Concessão e Superação se tornam palavras ainda mais positivas, a partir do momento em que passamos a ver as coisas de uma maneira que ainda não tínhamos visto.
Pagamos alto preço pela teimosia de nos apegarmos a nossas opiniões, baseadas em emoções, lembranças, crenças e hábitos arraigados, inflexíveis.
Concessão e superação. Duas simples palavras, que significam muito para nosso bem-estar.
O rio suplanta os obstáculos empurrando o entulho com sua força, ou passa por cima, ou desvia, mas prossegue em seu destino: alcançar o mar.
Se você faz o que sempre fez, vai ter o que sempre teve, alerta-nos Tony Robbins, estrategista, escritor e palestrante motivacional estadunidense. É um dos responsáveis pela popularização da Programação Neurolinguística.
Olhemos para uma semente com olhar mais atento e reflexivo.
A semente não se propõe ao que não é.
Realiza intensamente com o que contém.
Da sua morte advém a vida, nela latente.
Entrega-se para realizar.
Do seu vigor e impulso existencial, germina, vencendo os obstáculos.
Supera a escuridão, indo sempre em direção à luz.
Já ramo verde, ao tempo em que vai acima, vai lançando suas raízes para fixação no solo que ocupa.
Cada ação e cada resultado alcançado, vai formando árvore, que “saiu” do seu imo, do seu “ser”.
Já como árvore, quanto mais alto chegar e quanto mais robusto seu resultado, mais fortes e extensas suas raízes.
Não descansa um só instante, mantendo-se resoluta e constante no sentido de sua vida.
Revela-se em sua inteireza, no entanto, zela por cada mutação, em cada instante.
Realiza-se em cada momento e a fase seguinte lhe chega naturalmente.
Não almeja o fruto, pois ele é resultado de sua capacidade de viver e de manter-se, mas sabe que ele virá, como lei natural da vida.
A seiva absorvida é distribuída cuidadosamente por todo o seu ser.
Mesmo podendo mirar horizontes distantes, estando lá no alto, não se descuida um único instante de manter-se firmemente ligada à Terra, daí tirando seu sustento e aí dando o seu contributo.
Abre sua galhagem, não recusando sombra a ninguém, mesmo ao lenhador.
Não lastima as folhas que caem ou os galhos que quebram. Eles terão seu aproveitamento, mas se põe sempre firme em sua função natural e sua razão de existir.
Acolhe em seus galhos os pássaros, e lhes sustenta os seus ninhos, sem cobrar nada em troca.
Dia ou noite, sol ou chuva, vento ou tempestade, seu propósito de vida é mantido com ardor e com flexibilidade da concessão e da superação.
Quando pode, reverdece em esplendor; quando precisa, deixa cair folhas, quase desnudando-se por inteira, para preservar suas forças, a fim de logo mais voltar a florir.
Mudam-se as estações de ano, mas seu caule é mesmo.
Adapta-se ao seu lugar, sem disputar o espaço alheio.
Suporta o tempo e suas condições, e mantém-se em pé. Verga diante do vento, encharca-se com a chuva, entrega suas folhas para o outono, suporta os rigores do inverno, abre-se para o Sol, pois sabe que terá a primavera inteiramente ao seu dispor, e, quando ela chega, agradecida, expõe suas flores, oferta seus frutos, perfuma o ar.
Acompanha o pulsar da mãe Terra e apoia a atmosfera, retirando-lhe os pesos excessivos do gás carbônico, presenteando-lhe com o tônico vital do ar renovado.
Com sabedoria, ensina-nos Lao-Tsé: todos os visíveis nascem do Invisível.
Bem acertada a afirmativa de Antoine de Saint-Exupéry: Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.
O vento é que sopra o barco, e é invisível.
A força motriz da dinâmica da vida é invisível aos olhos.
O resultado final da semente, está contido, em latência, em germe, nem por isso ela deixa de se submeter à todas as mudanças que o tempo e o clima e o local lhe impõe, para alcançar o seu final.
Já pensou uma semente-árvore rebelde e impertinente?
Assim como a semente traça a forma e o destino da árvore, os nossos próprios desejos é que nos configuram a vida.
Afinal, o que desejamos de efetivo e duradouro para nossas vidas?
Sejam quais sejam nossos sonhos, que sejam edificantes e nobres, para que valha a pena o esforço empregado.
De que vale almejar uma boa saúde, se não zelamos dela, nos entregando aos excessos de toda ordem?
De que vale o desejo da paz, se nos fazemos impacientes todo o tempo e por mínimas ocorrências?
De que vale o sonho do progresso pessoal e profissional, se quase nada venhamos fazendo por nós mesmos nesse sentido, mais conhecendo, mais nos aprimorando, melhor nos capacitando?
De que vale a expectativa de se ter uma maior cultura geral, se não nos dedicamos à leitura construtiva, esclarecedora, que traga conhecimento útil?
Em um sentido amplo, de que vale o empenho em conquistar o macro, se não valorizamos o micro?
De que vale obter coisas, se pouco sabemos de nós próprios?
O notável Rumi, poeta, jurista e teólogo sufi persa do século XIII, confronta-nos em nossa jornada, questionando-nos: E você? Quando vai começar aquela longa jornada para dentro de si?
Do mesmo modo que a semente traz latente sua razão de existir, também traz as forças correspondentes e necessárias para tanto.
Nós também temos nossa razão maior de existir, que é muito mais do simplesmente estar vivo, e dispomos de forças inimagináveis em nosso âmago.
Comecemos com determinação uma nova fase existencial, em busca de bem-estar verdadeiro, identificando e vivendo segundo nossa razão de existir.
Lembremo-nos das duas palavras: Concessão e Superação.
Não fiquemos presos a velhos comportamentos, que estão gravados em nossos cérebros.
Paremos de repetir, fazendo, o que nunca funcionou, apesar de tantos feitos.
Recuemos um pouco e busquemos uma nova solução.
Paremos de lutar no nível dos problemas – a solução nunca está lá.
Trabalhemos nossa inflexibilidade.
Quando as velhas tensões aparecerem, afastemo-nos delas.
Vejamos a raiva justificada como ela realmente é: raiva destrutiva disfarçada para parecer positiva.
Reconstruamos os bons laços que foram perdidos.
Aceitemos os compromissos e, muito mais, aceitemo-nos como somos, e o fardo de cada dia terá o seu peso de acordo com as nossas forças.
Deixemos de brigar tanto para ter razão. No final das contas, ter razão não significa nada perto de ser feliz.
Essa prática cria espaço no cérebro para a mudança desejada.
É impossível haver progresso sem mudança e, quem não consegue mudar a si mesmo, não muda coisa alguma.
O pensamento é semente da ação.
Não basta só desejar mudanças. É fundamental saber para onde queremos ir.
Se não sabemos para onde queremos ir, então qualquer rumo serve.
Tenhamos objetivos bem definidos para nossa existência.
Comecemos a jornada, mirando a vida sob um novo prisma.
Não julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo tamanho as sementes que darão ervas anuais das que vão produzir árvores centenárias, conforme São Josemaría Escrivá de Balaguer, que foi um sacerdote católico espanhol e fundador do Opus Dei, que é uma Prelazia Pessoal da Igreja Católica.
Todos os nossos melhores esforços pelo nosso bem-estar geral, rumo ao encontro com a paz e a saúde. Essa deve ser a nossa ordem de todos os dias.
Para uma nova estação de chegada, um novo trajeto deve ser escolhido.
Para se chegar lá, lembremo-nos da fala de William G. Ward, reconhecido teólogo católico romano inglês: Há os que se queixam do vento. Os que esperam que ele mude. E os que procuram ajustar as velas.
Ajustemos as velas de acordo com os melhores ventos, que nos levarão ao porto seguro da paz e da saúde.
Concessão, mais superação, mais objetivo certo, mais esforço e determinação, é igual a êxito.
Depois de toda a sua luta, eis a semente feita árvore, altaneira, vitoriosa, útil, integrada no contexto, integrada com a vida, integrada com o Todo, o Invisível que faz todo o Visível.
Todos nascemos para o êxito espiritual!
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Projeto INOVE – a vida sob novo prisma
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Concordamos com muitas das prerrogativas e temos total certeza que o esforço em vencer a nos mesmos e fundamental.
A nossa mudança será constante e continua desde de que façamos valer de nossa determinação, desbotamento, abnegação e perseverança em estabelecer o rumo certo de nossas ações. Pensando para frente e avante em busca da paz e liberdade de consciência, que só se dar A quando efetuarmos as coisas com amor. Amor sublime de realizar as coisas não em nosso favor, o que implicitamente já estaremos fazendo, mas em benefício comum.
Grande e forte abraço a todos!
Obrigada mais uma vez por tão importante reflexão!!! Vamos procurar ajustar as velas nas mudanças dos ventos!