A Melodia Silenciosa e a Dança da Renovação Interior

Não se trata de uma corrida, mas de uma dança serena com a própria essência, como quem escolhe seu par para o baile sem fim da vida e se entrega por inteiro ao ritmo do momento, inebriado com o rodopiar entrelaçado com a pessoa amada, sem tempo para parar, sem desejo de separação.

A renovação verdadeira é um florescer silencioso, uma transformação que emerge do coração do ser, iluminando nosso caminho com a luz suave da compreensão e da paz interior.

Da infância à juventude, passando pela adolescência, a idade adulta e, finalmente, a velhice, nossa identidade parece mudar como as estações do ano.

O que pode ser menos permanente do que a identidade?

Enraizar-se na identidade é como plantar uma árvore em uma nuvem ou reter o ar entre as mãos.

Pergunte a você mesmo: ao longo da sua vida, quantas identidades já criou para você?

Onde elas estão agora?

Quanto tempo acredita que a sua identidade atual durará?

Para onde ela vai quando estiver terminada?

Não nascemos com uma identidade. A identidade é adquirida a cada momento, a cada desejo, a cada aceitação, a cada interiorização. Na ausência de todas as aquisições, o verdadeiro ser resplandece.

Desidentifique-se!

Esta roupa pesada, esta identidade pessoal, parece proteger, só parece!

É meramente uma segunda pele. Tire-a!

Aí então, você conseguirá ir além de toda necessidade de proteção para manter o que você aparentava ser, que é tão impermanente, como o perfume de uma flor conduzido pela vontade do vento.

Você pode enxergar o infinito que o envolve. Se esforce um pouco mais! Tente! Olhe com olhos de ver…!

… E descobrirá a fonte de tudo e todos.

Lá floresce a compreensão de que a sua verdadeira identidade é o substrato a partir do qual o mundo e todos os seus nomes e formas surgem e desaparecem, sem se perderem.

Já observou uma onda no mar? É um evento que não deixa de ser mar, mesmo sendo onda.

Somos viajantes corajosos, navegando pelos mares internos, descobrindo a vastidão imensurável de nosso próprio ser.

A renovação é um processo contínuo, uma dança com a vida, onde cada movimento é uma celebração da existência.

Não se trata de um destino, mas de uma jornada infinita, onde cada passo nos aproxima mais de quem realmente somos.

E assim, a vida se torna uma sinfonia, uma composição perfeita onde cada nota ressoa com a verdade de nosso ser, e nos faz bailar.

A cada acorde, a cada melodia, encontramos a paz e a plenitude, sabendo que a renovação leva à própria essência da vida, um fluxo eterno que nos transforma e nos eleva, sempre rumo ao suposto desconhecido, sempre em direção ao nosso verdadeiro eu, a silenciosa testemunha que sempre está presente, sem ser percebida, desde um tempo sem tempo, um ontem sem data, distante de identidades e rótulos.

Temos uma identidade, mas não somos essa identidade. Nenhuma, aliás…

Neste vasto oceano da existência, flutuamos entre as ondas de identidades temporárias, mas, ao mergulharmos mais fundo, encontramos a essência que permanece intocada, anterior a todas as aquisições.

Este é o nosso verdadeiro ser, reflexo da fonte de onde surge tudo o que somos e tudo o que o mundo manifesta, sem dela se separar.

E ao reconhecermos isso, a verdadeira liberdade floresce, revelando a beleza eterna de nossa existência.

Nesse sereno e abençoado estado de espírito, tranquilizados pelo poder da transformação que traz a harmonia e a alegria de viver, poderemos finalmente ver o interior da vida das coisas, o nosso interior, e, em alta voz, dizer:

– Eu Sou!

– Oh! plenitude, eis-me aqui! Vibre através de mim. Eu já vibro em você!

Neste momento de clareza, encantamento e êxtase, permito que a vida flua através de mim, como um rio eterno de possibilidades.

Cada batida do meu coração ressoa com a harmonia do universo, cada respiração é um cântico de gratidão.

– Sou um com o fluxo incessante da existência, e assim, me entrego à dança cósmica que nos une a tudo e todos.

Oh, identidades de ontem, onde jazem seus valores, onde está o seu poder?

Eu me transformei, sem deixar de ser, porém encontrando o que sou!

As máscaras que outrora usei, caíram; revelando a essência pura e imutável que sempre esteve aqui.

As identidades que assumi, os papéis que desempenhei, todos agora se dissolvem no brilho radiante do meu verdadeiro ser.

Ontem eram apertados nós que retinham, agora fluídicos laços que unem e se desfazem com delicadeza!

Elas foram etapas na jornada, aprendizados necessários, mas agora percebo que sou mais do que qualquer definição, mais do que qualquer rótulo, anterior a qualquer identidade.

– Eu sou aquele que está atrás do espelho…

– Eu sou a consciência que observa, o silêncio que testemunha, o espaço onde todas as experiências surgem e desaparecem.

– Eu sou o nada que é tudo e onde moram os significados.

– Eu sou a força vital que permeia cada célula, o espírito indomável que desafia a transitoriedade, o sonho eterno que inspira a realidade de cada momento e a esperança renovada que floresce eternamente.

E ao abraçar essa verdade, encontro o caminho que liberta o infinito que transcende o tempo e o espaço e me põe embalado pela eternidade, em que não se fala de começo e fim, apenas o que se é … e basta.

Vida, vibre através de mim, pois já vibro em você!

Sinta-me!

Nada pode mais deter meus novos e altos voos…

A cada momento, renovo meu compromisso com a autenticidade, com a verdade libertadora que pulsa dentro de mim.

Deixo que a alegria de viver seja minha guia, que a paz interior seja meu refúgio e que a compreensão seja minha luz.

E assim, na vastidão do ser, celebro a eternidade que somos, a dança sem fim do amor que nos conecta a tudo.

Neste estado de ser, encontro alegremente a plenitude que me revela:

– Não sou a identidade que muda como as estações do ano, mas a essência imutável que observa todas as mudanças.

– Não sou cada dia passageiro, sou a eternidade que os abraça.

– Não sou o relógio, sou o tempo!

– Sou o céu vasto e aberto, onde nuvens de pensamentos e emoções passam sem deixar rastros.

– Sou o oceano profundo, onde as ondas de experiências surgem e desaparecem, sem nunca perturbar a serenidade do fundo.

E ao reconhecer e sentir esse pertencimento, proclamo em alta voz, em definitiva vez:

– Eu Sou!

– Sou a vida que vibra, o amor que une, a luz que ilumina!

– Sou a verdade eterna que resplandece através de cada instante!

– Sou um instante do infinito!

– Sou o infinito em cada instante!

E assim, nesta dança silenciosa da renovação interior, celebro o milagre de ser, sempre em transformação, sempre descobrindo novas profundezas de quem realmente sou.

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