente entender nossa essência somente através da razão. Ambos precisam ser experienciados.

Podemos permanecer na obscuridade e nunca percebermos nossa própria sombra, ou podemos entrar na luz do sol e ver claramente o que essa sombra representa.

Se estamos decididos a buscar, pelo menos direcionemos a nossa busca para a realidade de quem somos. Ao assim fazer, encontraremos o que nunca esteve perdido.

A aceitação é um poderoso instrumento para transcender a resistência reativa que nos aprisiona na tensão e no sofrimento.

A verdadeira força reside na capacidade de aceitar e transformar a realidade em uma oportunidade para a evolução interior e exterior.

Diante das circunstâncias da vida, a escolha é nossa: resistir ou aceitar. A resistência pode manter aquilo que lutamos contra, mas a aceitação nos liberta para transformar desafios em oportunidades de crescimento.

Ao abraçar a mudança, reconhecer a realidade, aceitar a circunstância e agir com sabedoria, podemos desfrutar de uma vida mais plena e significativa.

A queda das folhas de outono de uma árvore não prejudica sua raiz, a essência não sofre quando as formas se desvanecem, a realidade é reconhecida e as mudanças provocam transformações.

Lembremo-nos sempre: ao que se resiste, permanece; mas o que aceitamos com sabedoria, se torna uma ferramenta em nosso benefício.

Sem aceitação estamos constantemente nos afastando de nós mesmos.

O que nos impede de agir em um estado, que deveria ser o nosso natural, essencial?

– O nosso imediatismo, o consumismo que grassa solto em todas as camadas sociais, a alienação dos fatos que realmente sejam bons para nossa evolução, a exacerbação do orgulho e do egoísmo, a falta de humanidade para com os demais, tudo isso porque não prestamos atenção ao significado de cada momento.

Se desejamos nos aperfeiçoar, mudar a nós mesmos, tentar ser algo diferente do que somos, sem nos distanciarmos de nós mesmos, sem resistir à nossa verdadeira essência, descubramos o segredo da aceitação de nós mesmos, para enfrentarmos a vida com clareza e resiliência, abandonando a prisão da resistência.

Na mesma árvore, notamos folhas, flores, frutos e ramos, todos distintos entre si. Se não são um, por que a raiz seria a mesma? Não formam todos a mesma árvore?

Com a aceitação da Vida em sua plenitude e sabedoria, o que costumava ser divisão, agora é simplesmente diferença, uma diferença que não implica separação, pois é apenas ponto de vista. O que antes era um evento, é agora percebido como um elo integrado em um todo.

Desvendemos o poder da aceitação consciente e saibamos como direcionar intencionalmente nossa jornada rumo ao crescimento e à realização, aprendendo a viver sem restrição, mas com equilíbrio, transbordando de plenitude e identificando valores no que é temporário, pois a vida são momentos, e o transitório constrói o duradouro, revela o eterno.

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