A RELIGIÃO DA RAZÃO E A CRENÇA DA CIÊNCIA

As atitudes de todos em uma sociedade, criam, quando somadas, forças que geram o destino das Nações. Sem esquecer que, o que se faz na relação interpessoal, também é peça chave de maior importância nesse processo.

Assimilar os conceitos das épocas antigas, onde nossos processos de decisão pelo que nos agradava, ou firmar posição em qualquer outra área, careciam de material comparativo, era tarefa extremamente difícil. Digamos, para exemplificar, em termos da ciência ou religião: iniciávamos uma grande caminhada em experiências novas que formariam, através do tempo, nossa posição conceitual sobre a sociedade atual.

Principalmente nas duas áreas citadas, o pouco a que tínhamos acesso, não era suficiente para podermos optar.

Seguir os conceitos evolucionistas, ou mesmo aceitar as sagradas escrituras, eram posicionamentos complicadíssimos para as pessoas comuns, em geral, tomarem.

Passaram-se séculos e hoje, muitas vezes, nos vemos as voltas com a necessidade de assimilar ou descartar as conquistas e resultados da ciência, quando o caso, bem como titubeamos em simplificar nossa relação no desenvolvimento de nossa espiritualidade!

Evoluímos enormemente intelectualmente, porém ainda duvidamos se abraçamos a religião dos irreligiosos ou a ciência dos anticientíficos.

Criamos uma sociedade descontente e insatisfeita que vive um conceito de modernidade e esse desenvolvimento atual não nos basta para a afirmação de felicidade e completude.

Todos os dias sentimos os sintomas de um adoecimento moral, emocional e físico sem fim, onde nem as leis nem as supressões delas trazem a cura do alicerce essencial de nossa civilização, que é o nosso pensamento.

Trazemos conosco uma ilusão filosófica que endeusa um falso otimismo e nos mantém cegos frente a realidade e, infelizmente, não nos integramos num sentimento religioso que nos sustente mental e sentimentalmente durante todo o nosso tempo de vida. Entendendo-se, aqui, religião como uma religação nossa com a Criação, independente de qual religião seja e o nome que se dê ao Criador.

Será que nos sentimos melhores do que nos sentíamos lá atrás no tempo, enquanto iniciantes da construção da era moderna?

A realização do que nos é possível fazer bate de frente com as impossibilidades, e fracos como antes, titubeamos entre enfrentamentos diversos como: ampliar ou não nossa forma de pensar? Desmitificar a ignorância frente as superstições e alcançar modificações ritualísticas para colimar na revelação? Dar permissão ao intelecto para que se atinja o conhecimento real?

“Os que tenham ouvidos para ouvir, ouçam!”

Quando a dúvida nos inquieta, e o otimismo começa a se firmar aos poucos em nossas atitudes, significa o início de nosso despertar.

À medida que temos contato com a compreensão que ilumina a inteligência, a ganância, o egoísmo, a raiva, a dúvida, e mesmo o medo, desaparecem.

Tomará seu lugar a verdade, que nos manterá livres, por estar contido nela toda nossa intenção legítima, evidenciando, que a busca geral pelos conceitos intelecto-morais construtivos e renovadores, leva à clareza mental e sentimental de opinar e decidir com facilidade.

Para tal, trabalhemos para conseguir fixar impressões positivas em nosso subconsciente, nos esforçando por manter o que for desejado de bom e útil em nossa consciência, repetindo quanto necessário e de modo constante, pelo tempo necessário, até que se forme um novo padrão.

Na continuidade, a energia criativa desse mesmo novo padrão se encarregará de tornar real em nosso dia a dia os nossos desejos.

Hoje explicado pelas pesquisas científicas, esse poder de concretização do que mentalizamos e pedimos, deixa de ser um segredo guardado só para os iniciados dessa ou daquela cultura. Torna-se, a cada dia que passa, como um novo fator agregado nas vidas, aplicado com maior frequência do que imaginamos, mesmo quando o fazemos de modo inconsciente.

E todos os poderes reinantes temem e procuram deter essa modificação libertadora trazida pela descoberta da Verdade, pois as massas hoje desinformadas viriam a ter em mãos algo poderoso e transformador, sendo um risco incalculável para quaisquer das sociedades modernas com suas classes dominantes, eregidas sob certos valores que não são tão preciosos e duradouros como se quer passar a impressão.

Por entendermos que a organização do Universo foi feita pela organização do caos em cosmos e se deu, devido a uma causa que, governando os efeitos, produziu e produz ainda, para cada resultado obtido, exatamente a mesma resposta para cada ordem, podemos afirmar que o nosso pensamento obedece exatamente a mesma situação no micro, do que foi exposto acontecer no macro.

Com exatidão científica, a resposta ao que pensamos firmemente e formatamos como desejo, através das ondas criadas pelo nosso pensamento, é regida por leis relativas às da eletricidade, da gravitação, entre outras.

Sabemos que as maiores inteligências humanas exemplificam que o desenvolvimento do entendimento científico aclarou crendices e superstições a respeito de como nosso pensamento cria possibilidades que se transformam em realidade, mais dia menos dia.

Nossa interação e relação atual com a enunciação de todos esses postulados, desvenda nossa realidade psicofísica e define que somos unidades de um todo, e, como partes que somos, guardamos as características de sabedoria, organização e poder próprias do Todo Original, da Causa Primeira.

Eu disse: Sois deuses”.

O resultado que almejamos pelo pensamento emitido, se torna fato, se concretiza no mundo das formas, por conter as vibrações de nossos desejos, razão pela qual percebemos haver uma inteligência que a tudo rege, sob as mesmas leis.

A resposta concreta aos nossos pensamentos deixa mais claro ainda que essa inteligência, a que os cientistas tanto desejam explicar, está presente nas coisas e nas pessoas, sendo bem mais ampla e presente do que nós, criando formas, direcionando energias e definindo conceitos de sabedoria.

Sabemos que pensar é uma reação do indivíduo a essa força inteligente que de tudo emana.

“Penso, logo existo”.

Nós, seres humanos, somos capacitados pelo pensar. Somos criativos quando pensamos, e formamos um processo criativo pela imaginação.

“Imaginar é criar”.

A exemplo das grandes forças da natureza que são mais invisíveis do que visíveis, nossa forma de pensar é mais subjetiva do que objetiva.

Na opinião da maioria dos que dominam o mecanismo de uso dessa lei natural, nossa atenção deve estar focada, direcionada intencionalmente, para que, ao pensar, possamos criar condições construtivas em vez de permitirmos condições destrutivas, para que não venhamos a colher resultados desagradáveis. A lei é imutável – plantou, colheu!

“Quando é semeado, cresce”.

Somado a todo esse mecanismo, ainda temos por avaliar um outro componente bastante importante, que é a intensidade desse nosso pensamento no processo criativo.

Crendo que o que emitimos possa ser reforçado pela fé que temos em nossa capacidade criativa, fortalecemos em muito o nosso pedido, pois nele fica contido essa energia, vinda do mais íntimo de nosso ser, força essa muitas vezes desconhecida de nós mesmos, que penetra, aumenta e vitaliza o pensamento, ampliando as ondas mentais, modificando o alcance e a capacidade das mesmas.

Uma das melhores definições atuais para o conceito de fé é a seguinte: “Fé é a substância das coisas pelas quais se espera, a evidência das coisas não vistas”.

E por citar as “coisas não vistas”, outro importantíssimo componente que complementa a equação do pensamento criativo, são as chamadas visualizações. Essas imagens mentais auxiliam na criação das formas, usadas para predeterminar, enriquecer, conformar, detalhar nossa emissão de pensamentos condizentes e melhor formatados.

Juntando-se a estes elementos necessários até aqui vistos, a concentração, alimentaremos de vez a faculdade humana única que é a capacidade suficiente para implementar o mecanismo da força criativa de nossas mentes, desvendando para nós o grande segredo das eras, onde vemos grandes realizações humanas até então pouco compreendidas.

E o grande trunfo de se assumir essa capacidade latente em nós, de imaginar e criar, plasmando o melhor para nós e para o próximo, e partir para a realização é a multiplicação de nossa capacidade de amar, de sentir a completude entre nós, o próximo, nosso irmão, e o todo que nos envolve!

“Nele vivemos, movemo-nos, existimos”.

O amor é produto de nossas emoções, uma atividade subconsciente que atua, nas mais das vezes, por caminhos que não são explicáveis nem pela razão nem pelo coração, que se apresenta imaterial, mas inegavelmente real, é mais uma das formas de nosso pensamento agir e se expandir.

“Quem crê em mim fará as obras que faço e fará até maiores do que elas”.

Cientes dessa nossa natureza cocriadora, deduzimos pela força mesma dos fatos que estamos religados com uma Força Maior, com a fonte da Criação.

Como não conceber esse Todo Maior, uma vez que já sabemos que nós mesmos podemos muito com o pouco que ainda somos, e nos deparamos com o Universo Infinito em grandeza e beleza?

“Faça-se a luz! E a luz foi feita”.

Com a palavra, Voltaire: “O mundo me intriga. Não posso imaginar que este relógio exista e não haja relojoeiro”.

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