Praticamente todas as revoluções no campo da pesquisa científica começaram em rupturas com a tradição, com o modo antigo de pensar e com velhos paradigmas.
Fruto desses avanços, hoje se trabalha, por exemplo, com mais propriedade um envelhecimento saudável.
Velhice é uma certa faixa etária que se tenha alcançado na linha de tempo do envelhecimento.
Falar de envelhecimento não é só para quem esteja em idade correspondente, mas para todos nós, em qualquer idade, pois se trata de um processo que se inicia já ao nascer.
A nova ciência mudou padrões puramente materialistas que a sociedade, às voltas com diversos preconceitos, elaborou para o atendimento da velhice, até então idade das mais desprestigiadas, uma vez que o padrão social vigente se mira na juventude.
Muitos sintomas da idade avançada, antes considerados permanentes, são reversíveis.
Eles não são sinais de deterioração do cérebro, como se considerava, mas decorrentes da má alimentação, do isolamento, da desidratação e de outros fatores existentes no ambiente de cada pessoa.
Paulatinamente, os conceitos antigos que apontavam data certa para o início da velhice, ficam ultrapassados.
Antigamente era padrão se considerar a idade como fator absoluto, e se apontava como condição natural o advento de determinados sintomas senis a partir de certa idade, e se marcava o ocaso da vida com cruel fatalidade, sem restar nada a ser feito, a não ser, condicionadamente, se resignar e esperar as fatalidades traçadas: decadência, amargura, soledade, doença e morte.
A ciência de vanguarda vê o homem como uma unidade dinâmica em constante interação, alteração e renovação: consciência, mente e corpo, cujo processo de envelhecimento permite ação qualificadora.
Na visão atual, a mente é fator importante que gera energias incessantes, num ou noutro sentido, de forma positiva ou destrutiva, e, enquanto se pode pensar com autoestima e confiança, os limites impostos pela idade desaparecem, para facilitarem a continuação da existência enriquecedora.
Assim que o conceito de uma “nova velhice” ganhou presença e pareceu razoável aos olhos dos médicos, muitas formas de degeneração começaram a ser encaradas de outro modo.
Por exemplo: enquanto se pratica exercícios, a musculatura de nosso corpo não enfraquecerá e nossa força não diminuirá durante a vida, apesar de haver um lento declínio de energia.
Do mesmo modo, o coração muda com a idade e torna-se menos elástico, bombeia menos sangue por batida, mas as doenças coronárias e o endurecimento das artérias, até poucas décadas atrás considerados normais na velhice, agora também podem ser evitados, a depender da alimentação condizente, da respiração apropriada e do estilo de vida.
Os derrames cerebrais, outro mal da velhice, diminuíram em 40 por cento durante a última década, graças ao melhor controle da hipertensão e à diminuição de gordura na dieta alimentar.
Grande parte dos males senis “inevitáveis” foi explicada pela deficiência de vitaminas, por uma dieta alimentar pobre e pela desidratação.
A mente age sob as diretrizes da consciência, em sintonia fina com o corpo.
Unidade indivisível, que é o ser integral: consciência, mente e corpo.
Fatores externos, colhidos pelos sentidos através do corpo, interagem com a consciência, enquanto, em resposta, a consciência, através da mente, age para manter constantes as condições internas necessárias para a vida, que é a homeostasia.
Desse modo, é o estado psíquico do indivíduo que lhe determina qual a fase em que se encontra e lhe apraz permanecer: se na juventude que se alonga ou na velhice que lhe chega precocemente.
Fundamental analisar e avaliar os conteúdos intelectuais que chegam até nós, evitar aqueles que são invalidadores, discriminatórios, limitadores, promotores de certas rotinas, que não deixa de ser um modo de constrangimento.
A rotina é como um esqueleto fóssil cujas peças resistem à atuação do tempo.
A rotina é a negação da experiência.
De um modo ou de outro, a rotina paralisa o pensamento dentro de limites.
A experiência é fértil e gera verdades. A rotina é estéril e as mata.
As pessoas conseguem modificar sua vida ao adotar hábitos regulares saudáveis, e se impor correção de crenças negativas e degenerativas, condicionamentos comportamentais impostos, estilos de vida ditados por terceiros, rotinas anestesiantes, posturas paralisantes.
Com o tempo, seja qual for o pensamento, comportamento ou sentimento repetido com frequência, mais ele se tornará um hábito automático e inconsciente.
Quando o ambiente influencia de tal modo a mente do ser, o seu habitat torna-se um hábito. Nada se vê, nada interessa para além das janelas. Nasce o isolamento social degradante, mesmo enquanto no seio da família.
Lutar, com empenho, contra maus hábitos; substituí-los, de imediato, por bons hábitos, deve constar na pauta dos compromissos primordiais.
Pessoas saudáveis não têm de se deteriorar automaticamente, à medida que ficam mais velhas. Essa é uma das inverdades que instalam falsas crenças no inconsciente, que agem como terroristas internos.
Inverdades alimentadas pela propaganda, que induz ao consumo de produtos, medicamentos e suplementos (que até podem ser necessários em quadros específicos, não na generalidade dos casos, adotados tão somente em função da idade); ou por opiniões generalistas de terceiros, desatualizados quanto a nova ciência e as recentes descobertas sobre o pensar, o sentir e seus reflexos no estado do ser.
Romper com robotização e enquadramento mental e comportamental que a sociedade, que pensa estar fazendo o seu melhor, quer impor em todas as faixas etárias, que vê como faixas de consumo e conjunto de consumidores em potencial, não como seres humanos na sua caminhada evolutiva, a se enriquecer com suas experiências.
O mercado vendedor não deseja que as pessoas tenham experiências próprias, quer que seus produtos sejam experimentados, e neles circunscrevem tudo o que ele – o mercado – deseja que todos achem, concordem, comprem e consumam. Busca incutir a máxima (que é mínima, pequena, acanhada) de que além daquele produto (ideia ou coisa) nada há de real e melhor.
Para que pensar sobre “isso’ – sussurra o “mercado” -, se a resposta pronta que há para você é “essa”?
Não aceite se tornar velho, menos ainda pela vontade de outros.
Idoso é um significado da idade. Velho é um estado d’alma. Não podem ser confundidos.
Idoso é quem tem bastante idade. Velho é quem acha que já fez tudo o que podia.
Para o velho deixa de existir o “sim” e o “não”, e assume o “talvez”, “logo mais, quem sabe?”. Elimina do viver o frio e quente, a paixão e a razão. Faz-se morno.
Morno é o frio que se esconde e o quente que se mascara. Quer ser os dois, sem ser nenhum.
Em síntese, a velhice se apresenta quando o indivíduo se considera inútil.
Inutilidade convida ao esquecimento.
No contexto vida, esquecimento é não acordar para descobrir quem é, e ser quem é.
Não se torne um velho!
Há pessoas que envelhecem a cabeça, a prática, a percepção, independente da idade que tenham. Adotam, por opção, indigência mental, se põem impermeáveis as novas ideias, fazem voto de pobreza das ideias, se veem como prontas e acabadas.
Na verdade, não estão prontas, interromperam-se.
Agora, acabadas, sim, estão, se mantiverem tal postura diante da vida, e deixa de viver.
Por isso, se continuar a ter os mesmos pensamentos, a fazer as mesmas coisas e a sentir as mesmas emoções, reproduzirá o mesmo estado mental a cada momento e indefinidamente.
Cuidado! “Normal” é apenas a zona onde gostamos de viver.
Se se programar para se deteriorar mentalmente, organicamente, como era regra em gerações anteriores, então isso se torna realidade.
É lei da vida.
Atitudes positivas, vivacidade mental, desejo de sobreviver e outras características psicológicas podem facilitar a experiência da “nova velhice”; sem dúvida, elas ajudam a romper o rígido condicionamento social em que muitas vezes os idosos se veem presos.
No entanto, mudar de fato o processo de envelhecimento em si é uma questão diferente, muito mais profunda.
É no nível de consciência onde o envelhecimento pode ser derrotado, pois o envelhecimento é controlado pela consciência, onde estão as disposições da velhice ou da juventude, que, com a mente, vitaliza e movimenta, aciona e mantém, essa ou aquela disposição.
Todos possuímos o poder de criar realidade.
É preciso mudar padrões de pensamento, sentimento, ação.
Despertar a consciência!
Melhoria de hábitos alimentares, qualidade respiratória, adoção de prática de meditação regular, exercícios físicos e de relaxamento, a socialização, convívio com pessoas não tóxicas, desenvolvimento de novas habilidades, despertamento de novos gostos, leitura edificante, contato com a natureza e passeios ao ar livre, dentre outras atitudes, mudam a realidade de vida e o alcance do bem-estar.
Exercitar o desapego de coisas, deixar de lado o desejo de sempre ter, mas desperte a intenção e a vontade de SER sempre e mais.
Vamos mais além nas considerações e despertamento de consciência.
Alimentar o ânimo, a coragem, a determinação, com a seiva da esperança.
Considerar que a probabilidade de o Universo ter sido criado por acaso, é semelhante à probabilidade de uma enciclopédia ter sido compilada durante a explosão de uma tipografia, anotou autor desconhecido.
Ou ainda, no dizer de Voltaire: O mundo me intriga, e não posso imaginar que este relógio perfeito exista e não haja relojoeiro.
Enfrentar o fato de que estados até então inconcebíveis, desconsiderados ou desprezados, como eternidade e transcendência do ser e da vida, são reais.
Refazer relacionamentos, superar mágoas, desfazer-se de ressentimentos.
Adotar a fraternidade, a solidariedade e a tolerância, como companhias inseparáveis.
Autoconfiança, autossuperação e autoamor, são três “autos” de ouro.
Que fique cada vez mais alongado o intervalo entre um pensamento e outro, em cujo intervalo se pode demorar um tanto mais entretido em si mesmo, no silêncio interior, para ouvir o coração e sentir a remodelação que acontece.
Que o falar se baseie na assertividade, com palavras ricas de sentimentos nobres, ditas em ritmo de paciência, impulsionadas por um coração compreensivo e compassivo.
Com isso aprender que viver é mais do que estar vivo e que todo momento é momento de recomeço com vistas ao melhor, pois na vida não se tem ponto final, quando muito, reticências.
Por que viver a vida no interior de fronteiras e barreiras limitadoras? O mundo pede a construção de pontes, que traz o ilimitado para bem perto.
O presente é o tempo certo, o agora é o momento, o passado não é mais, o futuro não é ainda.
Que seja bem-vinda a “nova velhice”, fase enriquecedora para uma vida feliz.
Juventude e velhice são variáveis da equação da vida, onde a constante somos nós.
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