A EXPERIÊNCIA EXIGE CONSCIÊNCIA

Há um espaço-silêncio entre estímulo e resposta, onde residem as escolhas e só o observador silencioso tem acesso.

Necessário se reconhecer a existência do observador silencioso que se põe a observar a própria participação na vida e nas coisas.

Ele será encontrado parado sobre o espaço, a olhar o estímulo, contente com a sensação de liberdade para escolher a resposta.

Resposta escolhida, o observador silencioso se torna o estímulo e passa a influenciá-lo ou, se for o caso, revertê-lo.

O observador silencioso somos nós, desvestidos dos cinco sentidos, além da mente, como consciência pura, no comando da vida.

As experiências exigem consciência. Sem ela não se sente os estímulos e não se faz escolhas.

Do mesmo modo, essa mesma capacidade de observação, discernimento consciencial e escolha – que se dá além dos cinco sentidos -, oferece ao observador silencioso a possibilidade de também usá-la de modo novo e interessante, ao se colocar nesse intervalo-espaço-cogitação-escolha, e refletir sobre todas as questões da vida, sobre atitudes e comportamentos adotados anteriormente e ainda em prática.

Se pode revisitar e conferir a natureza do estímulo e a originalidade da resposta adotada no ontem, para cada ponto que ainda interfira na economia moral de sua vida, que repercute, também, sobre as demais pessoas e a natureza, como um todo.

Nunca é tarde demais para se redirecionar os caminhos na vida, rumo ao melhor.

Victor Frankl nos mostra que existem três valores centrais na vida: a experiência, ou seja, aquilo que nos acontece e daí colhemos lições construtivas; a criação, ou seja, aquilo que trazemos para o mundo, ao fazer, realizar algo; e a atitude, ou seja, nossa resposta em momentos difíceis ou de alegria.

É maior o valor da atitude dentre os três, pois o que importa mais é a forma como respondemos às experiências da vida.

As circunstâncias difíceis trazem mudanças nos padrões de referência pelos quais as pessoas veem o mundo e a si mesmas dentro dele, bem como, o que a vida lhes pede e o que se tem para oferecer.

Em situações assim, geralmente, identifica-se novo e real sentido existencial, e, ainda, novos propósitos para se viver.

Desperta-se para a importância e necessidade do bem-estar emocional.

Uma perspectiva mais ampla sobre a vida e sobre nós mesmos, enaltece os valores da atitude certa, que enobrece e inspira todos nós e nos leva adiante, realiza e realizamo-nos.

Entre o saber e o fazer há uma enorme fenda, que somente é transposta pela ponte chamada Atitude, movida pela força da Vontade, dirigida pela Consciência.

Atitude é criativa e inspira novos estímulos, que pedem respostas, e cabe ao observador silencioso a se manter sempre a postos.

A aquisição das experiências e o uso dessas experiências, exigem consciência.

Em síntese, experiência não é o que nos acontece, mas o que fazemos com o que nos aconteceu.

São as experiências vivenciadas que formam a personalidade do ser, com seus hábitos e comportamentos.

Novas experiências – novos horizontes, novas realizações, novas satisfações.

O homem, para seu crescimento social, psicológico, emocional, depende de experiências, criatividade e iniciativas constantes, renovadoras.

O ser que se apresente inativo, portanto na contramão da dinâmica do macro e do microcosmo (que é o próprio ser), por indolência ou rotina, entorpecerá os sentimentos, terá frustrações emocionais, construirá uma masmorra limitadora e infelicitadora de si mesmo, cujas portas invisíveis desse cárcere são feitas com a cristalização do já feito, já sabido, dos paradigmas estáticos, ou seja, crenças, valores, padrões, comportamentos mantidos com inflexibilidade e sem frestas para a entrada de novas luzes.

A rotina não faz uso da consciência e, aliás, neutraliza a criatividade.

É qual ferrugem na engrenagem de preciosa maquinaria, que a corrói e arrebenta.

Automatiza a mente, que cede o campo do raciocínio ao mesmismo deprimente.

O homem repete o pensar, o sentir e o agir de ontem com intensidade hoje.

Revivencia o mesmo dia todos os dias.

Trilha os mesmos caminhos, faz a mesma coisa e na mesma ordem, fala dos mesmos assuntos com as mesmas pessoas, repete as mesmas distrações “relaxantes”.

Faz sempre a mesma coisa, não obtém resultado diferente, e não estranha, pois também não espera nada além do que já tem ou é.

Por não precisar pensar, já que repete o sabido, e por não se permitir novas experiências, desconhece novos estímulos.

Sem novos estímulos, não há por que se buscar novas respostas.

Por supor não precisar de escolhas e respostas (nada fazer é uma escolha), se mantém em sono psicológico, imaturo emocionalmente, num quadro ilusório criado pela inutilidade agradável, rumo a neuroses que a monotonia engendra.

O homem se deve renovar incessantemente, alterar para melhor seus hábitos e atividades, estimular-se para o aprimoramento íntimo, com criatividade.

Temos liberdade de ser e atuar.

O guante das crises e dos padecimentos dá impulso rumo a renovação.

Melhor que o guante, a consciência acordada, o ser desperto, os caminhos a serem trilhados bem identificados, a vontade disciplinada, que são forças que todos os seres trazem em seu íntimo, e aguardam oportunidade de se manifestarem e assumirem a direção da vida para se viver com equilíbrio e harmonia.

Somos limitados, mas podemos ampliar as fronteiras das nossas limitações.

A visão da vida sob novo prisma, nos permite sair em busca dos princípios corretos, com a certeza de que, ao aprender mais, conseguimos focalizar com maior clareza as lentes através das quais vemos o mundo e nós mesmos.

Os princípios existenciais não mudam. A noção que temos deles, sim.

Entre um pensamento e outro há um intervalo – o silêncio que tudo contém – onde se faz escolhas.

A rotina elimina o intervalo-escolha, pois adota o já pensado.

A experiência é estimulada nesse intervalo, quando a consciência ali se manifesta.

A rotina impede a vazão da consciência, como o dique estanca a água.

A experiência é como se fosse uma chama que ilumina quando queima.

A rotina é pensamento inativo, como medicamento sem uso.

A experiência constrói com o uso da consciência. A rotina consome, absorve e escraviza, anula a consciência.

A experiência enriquece a consciência, enquanto a rotina faz da mente um estojo de joias vazio.

A experiência exige consciência, enquanto a rotina não.

Adotemos tenacidade como atitude, para não nos deixarmos vencer pelo marasmo, pela acomodação, pelo limite do já sabido e das realizações conseguidas.

O livre-arbítrio, que é lei natural da vida, prescreve que podemos e devemos ser agentes causais de nosso existir, estimulados para o bem-estar emocional, que nos dará como resposta a saúde integral.

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